Disorder « z.m »

« quarenta e um »

Catherine Cooper 

« um mês depois » 

No último mês aconteceram muitas coisas, uma delas é que o Zayn foi embora logo no dia a seguir, o Justin têm estado comigo nos últimos dias principalmente à noite, os pesadelos com os meus pais não param, e na última semana comecei a depender de comprimidos para dormir é horrível pois eu sinto que tenho uma droga dentro de mim, todas as noites. O meu pai desapareceu, o meu suposto chefe não entrou em contacto comigo mas isso é o de menos, porque quando eu estiver frente a frente com ele, eu irei mata-lo custe o que custar. 

- Catherine, filha estas bem? - o meu pai perguntou sentando-se ao meu lado na mesa, olhei para o chá entre as minhas mãos e assenti calmamente. - Tens dormido bem? 

- Impossível não dormir, com os comprimidos. - murmurei com um sorriso murcho. - Eles fazem-me dormir demais. - ambos rimos, encostei a cabeça ao ombro do dele, e logo senti os braços em torno dos meus ombros. 

- Ao menos não tens mais pesadelos. - assenti. - Mas não tens de os tomar, se já te sentires melhor. 

- Eu sei. - levei a caneca aos lábios. - Queres chá? - negou agradecendo. 

- Eu tenho de ir trabalhar, ficas bem? - assenti mais uma vez. - Qualquer coisa liga para o pai. - revirei os olhos, mas não pude evitar um sorriso. - O Justin deve de estar a chegar, para ficar contigo. 

- Pai eu não sou nenhuma criança e além... - ele interrompeu-me rapidamente. 

- Não é questão de seres uma criança Catherine, porque eu sei que tu és uma mulher já bem crescida e que sabes cuidar de ti muito bem, sei que te sabes defender e tudo mais e que não precisas de um homem para isso. - humedeci os meus lábios. - Mas eu não quero perder mais ninguém, podes não ser minha família de sangue, mas fui eu que te criei e só eu saberei a dor que irei sentir, se te perder a ti também filha. - senti os meus olhos ficarem lacrimejados e assenti. - Por isso, apenas deixa-me tentar proteger-te também. - beijou a minha testa. 

- Tem cuidado pai. - murmurei beijando a sua bochecha. - Até logo. 

- Até logo. - falou pegando as chaves do seu carro. - Descansa! - exclamou antes de sair e fechar a porta, não me dando nenhuma oportunidade de resmungar com ele. 

Puxei os meus joelhos para mim, e encarei a janela à minha frente dando um pequeno suspiro, nestes momentos em que o meu pai saia para trabalhar, a minha mãe ainda estaria em casa e ambas provavelmente estagiamos a falar de um assunto aleatório, isto tudo antes de eu me mudar para a minha casa. Peguei no meu telemóvel e para me distrair comecei a ver noticias aleatórias nas redes sociais, nada que me despertasse grande atenção e me fizesse ficar fixa, apenas rolava o meu polegar pelo o ecrã. O meu corpo pode estar aqui, mas a minha mente está bastante longe de Inglaterra, para ser mais exacta está em Compton com o ser moreno mais intitulado por Zayn Malik, odeio o facto de estar tão presa a ele, que não consigo deixar de pensar. O telemóvel começou a tocar nas minhas mãos, e franzi as sobrancelhas ao ver que era um nome desconhecido. 

- Estou? - questionei um tanto hesitante. 

- Um mês desde que a tua mãe morreu, como é que te sentes Catherine? - senti o sangue ferver nas minhas veias e ajeitei-me na cadeira. 

- O que é que queres? - indaguei levantando-me. 

- Dizer-te que talvez tenhas enterrado a pessoa errada. - o quê? - Já ouviste falar em sócias? - fiquei em silêncio. - Parece-me que não, bom queremos fazer uma troca. 

- A minha mãe está viva? - sussurrei de olhos arregalados. - Que troca? 

- Eu quero que venhas para os Crips, e eu deixarei a tua mãe sair viva. - senti os meus olhos ficarem lacrimejados, e facilmente a primeira lágrima caiu. - Aparece apenas tu, caso contrário ela morrerá e desta vez não será uma sócia, porque nós só temos um na vida. - falou e eu pude sentir o humor no seu tom de vida. - Estamos entendidos?