Ninety Four

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Jung-gu, Seoul, South Korea.
Mansion of Jungkook.

➸ Part 1
J U N G K O O K

Acordamos cedo naquele dia, eu já não sabia o que sentia em relação ao pequeno Min. A verdade é que depois de ter sido feito de trouxa eu fiquei com medo, medo de me sentir um idiota ou de ser enganado outra vez, eu sei que a Jennie jamais faria isso comigo, mas meu coração ficaria fechado para crianças por um bom tempo.

Depois de tomar um bom banho e pensar bastante, desci as escadas e vi Jennie no sofá com Kwon Min, eles estavam assistindo um desenho animado e ela estava levando algo com a colher até a boca dele, ele ria enquanto ela fazia palhaçadas pra ele abrir a boca. Jennie era tão amorosa com qualquer ser que fosse, ela sempre procurava o melhor nas pessoas e isso me deixava feliz, pois ela também fazia isso comigo, ela viu o bem em mim quando mais ninguém podia ver.

Me aproximei dos dois e então Min ficou em pé no sofá me olhando sorrindo, aquilo mexeu tanto com algo dentro de mim, o peguei nos braços e corri pela casa com ele nas costas, estávamos brincando, como eu sempre sonhei brincar com o meu filho. Alguns minutos depois Jennie nos chamou e então fomos até ela.

- Precisamos ir agora. - Ela diz e se abaixa na frente do garoto - Vai escovar os dentes e depois volta pra cá, ok? - Ela deposita um beijo na bochecha dele e ele sobe as escadas.

Jennie levanta e eu a abraço sorrindo.

- Não podemos ficar com ele? - Peço e ela me olha surpresa.

- Tá falando sério?

- Sim, eu... - Passo uma mão na nuca - Gostei dele, quero que ele fique conosco.

- Isso é incrível Jungkook. Mas... temos que ir até a polícia, ele pode estar perdido ou ter sido abandonado, precisamos saber.

- Ta bom. - Digo - Mas se o pai dele tiver abandonado ele eu mato esse cara.

Ela ri e logo Kwon Min volta.

Estavam os na estrada a alguns minutos e Min estava no banco de trás brincando com o boneco que Jennie havia dado a ele, a verdade era que eu não queria tirar os olhos dele, eu queria olhar aquele garoto pelo resto do dia ou pelo resto da minha vida. Eu queria ser o pai dele.

[ . . . ]

Estávamos a frente da mesa do delegado enquanto ele pesquisava o nome de Min em seu computador, ele estava com uma cara de feliz enquanto olhava para o computador. Ele pegou o telefone e digitou um número que não me importei em saber de quem era.

- Encontramos. - Foi a única coisa que ele disse.

Alguns minutos depois uma mulher apareceu desesperada e abraçava Min com uma voracidade incrível, ela estava aos prantos abraçando o garoto.

- Kwon, graças a Deus! - Ela dizia.

- Quem é a senhora? - Jennie pergunta.

- Eu sou... - A mulher limpa suas lágrimas - Ahn Minah. A madrasta do Kwon Min.

- Madrasta? - Jennie sentou na cadeira e eu estava em estado de choque.

- Faz duas semanas que ele fugiu de casa e a senhora Ahn estava desesperada a procura do filho. - O delegado fala.

- Mas ele deve ter um motivo para ter fugido dela. - Tento recuperar meu garoto.

- Sim. O pai... o pai do Kwon, ele morreu. - Senhora Ahn fala e eu e Jennie nos entreolhamos.

Jennie já chorava bastante enquanto segurava a mão de Min e a senhora Ahn o abraçava.

- E por que ele não fala - Jennie olha para a mulher ao seu lado.

- Ele... - Interrompo a mulher.


- Ele ergueu uma barreira em volta dele. - Digo enquanto Kwon Min me olha sorrindo, ele sabia que eu o entendia - Pra que ninguém soubesse como ele estava se sentindo por dentro.

Nesse momento, Kwon Min levanta rápido da cadeira e me abraça.
-

Ap... appa... - Ele diz e eu me abaixo para abraça-lo.

- Obrigado Min. - Sorrio com os olhos marejados - Obrigado por ter aparecido.


Min fez parte disso, da minha aprendizagem, ele assim como Jennie me ajudou a sentir de novo e eu iria o amar onde quer que fosse.

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