Capítulo 7

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 —Você... Kara... eu não entendo. Você sabe que a Kara é a Supergirl?

—Agente, você realmente não deveria confiar na sua irmã perto de bebidas alcoólicas para alienígenas. —Lena sorriu de canto de boca enquanto assistia Alex juntar as peças em sua cabeça.

Alex tinha o mesmo franzir de cenhos da irmã, o que fez Lena se lembrar de algo que não estava no lugar. Kara estava desaparecida; ela iria deixar a história da embriaguez para outro momento.

—Agora, eu imagino que você não saiba onde Kara está, certo? Ou de outra forma, não teria vindo até mim.

—Infelizmente, não. —Alex respirou fundo e analisou o rosto de Lena por um momento —Eu vejo que você gosta da Kara, então, por favor, se você souber alguma coisa sobre seu irmão ou sobre sua mãe, não esconda. Essa informação pode ser importante para encontrá-la.

—Sei como uma relação entre irmãs importa, agente. No entanto, eu não posso dar uma informação que não tenho.

***

—Você me chamou, irmã? —Morgause apareceu em meio as árvores da parte mais afastada de Camelot.

Ela tinha recebido o sinal de Morgana naquela manhã, um pássaro tão verde quanto os olhos de sua irmã tinha pousado na janela de seu quarto e logo ela mandou outro pássaro para avisar que estava a caminho.

Se Morgana havia enviado um sinal, deveria ser algo importante.

—Sim, eu... preciso falar com você.

Morgause inclinou sua cabeça, observando as feições de Morgana mudarem com sinais de preocupação.

—Algo deu errado com o plano? Uther ainda está são?

—Não, não é isso. O feitiço está saindo como o planejado. É que... eu encontrei uma feiticeira. Ela invadiu o castelo e... talvez eu tenha acolhido ela.

—Você talvez tenha acolhido ela? —A voz de Morgause saiu um oitavo mais aguda.

—Sim. Eu não deixaria uma de nós ser morta.

Morgause suspirou e balançou sua cabeça.

—Isso é perigoso, Morgana. Você não vai conseguir executar o plano direito se tiver que cuidar de outra pessoa.

—E se ela for útil para a nossa causa?

—Descubra se ela é. Caso não for, você já sabe o que tem que fazer.

Morgana assentiu e voltou ao castelo, onde os boatos de que o rei estava enlouquecendo já corriam soltos. Ela sorriu para si mesma enquanto passava pelos portões; não era menos do que ele merecia. O reino e sua sanidade sucumbindo de uma vez só.

Seu ódio por Uther se remoía dentro de sua mente enquanto ela se lembrava de quando achava que pertencia a algum lugar. Quando era a protegida do forte e bondoso Rei Uther, quando Camelot era seu lar.

Isso até que seus poderes saíram de seu controle e ela começou a se esgueirar pelo castelo, sempre paranoica de que faria algo que a levaria a execução. Por que ela ou qualquer pessoa deveria morrer por ter nascido com poderes?

Porque o poderoso Rei queria.

Pois bem, ele não teria mais esse poder.

Ela arrancaria um por um que estivesse em seu caminho: Uther, Merlin e quem mais se voltasse contra ela e seu objetivo.

Camelot pertencia a magia. Camelot era a magia.

E enquanto ela se dirigia para seus aposentos, ela esperava que Kara pensasse da mesma maneira. Caso contrário, Morgana teria que tirá-la do caminho da mesma maneira que pretendia tirar os outros.

E ela não queria isso.

Under Control [Descontinuada]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora