2-A melhor guerra de todas

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Depois de ter falado com o Teddy, pesquisei na internet algumas informações sobre o meu novo lar.

Eca.

Informações importantes:
Lá tem uma grande concentração de gente rica, filhos de vereadores, médicos, engenheiros, pilotos de corrida, apresentadores e etc.
A escola é bem grande e bonita, os edifícios lembram bastante construções medievais. Envolta há grandes jardins e alguns bosques, bem cuidados e decorados.
Nesse colégio existem aulas extracurriculares de artes plásticas ,música, esportes,linguas e literatura.
Também há uma enorme biblioteca (um dos meus fatos preferidos), onde se encontra vários exemplares famosos e raros.

Ao analisar cada um desses tópicos a fundo, eu percebi que esse colégio realmente é incrivel! Mesmo eu não querendo ir, entendo que meus pais apenas pensam no melhor pra mim, e por isso não vou desaponta-los. Eu me mostrarei super contente e feliz por ir para esse lugar tão maravilhoso.

Ironia

Após essa profunda busca desligo o notebook e me jogo na cama para tirar um cochilo. A única coisa que eu quero agora é ficar um tempo sem pensar em tudo isso. Só de pensar que terei que viver longe dos meus pais e dos meus irmãos meu coração já acelera. Não sei se conseguirei viver tanto tempo sem eles ao meu lado. Sinto uma vontade imensa de chorar; então é isso o que eu faço, eu sempre me sinto melhor quando choro, me sinto mais calma e leve. Choro até não restar um pingo de lágrimas no meu corpo. Choro até não aguentar mais. Choro tanto que me canso e acabo pegando no sono.

Acordo às 11:00 ao escutar minha mãe me chamando.
Desço as escadas e vou até a cozinha. A encontro fazendo uma profunda limpeza no fogão, a nossa empregada esta de férias e então minha mãe decidiu assumir o cargo de empregada doméstica, mesmo sabendo que pode contratar outra durante um curto período de tempo.

"Precisa de ajuda mãe? " pergunto após 1 longo minuto, quando finalmente percebi que ela nem sequer percebeu que eu estava ali e já estava se preparando para gritar de novo.

"Preciso que você ajude a sua irmã a arrumar o cabelo. Ela já esta me assustando com aquela juba!" disse sem tirar os olhos do fogão.

"Tudo bem mãe."

Vou em direção a sala, onde minha irmã e sua juba estão esparramadas no sofá assistindo o seu desenho favorito:"Detetives secretas."

"Então maninha, o que você vai quer que eu faça no seu cabelo? Rabo de cavalo, trança lateral ou solto?" Pergunto sentando-se ao seu lado.

"Uma trança igual a sua." ela disse enquanto olhava fixamente a televisão.

"Você vai ter a melhor trança de todos os tempos mocinha!"

Ao acabar aquela guerra com o cabelo dela, eu consegui fazer a replica perfeita da minha trança.

"Prontinho. Ela está idêntica a minha." Digo tirando alguns fios de cabelo da escova e jogando no lixo.

Lucy bate em um assento ao seu lado. "Ótimo. Agora nós vamos assistir um filme muito muito legal, chamado:"Tutiruli"."

"Tutiruli?"

Que nome estranho para um filme.

"Sim, Tutiruli. É um filme muito legal!" Enfatiza o muito pela terceira vez.

"Que ela já assistiu um milhão de vezes!" gritou minha mãe lá da cozinha "Eu já até decorei as falas."

Minha irmãzinha volta-se para a Cozinha. "Que exagero mãe, eu só assisti 20 vezes! Além do mais a palavra "milhão" não existe."

"Existe sim Lucy. É o nome de um número " eu falei pra ela enquanto olhava para seu frágil e delicado rosto.

"Tem certeza que um milhão é um número? Parece mais o
Um nome de comida. Eu já ouvi isso em algum lugar." ela para de falar e começa a pensar olhando para o sofá."Já sei!" grita após um curto período de tempo."Milho! Essa é a comida. Milho!"

"Sim, essa é a "comida". Agora vamos logo assistir o filme." Digo direcionando seu rosto para a tela.

Quando o filme finalmente acabou, eu escutei um barulho de passos que vinham da escada. Era o meu irmão que finalmente havia acordado.
Ele estava usando o seu pijama de listras verdes e azuis. Seu cabelo estava bagunçado e seu olhos semiabertos. Ele bocejou.

"Até que enfim a princesinha acordou!" eu falo com um sorriso sarcástico.

"Estava no meu sono de beleza." disse bocejando logo em seguida.

"Que pelo jeito não ajudou muito." Lucy disse sorridente, enquanto eu dava altas gargalhadas ao ver a sua reação após ouvir tais palavras.

"Não se mete baixinha." Lucy faz uma careta mostrando a língua e ele vai em direção a cozinha."O que temos para o brekkie?"

"Você quis perguntar o que temos para o almoço? Porque o café da manhã já acabou a um bom tempo." minha mãe falou brava, enquanto começava a lavar a louça.

"Tanto faz." ele pega uma uva que estava na fruteira e se direciona a sala, sentando-se ao nosso lado no sofá.

"Eai maninha, ansiosa para estudar na escola nova?"

então quer dizer que esse moleque já sabia de tudo?

"Nem um pouco." digo baixo para que minha mãe não escute.

"Por que?"

"Porque não quero deixar as pessoas que eu amo."

Ele revira os olhos "Ah Malu para de frescura! Lá é incrivel! Eu sempre quis estudar nesse colégio, mas nunca tinha vaga pra mim. Tenho certeza que você vai amar esse lugar!"

"Pra você é fácil falar. Você sempre foi popular e sempre se enturmou mais rápido do que eu. Você é simpático, extrovertido, já eu..."

"Shiuu. Estou tentando assistir TV." Lucy atrapalha nossa conversa toda irritadinha.

"Esta bem chatinha, não vamos mais atrapalhar." dizendo isso Gustavo bagunça o cabelo de Lucy e ela ri.

"Ah não Gustavo! Eu demorei um século pra arrumar esse cabelo!" e em seguida jogo uma almofada em direção a sua cabeça. Ele desvia e joga outra. E assim se dá início a uma guerra!

Eu e a Lucy montamos um forte para nós duas e o Gustavo montou outro pra ele. Quando estava tudo pronto Lucy saiu e gritou: "Que a guerra comece!!!" e voltou correndo para dentro Do forte.
A guerra acabou quando eu e a Lucy conseguimos, enfim, destruir o forte do Gustavo.
Pego Lucy e a coloco em cima de meus ombros. Nós duas começamos a gritar e girar de felicidade.

"Vencemos! Vencemos!" eu e Lucy falávamos alegremente.

Desço Lucy de minhas costa e me jogo em cima de nosso forte , o destruindo. Lucy faz o mesmo, e permanecemos assim, lado a lado olhando para o lustre brilhante que iluminava a sala (a dor de cabeça veio logo em seguida. Não devíamos ter ficado tanto tempo olhando para ele).

"E vocês acham que eu vou deixar por isso mesmo?" Gustavo disse segundo antes de começar a fazer cosquinhas em nós.

"De novo não..."

***

Fim do segundo capítulo meu povo ! Queria pedir desculpa pela demora e pelo capitulo pequeno. Sorry !
Se vcs gostaram eu gostaria muito q vcs votassem e comentassem. Serei eternamente grata.

Então é isso. Bye bye!

PassarinhoWhere stories live. Discover now