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Histórico de mensagens.

Mabel aka GÉMEA DO MISTÉRIO, BRO-BRO!

8/06

"...É ridículo eu ainda te mandar mensagens, não é?".

"Da última vez que falei por aqui foi quando discuti pela primeira vez com o Oxigenado...".

"Woow, é tão nostálgico reler as nossas mensagens".

"E sabe tão bem saber que já habitámos no mesmo mundo".

"Que já demos as mãos".

"Que já gargalhamos e choramos ao mesmo tempo".

"Que eu já te adormeci e vice versa depois de um filme de terror... Embora sejas mais corajosa que eu nesse aspeto".

"Sinto saudades de partilhar o quarto. E que metade dele esteja cheio de posters de boys bands horríveis".

"...Okay. Essa última parte nem tanto".

"Eu escrevo-te, mais uma vez, para te pedir ajuda. E conforto".

"Sou egoísta. Não o nego".

"Ultimamente, só falo contigo quando preciso".

"Eu não te consigo ultrapassar, Mabel... Parte de mim simplesmente não se mentaliza que não existes, mesmo estando ao meu lado e a mexer as perninhas enquanto gargalhas a brincar com um peluche de coelho".

"O Sr. Wiskers. Lembras-te dele?".

"...É ridículo. Mas eu durmo com ele todos os dias".

"...Ainda cheira ao teu perfume. Porque estou sempre a por".

"Perdoa-me se parecer assustador, essa não é a minha intenção".

"Só me quero... Sentir abraçado a ti. Novamente".

"Sentir que estás aqui. Que não foste embora".

"Só quero...".

"Poder confiar-te o meu mundo e tu o teu. Contar-te o meu dia a dia, o que mais gosto e não gosto, desde dilemas amorosos às nossas séries preferidas que se tornaram uma desilusão no fim".

"Quero ter sete anos novamente. Esperar a minha carta para hogwarts enquanto bricavamos com galhos pela casa, a subir aos sofás e trepar as árvores do jardim da nossa antiga casa".

"Tu eras uma Hufflepuff às vezes, e eu Ravenclaw".

"Mas as nossas brincadeiras favoritas era quando ambos pertenciamos à mesma casa. Ou Slytherin (que tu teimavas em dizer que o Draco Malfoy era lindo e nem sei bem como), ou principalmente Gryffindor (Porque tu também teimavas em achar o Harry super querido [E essa aí eu concordo]).

"Quero ter nove anos novamente. Para repetir a guerra de comida que começamos na nossa antiga escola e levas uma bronca novamente do diretor, dos nossos pais, professores e colegas. Eu lembro-me que chorei, mas tu não. E encheste o peito, olhaste para mim e disseste:"

"Bleh! Não quero saber. Eu repetia de novo porque foi divertido. Tu também não, maninho?".

"Admirei-te ainda mais a partir daquele dia".

"Quero ter dez anos novamente. E mudar de escola e vida ao teu lado, super nervoso. Tu deste-me a mão e eu percebi que estava tudo bem".

"Quero voltar a ter onze. Para voltar aquela discussão que disse que não precisava mais de ti e me arrependi logo a seguir. Até hoje não me esqueci ao contrário de ti, Mabel. Arrependo-me ainda muito de ter dito aquilo. Eu sei que me desculpaste, mas... Perdoa-me".

"Quero ter doze novamente. Ter o teu braço sobre os meus ombros e vice versa, a cantar na rua de forma desafinada e alta entre gargalhadas, a pisar as poças de água das chuvas com as galochas horríveis de borracha barata que a mãe comprou".

"Quero voltar a ter treze anos. A explorar mistérios pela cidade e a levar bronca dos pais por ficarmos a brincar até muito tarde fora de casa".

"Quero voltar a ter catorze. Para impedir que deixasses este mundo".

"Perdoa-me. Tenho tanta coisa que me arrependo de dizer e não dizer, de fazer e não fazer".

"Mas o meu maior arrependimento é não te poder ter salvo. Desculpa-me, Mabel".

"Porém, terei de ser egoísta mais uma vez".

"Preciso que me ajudes, onde quer que estejas".

"Não me protejas a mim. Vê se está tudo bem com o oxigenado...".

"...Ele é a pessoa mais importante da minha vida, atualmente. Por favor...".

"...Por favor".

"...Por... Favor...".

"Eu não suporto perder mais ninguém que amo, Mabel".

"Eu não aguento mais".

"Desculpa, Mabel".

"Deste a vida por mim".

"Inutilmente".

"...Desculpa".

"Mas eu não aguento mais viver".

"E eu, mais uma vez...".

"Serei, sou e fui responsável por tirar a vida de duas pessoas e meia".

"A tua".

"A do oxigenado".

"E a minha. Que só vale por metade".

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Dear Diary... [Wattys 2017]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora