Capítulo 2

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 —Isso sem dúvidas está um caos. —Kara olhou pela janela do prédio desconhecido, logo após ter saído do portal com Barry.

A cidade estava mais cinza do que o habitual e tinha muita fumaça no ar, nem o sol brilhante sobre Central City conseguia trazer paz para seu visual.

—Barry, graças a Deus você está de volta! —Cisco entrou na sala, acompanhado de Caitlin. —Você deve ser a Supergirl, certo?

Kara apertou a mão de Cisco um pouco mais forte do que o necessário em cumprimento, o que fez ele soltar um "Maneiro!" e Caitlin revirar os olhos.

—Fico feliz que as apresentações tenham sido feitas, mas algo não está certo. Os alienígenas estavam atacando Central City e as cidades mais próximas, mas do nada eles começaram a se locomover para a Europa. Foi de um momento a outro, mas eles já começaram a instalar o pânico por lá. Vocês precisam dar um jeito nisso e rápido.

—Se essa fosse a primeira vez que eu ouço isso... —Barry sacudiu a cabeça. —O que eles querem na Europa, afinal?

—Não sei, talvez sequestrar a rainha da Inglaterra? Destruir a Torre Eiffel? Comprar o melhor café do Starbucks? —Cisco falou enquanto sinalizava alguma coisa no seu tablet. —O importante é que eles estão sugando mais pessoas, e quando Caitlin diz "Vocês tem que ir agora", ela quer dizer que vocês tem que ir agora.

Kara e Barry se entreolharam e saíram em desparada para fora do prédio, atravessando os mares até chegar no ponto onde todos os alienígenas estavam. Inglaterra.

—Como vamos fazer isso? São centenas. —O velocista perguntou, olhando a destruição em massa que as criaturas estavam causando.

—Se não temos uma arma que pare esses alienígenas... vamos ter que matar. —Kara sorriu de canto de boca, deixando um pouco de seu Raio-Laser aparecer nos seus olhos.

—Eu pensei que você não fosse a favor da morte de ninguém. —Barry tentou não soar horrorizado. Aquela não parecia a Kara que ele tinha conhecido.

—Você tem ideia melhor?

—Sim, Caitlin e Cisco estão me passando por ponto eletrônico que a nave deles está no meio do mar. Se conseguirmos levá-los até lá, poderíamos reprogramar a nave para alguma zona fantasma. Isso mandaria um recado para os outros de seu planeta, nós esperamos.

—Tanto faz, vamos terminar com isso logo.

Kara levantou voo, dando um soco em um dos alienígenas que surpreso não pôde revidar, desmaiando no ato. No entanto, um dos seus colegas virou para Kara e foi para cima dela, o que fez Barry dar uma volta nele, dando um soco em seu queixo. Isso chamou atenção dos outros, fazendo-os ir até eles, jogando bolas de energia que facilmente foram desviadas.

Pulando para cima de outro prédio, os dois foram cercados por pelo menos oito dos extraterrestres, mas após alguns chutes e socos todos estavam no chão assim como os dois primeiros. Eles não tinham muito tempo, tinham que terminar com isso logo.

Barry estava prestes a descer do prédio para atacar mais alguns, quando um deles começou a criar matéria de um portal que foi jogada contra Barry por suas costas. Kara empurrou ele para fora, mas foi sugada pelo portal em menos de um segundo depois.

Uma caída brusca contra o gramado verde de uma floresta foi o que fez Kara notar que não estava em Central City mais, e a visão de um castelo ao norte dizia que provavelmente ela não estava nem mesmo no presente de sua terra. Algumas perguntas básicas como "Onde diabos eu estou?" e "Como vou voltar para casa?" passaram por sua cabeça, mas ela não tinha a menor ideia de como respondê-las.

"Maldita hora que decidi ajudar o Flash!", Kara praguejou em silêncio, com a raiva borbulhando dentro de si. "Isso não aconteceria se eu não tivesse sido uma estúpida e ido salvá-lo, ou salvar a sua cidade", ela fechou os olhos e sacudiu sua cabeça. Não tinha tempo para amaldiçoar sua sorte; a revolta teria que esperar.

Usando a super audição, Kara escutou algo parecido com um vilarejo não muito distante dali, e olhando para seu traje de super heroína, ela soube o que deveria fazer.

***

O sol já terminava de se pôr quando Kara decidiu entrar na aldeia que rodeava o castelo. O fato de suas roupas - que ela podia ou não ter roubado - serem simples, ajudaram-na a passar despercebida no meio do comércio principal.

Pelo traje das pessoas e seu modo de falar, a Kriptoniana supôs que estava em algum lugar da Era Medieval, o que não era nada bom. A Terra era antiquada em relação a tecnologia de Kripton quando ela chegou, mas isso? Era antiquado até mesmo para o antiquado.

 Seu objetivo era simples: encontrar um jeito de voltar para sua dimensão, isso causando o menor dano possível na linha do tempo.  

O castelo parecia estar em celebração e o humor contente se espalhava para seus aldeões, o que enojava Kara. A irritava o fato de que ela poderia estar controlando sua cidade e fazendo com que todos se ajoelhassem em frente a seu poder, mas ao invés disso, estava se escondendo como uma plebéia em Deus sabe-se lá onde, numa época onde a energia nem mesmo sonhava em ser descoberta.

Depois de andar curiosamente pelo local, Kara se viu na frente do castelo a luz da lua. Isso poderia ter sido uma cena poética, mas o som de alguém sendo esfaqueado dentro das muralhas do castelo a fizeram despertar para a realidade. 

Under Control [Descontinuada]Where stories live. Discover now