A REDENÇÃO DE UM HOMEM - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 3 (JEAN)

12 - CAPÍTULO

    Peguei meu casaco e carteira e me dirigi a porta achando que ela deixaria a amiga e que viria atrás de mim, mas me enganei. Ela fechou a porta quando mal pus os pés na rua. Eu estou completamente apaixonado por ela ou isso não doeria tanto. Eu concordo que merecia esse e outro tratamento antes, mas agora não. Eu mudei, por que ela não podia simplesmente entender e me aceitar? 

     Não demorou muito pra Christie sair. Ela parecia furiosa. Olhei para a porta e Kourtney a encarava com ódio e fez gesto para que ela fosse embora que estava indecisa entre entrar no carro e voltar para o apartamento. 

      — Vá pra casa, Christie e cresça — Kourtney falou furiosa. 

      — Eu odeio você e espero que ele odeie também quando descobrir quem você é e o que está fazendo. 

      — Fique longe de mim, de nós ou irá se arrepender. 

      Kourtney fechou a porta e Christie foi embora. O que foi que eu perdi, afinal? Nem sabia que elas eram amigas. Outra coisa importante; Kourtney não ia sair porque alguém de sua família estava doente? Tem algo no ar que não peguei. Decidi montar tocaia e esperar os rumos dos acontecimentos. Eu devo parecer muito bobo porque é óbvio que ela está brincando comigo. Vou deixar pensar o que quiser, pois quando menos esperar,  ela será minha por completo. Eu não sei conquistar uma mulher, porém preciso aprender urgentemente. 

      Passaram-se horas e nada dela sair de casa. Sabia que era mentira. Ela quis fugir de mim mais uma vez, só que não deixarei que se safe. Me aproximei da porta e liguei pra ela. 

      — Abra a porta. 

      — Onde você está? 

      — Em frente a sua porta, morena. Precisamos conversar. 

       Demorou uma eternidade e ela finalmente abriu e estava... Ah, droga. Isso não é justo. Me perdi nos seus dotes corporais, seus seios perfeitos debaixo da camisola fina e curta exibindo suas coxas grossas. Caralho, ela é exatamente o meu número. Ajeitei a camisa para não agir como um completo babaca e a possuir aqui mesmo. O cheiro dela me desconcentra. Sorri. Ela estava excitada assim como eu. 

      — Jean? — sua voz saiu ofegante — o que faz aqui? 

      — Pensei que alguém da sua família estava doente — dei um passo e entrei no apartamento fechando a porta. 

      Ela deu alguns passos para trás enquanto eu dava muitos em sua direção. Antes que ela escapasse de vez, a encurralei na parede. Minhas mãos ficaram acima da sua cabeça e ela resfoleava devagar. 

     — Por que mentiu pra mim?

     — O que? 

     — Você não iria ver um familiar doente? 

     — Não precisam mais de mim — Tocou no meu peito e segui sua mão que acariciava o mesmo — Você estava me vigiando? 

       Continuei sério com a clara tentativa dela de me seduzir. 

     — Você é uma mentirosa. Não saiu a noite toda depois que fui embora. Qual é o problema? Por que está sendo tão infantil? Se não me quer é só dizer.
     — Não, eu quero – quase gritou — quero muito. Apenas não estou pronta.

     — Não está pronta pra que? Não me diga que é virgem?

      Ela desviou o olhar e negou com a cabeça. 

     — Só tive uma experiência sexual e estou insegura para ficar com outra pessoa.

      — Terminou com ele?