« vinte e nove »

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Catherine Cooper 

  No entanto eu não me quis virar para saber qual deles tinha levado com a bala, e nem quero que nenhum dos dois tenha sido, só espero que tenha sido um tiro para o ar. 

- olhei lentamente para trás podendo ver Dylan deitado no chão, e Zayn a encara-lo com raiva. - Porque é que fizeste isso?! - gritei empurrando o moreno, ajoelhei-me ao lado de Dylan e procurei por algo que lhe pudesse estancar o sangue. - Liga para um ambulância... - pedi encarando o moreno que não se movia. 

- Não. - respondeu num tom frio. 

Procurei por um telemóvel no meu quarto, e por momentos não parecia haver nenhum até me lembrar que Dylan provavelmente tinha o seu. Procurei nos seus bolsos e quando o encontrei, tentei desbloqueado e porra eu não consegui e sabia que se saísse de perto dele Zayn era capaz de fazer algo, não segurei os soluços que começaram a sair disparados da minha boca e levei os meus até aos do moreno que já me encaravam. Ele vai ser mesmo egoísta ao ponto de fazer isto com alguém como o Dylan? 

- Zayn... - sussurrei suplicando, o moreno virou a cara e engoliu em seco. - Por favor, eu faço tudo o que tu quiseres... eu prometo. - mordi o meu lábio inferior e encarei o rapaz deitado no chão ensanguentado ao meu lado. 

Vi o moreno retirar o seu telemóvel das calças de fato de treino, e dei um sorriso fraco como que a agradecer. Limpei as lágrimas, e limpei o excesso de sangue de Dylan e por durante um bom tempo eu fiz isso, até tocarem a campainha. Zayn como é óbvio teve de ser esconder, e o combinado foi dizer que eu encontrei Dylan naquele estado quando cheguei a casa e que quem ligou eu não sei, apenas ligaram.  

Estava agora sentada na sala de espera, com as mãos a apoiar a cabeça, não posso deixar de pensar que a culpa de ele agora estar ali dentro é minha e de mais ninguém. E eu só quero que ele fique bom, pois ele não merece o que lhe aconteceu. Foi injusto. 

- Como é que ele está? - dei um pequeno salto no banco ao ouvir a voz de Freya, olhei na sua direção e apenas encolhi os ombros. - Sabes isto não teria acontecido se... 

- Freya por favor... - pedi suspirando pesadamente. - Eu sei que fui uma cabra com todos vocês, sei que agora estas magoada, mas não precisas de me culpar pois eu sei que a culpa é minha. 

- riu e encolheu os ombros. - Pelo menos tens a noção disso. - revirei os olhos e limpei o meu rosto. - Eu trouxe-te algo para comeres. - pegou no saco ao seu lado. 

- Não era necessário... - aclarei a minha voz. 

- Eu não meti veneno, mesmo que essa fosse a minha vontade. - respondeu rude, peguei na sandes. - Come, não comes há algum tempo. - assenti sem reclamar mais. 

E durante minutos que do nada pareceram ter noventa minutos e não sessenta, ficamos caladas. Passavam médicos, enfermeiros, pessoas que davam entrada no hospital, mulheres prestes a terem os filhos, etc... e nada de ninguém me dar noticias do Dylan. Levantei-me do meu lugar e caminhei até à receção, talvez ela me pudesse dar alguma informação. 

- Boa noite... - murmurei batendo com as pontas dos dedos no balcão. - Hum, será que me pode dar uma informação? 

- Peço desculpas, mas eu não posso dar nenhuma informação, como pode ver eu estou muito ocupada, e muitas pessoas estão a dar entrada no hospital. - falou sem retirar os olhos do computador, enchi a boca de ar e logo o expulsei olhando para ela com raiva. - Agora se me dá licença, eu preciso de ir entregar estas pastas. 

Dei um soco no balcão e voltei para a sala de receção, onde me sentei no chão com as costas na parede e com as pernas juntas ao meu corpo. É agoniante estar aqui sem saber nada, tenho um nó na garganta e uma dor terrível no peito. 

- Hum Catherine... - Freya chamou e eu levantei a cabeça olhando para o mesmo sítio que ela, arregalei os olhos ao ver o meu chefe. 

Levantei-me rapidamente e olhei para a rapariga que agora tinha os seus cabelos tingidos de um azul claro e respirei fundo. Eles pararam mesmo à minha frente, e o chefe não parecia nem um pouco satisfeito a sua expressão era nula, e de poucos amigos. 

- Agente Catherine. - coloquei as mãos atrás das costas. - Recebemos informações de que passou para o outro lado. - engoli em seco. 

- Senhor eu posso explicar... - ele interrompeu-me, olhou para Freya e deu um pequeno aceno com a cabeça para Jonathan e Tom, que logo avançaram para a rapariga de cabelos azuis. 

- No entanto, tivemos filmagens suficientes do seu apartamento para percebemos que algo estava errado. - olhei-o com atenção. - Sabemos que Agente foi obrigada a tal, estamos perto de apanhar os Bloods. 

- Eu... - olhei para Freya e mordi o meu lábio inferior. - F-Fui obrigada a passar para o lado deles Chefe, eu tinha-os na mão. 

- O quê...? - consegui ouvir Freya sussurrar.  Vi um sorriso surgir nos lábios do meu patrão e assim que a sua atenção foi para a rapariga eu aproveitei. 

- Peço desculpas, mas eles são meus amigos! - exclamei após magoa-lo no sítio mais sensível do homem. - Corre Freya! - gritei. 

- Estas a trair-nos! - Jonathan gritou, agarrando-me. - Vais ter consequências por causa disto Cooper! - exclamou prendendo os meus braços. 

- Eu sei... - grunhi de dor devido à força que o mesmo fazia. - Mas eles não são os verdadeiros culpados... 

- Então quem é? - o meu chefe indagou colocando as algemas em torno dos meus pulsos. - Tu estas despedida, vais voltar para Inglaterra e irás dar-nos todas as informações que tens. - deixei que o meu cabelo tapasse o meu rosto e respirei furiosamente. - Deixarás de ser uma agente, não só por trair a tua equipa como também libertar um culpado. 

- Tom guiou-me para fora do hospital. - Eu não tenho as informações, elas foram apagadas. 

- Irás dar-nos o que memorizas-te. - Jonathan agarrou o meu braço e eu tentei solta-lo. 

- Eu não me lembro de nada... - sussurrei olhando para os lado, talvez procurando Freya. - Tudo o que eu tinha conseguido foi apagado, podem ir ver no meu apartamento eu não tenho lá nada. - abri a boca em espanto ao ver Zayn escondido atrás de um carro juntamente com Molly. 

- Cooper, não nos mintas mais, já estas enterrada o suficiente. - Tom sussurrou perto do meu ouvido, e logo em seguida caiu estático do meu lado. 

Jonathan e Patrick puseram-se atentos, retirando logo em seguida as suas armas mas foi algo inútil, pois ambos foram alvejados de forma a não se levantarem mais. Senti um braço envolver a minha cintura e fazer-me correr, entrei no carro já tão conhecido por mim e num instante saímos do parque de estacionamento do hospital. 

- T-Tu... 

- Eu nunca deixo os meus para trás. - bati com a cabeça no vidro assim que o moreno fez uma curva brusca. - Vai para os bancos de trás e muda de roupa. 

- O quê? 

- Estamos em fuga caso ainda não tenhas percebido. - em fuga? - A tua merda de agência está cá em Compton. - arregalei os olhos e olhei para trás vendo um carrada de carros atrás de nós, dois dos Bloods e o resto da polícia. - Parece que tentar matar o teu amiguinho não foi muito inteligente. - concordei. - Despacha-te Catherine!  

- Eu estou algemada. - tentei mostrar-lhe e o mesmo começou a resmungar, retirando a arma. - O que é que...

- Afasta os braços das costas! - assim o fiz e fechei os olhos com força. 

- Fodasse para de gritar Catherine! - alguém gritou mesmo ao meu lado, fazendo-me acordar, olhei para o lado encontrando Zayn deitado ao meu lado no chão. O quê?! 

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK OLÁ GENTEEEEEEEEEEEEEEEE! POSTEI E SAI CORRENDO!! 

Disorder « z.m »Onde as histórias ganham vida. Descobre agora