12- Thunderstorm.

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Este é o meu capitulo favorito so far, por favor mostrem algum amor e digam-me o que acharam.. estou muito confusa sobre o que sentir sobre o rumo que a história está a tomar e, sabendo que lêem gostava muito muito de saber a vossa mais sincera opinião! <33
10 gostos para o próximo capítulo


Não sei identificar que horas eram quando um trovão intenso fez toda a casa de Niall estremecer e, por consequência acordar-me, brutalmente, de um sono pouco pacífico.

Lancei automaticamente a mão à pequena caixa de fósforos que estava algures na pequena mesa de cabeceira e acendi a vela que também lá se encontrava, permitindo-se iluminar subtilmente o quarto onde segundos antes eu dormia.

Já um tanto aterrorizada olhei para Harry, que dormia com a cara esborrachada, completamente alheio à tempestade que parecia ter começado alguns, bons, minutos antes.

Com a ausência de novos trovões dei por mim a analisar o seu rosto, a maneira calma como mantinha os seus olhos fechados, como se sentisse em total segurança e nada o colocasse em alerta. Os seus lábios formavam um pequeno bico pela forma como o seu rosto de afogava no material fofo da almofada. Os seus braços estavam para cima e as mãos desapreciam por de baixo da sua cabeça e almofada, estavam descobertos e, pela primeira vez pude reparar que existia uma pequena tatuagem perto da sua axila. Tomada pela curiosidade aproximei-me mais para tentar decifrar.

Acho que perplexa pode ser pouco para descrever o meu estado quando descobri do que se tratava o desenho. Era uma rosa. Bastante pequena e delicada, contrastava totalmente com toda a essência de Harry. Algo tão mínimo que não era perceptível a olho nu. Mais uma vez, inconscientemente os meus dedos tomaram a liberdade de tocar a sua pele, fazendo correr pelas minhas veias um choque de adrenalina, aquela pouca distância e invasão em grande quantidade do espaço de Styles poderia ser deveram perigosa caso o mesmo se desse conta do acontecimento. Com o medo, e guiada pelo leve tremor que ele fez, talvez ao sentir os meus dedos gelados no seu tronco nu, afastei-os da sua pele. No entanto, continuei a observar o pequeno pedaço de arte. Tinha um ar apagado, como se tivesse sido feita muitos anos antes, e tivesse percorrido com ele todas as suas aventuras e guerras. Tanto interiores como exteriores, próprias e comandadas por outro alguém.

Perdida em pensamentos aleatórios encostei-me à cabeceira da cama, com os braços cruzados sobre o peito. Estava frio. Apesar do dia quente que se tinha feito sentir a noite estava gelada e arrepiava todos os pelos do meu corpo. Ainda que contrariada, tive de ir buscar algo mais quente ao roupeiro de Niall. Eu não queria invadir o seu espaço pessoal enquanto o mesmo dormia no entanto, o meu estado deplorável de frio fez Harry elevar o seu tom de voz, afirmando que se eu não fosse buscar roupa, espancaria Wood até o mesmo acordar e me entregar uma roupa mais quente. Por saber das suas capacidades e insensibilidade, achei que seria mesmo melhor ir arranjar algo mais quente. Tais peças que se resumiram a uma camisola de pelo e umas calças de fato-de-treino com um aspeto velho e gasto.  

A verdadeira questão surgiu depois do terceiro trovão daquela madrugada. Como seria a minha vida dali para a frente? Apesar da companhia e casa de Niall ser o mais perto de conforto e lar que eu tinha tido nos últimos meses, a minha vida não podia ser para sempre aquilo. Ficar ali muito mais tempo seria pura e simplesmente aproveitar-me da simpatia do Loiro. E, por muito que soasse maluco na altura do campeonato, eu queria ter a minha própria vida, um dia formar a minha família, ainda que fosse complicado pelas catastróficas repercussões que aquela sangrenta Guerra traria a todo o futuro dos irlandeses sobreviventes.

Harry iria partir, o mesmo garantia que ainda não sabia bem como nem para onde mas era óbvio. Para uma base, a mais próxima e não atacada e pediria um bilhete de volta para a pacificidade do seu país, da sua cidade e da sua família. Estava para breve essa tão, para ele, ansiada partida. E, embora eu estivesse feliz pelo facto de o pesadelo ir acabar para ele, não deixava de sentir um misto de emoções um tanto confusas, tanto de raiva como de angustia. Talvez, iludida pela esperança achei que o facto de ele ser soldado poderia ser algum tipo de salvação para tudo aquilo que eu acreditava que poderia ainda vir a fazer.

Soldier Heart. | H.S || A RESCREVERDove le storie prendono vita. Scoprilo ora