CAPÍTULO 6

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             DIMITRI CASTILLO

             DIMITRI CASTILLO

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Ah, caralho!

Justo hoje que eu pretendia relaxar um pouco, colocar as ideias em seus devidos lugares alguém resolve estragar o meu momento. Maldito filho da puta.

Por um fio de sorte e pela blindagem do meu carro o impacto não me atingiu gravemente, mas o estrago no outro carro foi imenso. Estiquei o braço e peguei minha arma embaixo do banco ao lado. Proteção nunca é demais.

Ninguém havia saido ou gritado, seria então algum sinal de uma possível vítima.

Os vidros escuros não me permitiam ter uma boa visão de quem estava lá dentro. A noite já estava ficando fria e a estrada cada vez mais deserta. E eu por alguma razão estava nervoso e aflito.

Com alguns chutes consegui abrir a porta do lado do motorista. Havia duas pessoas, uma delas era mulher. Não consegui ver o seu rosto devido aos seus cabelos espalhados.

—Consegue me ouvir? – falei com o homem que tentava abrir os olhos.

—Santa purpurina, que voz é essa? Será que morri e cheguei no paraíso dos morenos? – essa porra só pode estar delirando.

—Vou ajudá-lo a sair. Fique calmo. – pedi seriamente.

Tirei o sinto de segurança do seu corpo e o puxei com cuidado. Ele tinha alguns ferimentos leves, pelos braços. Nada que deixasse grandes cicatrizes.

—Consegue se mexer? – perguntei ao deixá-lo sentado no chão.

—Por você eu até sambo querido. Aí minha cabeça.

—Não vem que não tem. É bom você ficar calado, não quero piorar o seu estado.

Voltei ao carro para ajudar a mulher que ainda estava desmaiada. Sua perna sangrava.

Puxei o seu corpo de encontro ao meu e a tirei do veículo. Sua respiração estava fraca, e seus batimentos cada vez mais diminuia.

Afastei seus cabelos e vi seu rosto que tinha um pequeno arranhão na testa.

—Ai nossa senhora da passarela do samba, é sangue. – gritou o homem, não tão homem assim.

—Cala essa boca lantejoula. Liga pra uma ambulância, rápido.

Enquanto o agitadinho ligava eu tentava reanimar a ruiva nos meus braços. Eu queria tanto vê-la novamente, mas nunca passou por minha cabeça que seria dessa forma.

A vontade de protege-la só aumentava.

Droga. Cacete de perna que não para de sangrar. Segurei a barra do seu vestido e com um pequeno gesto rasgei um pedaço do mesmo para fazer um curativo improvisado.

—Se ela sonha que você fez isso no vestido predileto dela, suas bolas já eram queridinho.

—Pouco me importa o chilique que ela vai dar quando souber, o importante é estancar o sangramento.

JOGO DE ATRAÇÃO - LIVRO 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora