17. Morphine.

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- Pára com isso Mickey.

- Porquê bebe, o teu namoradinho não tem de saber de nada disto.

- Mickey, eu não quero nada contigo.

- Não foi bem o que pareceu quando abriste as pernas há duas semanas.

- Drogaste-me seu merdas.

- Merdas que vai ser pai do teu filho.

- Não é teu filho Elliott! Eu nem sequer sei se estou realmente grávida.

- Fala baixo caralho. O meu nome é Mickey, e sabes muito bem o que te acontece se sabem ou desconfiam que estás grávida.

- Vai te foder Mickey. - Ouvi a rapariga protestar e seguidamente um barulho do que parecia ser um estalo.

- Ouve bem o que te vou dizer- Ouvi a voz de Mickey ou Elliott ficar mais grave e espreitei para ver o que estava a acontecer. Era uma imagem triste. Mary estava a ser puxada pelos cabelos e estava a ser empurrada contra a parede e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto. - Ninguém vai sequer suspeitar dessa criança, muito menos Apollo, se eu sonho Mary, se eu sequer sonhar que tu lhe contaste acredita que não vais sair bem desta situação.

- Mas.. Ellitott. - Disse porém foi interrompida com um estalo .

- O meu nome é Mickey.

- Mickey, eu nem sei se estou grávida, muito menos se o filho é teu.

- Se não fosses uma vadia isso não acontecia.

- Tu drogaste-me!

- Não, Mary, eu dei-te as drogas. Tu só as tomaste porque quiseste. - Cuspiu e soltou o cabelo da rapariga que caiu desamparada no chão. - Mantém-te calada, não te queiras meter em problemas ou arriscar a vida do teu namoradinho. - disse e simplesmente foi embora, tomando o caminho oposto ao qual eu estava. Suspirei de alívio e, assim que vi que o rapaz estava fora de vista aproximei-me de Mary que chorava ainda encostada à parede.

- Mary? - Chamei e a rapariga olhou para mim, completamente aterrorizada e desfeita em lágrimas.

- Há quanto tempo é que estavas ai?

- O suficiente, eu acho.

- Merda, Lynn. - Disse lançando as mãos até ao seu próprio rosto. - Merda, merda, merda. Se ele sabe que tu sabes a tua vida está acabada!

- Ele não vai saber, relaxa. - Tranquilizei-a e ajudei-a a colocar-se de pé, analisando de imediato o seu rosto que tinha agora uma mancha roxa bastante evidente. - Temos de tratar disso.

- Não precisas.

- Mas eu quero. - Disse somente e pareceu ser o suficiente para a convencer. Ajudei-a então a levantar-se e assim que se viu capaz de caminhar indicou-me para onde ficava o seu quarto. Caminhamos então, ela apoiada em mim. Eu estava ligeiramente fraca devido à recente doença mas não podia deixar tal facto transparecer, Mary já tinha problemas suficientes. Falar-lhe dos meus seria, no mínimo, egoísta.

Eventualmente chegamos à porta do que ela dizia ser o seu quarto, e, ainda que eu soubesse que ela estava só cansada e não incapacitada fiz questão de ser eu a abrir a porta. Ela não se queixou, não tinha do que se queixar, pelo menos pelo meu ponto de vista.

O quarto dela era estranhamente diferente ao quarto em que eu e Harry estavamos, no ponto em que era mais pequeno e tinha cores diferentes, a cama era de casal porém parecia de menor qualidade e não existia uma casa de banho. Ajudei-a a sentar-se na cama e sentei-me à sua frente.

- Não tens casa de banho? - Perguntei continuando a analisar o espaço, que parecia muito mais desleixado do que o em que eu estava. Ela riu minimamente e desviou o olhar para o seu colo.

Soldier Heart. | H.S || A RESCREVERWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu