« sessenta e cinco »

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Harry Styles 

Acariciei as pequenas mãos de Lorenzo, suspirei pesadamente e encostei-me para trás no sofá, Molly entrou na sala com um biberão na mão e deu-me o mesmo. Sentou-se ao meu lado, dando um grande suspiro de cansaço, comecei a dar o biberão ao mais novo e olhei atentamente para cada um dentro da sala, Freya, Hanna e Dylan estão no hospital à espera de notícias, pois durante a confusão toda Anderson conseguiu acertar em Catherine. 

- Eu estou com medo. - Molly sussurrou. 

- Está tudo bem, okay? - resmunguei acariciando a mão do mais novo. - Está tudo bem com a Catherine, não é a primeira vez que ela vai parar ao hospital. 

- Também não foi a primeira vez que o Zayn foi parar ao hospital, e olha agora ele está morto. - murmurei com raiva no meu tom de voz. 

- Pára! - Molly exclamou levantando-se. - Porque é que estas a ser tão negativo? - vi os seus olhos encherem-se de água, suspirei. - Okay, está tudo de cabeça para baixo eu sei, mas não precisas de agir assim como se o mundo fosse acabar. 

- O mundo não vai acabar, mas todos nós vamos morrer brevemente, e acredita em mim não temos muito tempo. - ela olhou-me, revirou os olhos e em seguida encarou Dylan que apenas levantou os braços em rendição. - Olha à tua volta Molly. - pedi. 

- Nós podemos resolver tudo, nós podemos dar a volta por cima, sempre demos. - neguei. - Harry, estas a desistir sem sequer tentares. 

- Diz-me o que podemos fazer sem o Zayn? - perguntei. 

- Bom... - ergui as sobrancelhas em simultâneo. - Ele não nos ensinou a ser desistentes, disso podes ter a certeza. 

- Eu vou falar com ela. - Dylan murmurou após a loira sair disparada da sala. 

Dylan Baker 

Subi as escadas calmamente, e entrei no escritório de Zayn a loira mexia nas coisas dele provavelmente à procura de algo que nos pudesse ajudar, mas o problema é que todos nós já fizemos isso e ninguém encontrou nada, caminhei calmamente até ela e coloquei as mãos nos seus ombros dando um pequeno suspiro. 

- Não vais encontrar nada Molly. - esfreguei os seus braços. 

- Sabes o pior disto tudo? - neguei calmamente. - É que ele morreu mesmo, deram-no como morto e eu menti à Catherine. 

- Mentis-te à Catherine? - assentiu freneticamente. - Porquê? 

- Porque... - esfregou a lateral da sua cabeça, e negou freneticamente com a cabeça. - Ela estava tão mal Dylan, eu não sei... - resmungou. - Mal eu entrei dentro daquele quarto, eu não vi a Catherine ao qual estamos habituados, e-ela estava mesmo mal, ela estava mais do que triste. 

- Molly tu não devias ter mentido! - exclamei sentando-me. - Ela vai ficar ainda pior, porque ela vai sofrer em dobro. 

- Eu sei. - sentou-se no meu colo. - Vai ser como dar-lhe um estalo de realidade, ela vai odiar-me Dylan. 

- Eu tenho de concordar contigo. - suspirei e ela deitou a sua cabeça no meu ombro.

- Eu sinto-me tão mal, ele morreu, ele morreu porque nenhum de nós estava a contar com aquilo. - afaguei as suas costas calmamente. - Ele morreu à minha frente, eu sinto-me culpada porque eu não fui rápida o suficiente. 

- Amor, a culpa não é tua. - fiz com que ela me olhasse. - Não é tua, okay? 

- Eu podia... 

- A culpa, é do filho da puta que disparou. - interrompi-a rapidamente. - A culpa não é tua, não tens de te culpar por uma coisa que tu não sabias, que não ia acontecer. 

- Sabes, o pior de tudo é que eles podiam ter sido mais do que ódio e raiva. - sorri ao perceber que ela falava do moreno e de Catherine. - Antes de tudo acontecer, ela disse que o amava. - olhei surpreendido para Molly, pois para Catherine ter dito isso ela precisou de meter todo o seu orgulho de lado. - O Zayn queria ter ido atrás dela, mas nós tínhamos um plano e ele sempre segue os planos à risca. 

- Se ele tivesse ido atrás, achas que alguma coisa mudaria? - assenti. 

- Acho que se ele tivesse ido atrás, a Catherine não estaria num hospital, ele não estaria simplesmente morto. - fungou. - Eles provavelmente estariam bem um com o outro, e nós não estaríamos em toda esta alhada de merda, onde provavelmente vamos acabar todos mortos com o Harry disse. - falou rápido. - Depois daquela festa, eu estava a pensar sair do gangue porque eu estou farta de tudo isto, entendes? - assenti. - Mas agora eu não posso, há quatro ou cinco dias atrás eu estava pronta para sair, agora eu simplesmente me sinto presa novamente. - enxuguei as suas lágrimas, e encarei-a atentamente. - Sinto-me presa a vocês, não vos posso abandonar, não te posso abandonar. 

- Tu és incrível, sabias? - ela negou, via fazer um pequeno beicinho e logo mais lágrimas vieram. - Molly, eu sei tu erraste em dizer à Catherine que ele está vivo, mas eu tenho a perfeita noção que o fizeste para que ela se sentisse melhor. - os seus olhos castanhos encararam-me. - Não te culpo por isso, porque fizeste isso a pensar que ela se sentiria melhor e tudo mais. Mas por favor não te aches uma má pessoa, apenas porque erraste com alguém que gostas. 

- Eu sinto-me horrível Dylan. - abraçou-me. - Está tudo uma porcaria. 

Catherine Cooper 

Abri os olhos assustada, e assim que tentei sentar uma dor aguda preencheu toda a extensão do meu estômago, olhei em volta e revirei os olhos ao perceber que era o hospital. Choraminguei ao perceber que não tinha Lorenzo perto de mim, aliás eu não tinha ninguém perto de mim senti o meu peito doer ao sentir a falta do moreno, pois sempre que eu vinha parar ao hospital e sempre que acordava ele estava aqui, mesmo que eu não quisesse, ele estava. 

- Catherine, consegue ouvir-me? - assenti sentindo algumas lágrimas deslizarem pelas minhas bochechas. - Lembra-se do que aconteceu? - neguei. - O que sente? 

- Dores. - e um grande vazio dentro de mim. Soltei um suspiro doloroso e virei a minha atenção, para o enfermeiro que estava perto de mim. - O meu filho? 

- Não lhe posso responder a essa pergunta, pois apenas estão duas raparigas na sala de espera. - assenti e encarei a parede à minha frente. - Está aqui há dois dias. 

- O que é que aconteceu? - questionei olhando as minhas mãos com agulhas enfiadas na pele. 

- Foi alvejada num restaurante. - gargalhei com sarcasmo, e encolhi os ombros. - Levou um tiro de raspão na lateral da sua costela. 

- Posso fazer-lhe uma pergunta? - ele assentiu. 

- Claro. 

- O que é que aconteceu, ao Zayn Malik? - o mesmo franziu as sobrancelhas. 

- Eu não acompanhei esse caso, no entanto ele foi dado como morto. - abri a boca tentando dizer alguma coisa, mas nada saiu. Ela mentiu-me. - Conhecia-o? 

- assenti lentamente com a cabeça. - É-É pai do meu filho. 

- Um criminoso? - questionou surpreendido, revirei os olhos e apenas me deixei chorar. 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!! TALVEZ EU FAÇA UM PEQUENO UPDATE! 

Esta morte do Zayn, está um belo de um mistério. 

Disorder « z.m »Where stories live. Discover now