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Eighteen Three

➸ Part 3
J U N G K O O K

Eu nunca senti o que estava sentindo, eu não sabia o que era aquilo, eu não sabia se era raiva ou tristeza, ou até mesmo pena de mim mesmo. Eu nunca fui bom em sentir coisas, eu nunca fui bom com sentimentos e talvez por isso eu fizesse tudo errado, eu não sabia que se eu fizesse certas coisas as pessoas se magoriam, ou se eu fizesse outras alguém iria sorrir. Eu costumava me rotular como "o cara que não está pronto para sentir". E eu não estava mesmo.

Mas esses meses vendo a Jennie foram tão intensos, mexeram tanto com a minha mente e com o que eu sinto que agora eu sei que jamais a magoaria de novo, principalmente depois de ver que existem outros homens que a desejam e são melhores que eu, a fariam feliz e nunca deixariam ela chorar, homens como Chanyeol.

Enquanto andava muito devagar para a saída do aeroporto escuto alguém me chamar.

- JUNGKOOK! - Me viro e Rosé esta lá toda suada.

Ando até ela que estava perto da pista do avião.

- Eu preciso me despedir da Jennie, eu não pude ir a festa ontem e não a vi. - Ela diz meio desesperada e eu apenas olho para o segurança e balanço a cabeça, ele logo entende o recado.

- Pode ir. - Digo saindo devagar de novo enquanto ela vai para a pista do avião.

Sabe o difícil de descobrir agora que as emoções existem? O difícil é que se você tivesse descoberto quando bem jovem, já teria passado por tudo isso e logo se sentiria bem, mas no meu caso eu sabia que me sentiria mal por muito tempo, talvez pelo resto da minha vida.

Se eu tivesse descoberto antes que o que eu sentia pela Jennie era amor, talvez eu tivesse outra chance, mas eu não tinha, teria que esperar meses e meses até ela voltar de Paris, se ela decidisse voltar pra Coreia.

- JUNGKOOK! - Escuto a voz doce me chamar outra vez - Eu odeio você sabia?

Nem me dei ao trabalho de virar.

- Eu te odeio por não conseguir te dizer não, eu te odeio tanto por não conseguir te deixar e eu te odeio mais ainda por sentir o que eu sinto por você. - Jennie, virei para encara-la.

Ela corre até meus braços e entrelaça suas pernas em minha cintura e eu apenas a abraço.

- Eu amo você. - Digo enquanto ela me aperta no abraço.

Nós pareciamos uma atração do aeroporto por que tinha muita gente em volta de nós aplaudindo.

- Eu te amo. - Ela diz e meu coração fica calmo, calmo do jeito que só ela sabe deixar - Espero que eu não me arrependa de te dar uma última chance.

- Não vai. - Nossos lábios estavam a centímetros de distância e logo se unem com mais aplausos do pessoal do aeroporto.

Eu estava tão feliz que meu coração poderia pular do peito. Então é assim sentir felicidade? Por que eu quero sentir isso todos os dias e sinto que daqui pra frente isso vai acontecer.