Stephany - Confiar

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    Meus olhos não se mantinham abertos, minha cabeça doía e queimava como se alguém tivesse jogado óleo quente. A garota me levou até uma casa enorme, adoraria saber qual era a dela, mais minha força estava indo embora a cada segundo. Ela me pôs em um sofá e logo pegou o telefone e fez uma ligação, ao mesmo tempo que pegava várias ervas e frascos com alguns líquidos em uma estante.

- Alô, Miguel?...- imaginei que seria seu namorado - Sim já sai  e você? Já está fora?... Bom saber que está bem... Sim, estou com ela... Não ela não é perigosa... Miguel ela está fraca, não consegue mal abrir os olhos... Isso, venha para a velha mansão e se certifique que não está sendo seguido, rápido. - desligou o telefone.

Ela se ajoelhou e começou a misturar tudo num pote.

- O que é isso que jogaram em mim?- perguntei quase em um sussurro.

- Veneno para lobisomens, criado pelas bruxas. Já dou um jeito nisso.

- Queria saber porque você é tão familiar pra mim... Acho que te vi em uma visão...

Ela parou por um instante.

- Você também tem visões?

- Em sonhos. Eles parecem visões. O último que eu tive você tava lá.

- Eu senti quando você chegou. E meu amigo sabia que você ia chegar. É muita coincidência.

- Tem algo errado...

- Tenta ficar acordada. - ela me olhava meio desesperada.

Não aguentei, parecia que meu subconsciente me chamava.

   Eu via várias coisas confusas, mais o que eu consegui distingui foi um casal, nunca tinha os vistos e ele seguravam dois bebês, "Tudo vai mudar" a mulher dizia "Vocês vão fazer tudo mudar", e assim eu abri os olhos. Uma sensação de tristeza me invadiu, chegou até a escorrer um lágrima, limpei o rosto na hora, muito estranho mesmo. Levantei, a garota estava encostada na parede à minha frente, o tanto que ela me encarava estava me deixando irritada.

- Já ouviu a frase "Olha e disfarça"? Se encaixa bem na situação. - lhe disse.

- Como está sua cabeça? - ela perguntou ignorando o que eu disse.

- Está bem melhor, não sei oque fez mais deu certo...

- Isso é bom porque temos muita coisa pra discutir.

- Não me leve a mau, mais não confio em você. - afirmei.

- E você acha que eu confio? Você faz parte de um clã inimigo, devia ter te deixado lá, sabe a droga de consequência eu vou ter se eles descobrirem que foi eu que te tirei de lá?!

- Obrigada por ter me tirado de lá. E pelo curativo também. - Não ia ser hipócrita de não agradecer - Mais o meu tempo está cerrado e muito curto.

- O que você fez pra estar fugindo assim ?

- Essa é a questão, eu não fiz absolutamente nada, mais eles acham que eu fiz.

- Eles?

- Meus líderes.

- Você está fugindo do seu clã? -perguntou sem exitar -

- Eu diria alcatéia, acabei aqui por acidente, o plano era passar pela floresta e evitar a cidade, com essa passagem estreita eles perderiam nosso rastro. Mais nos acharam antes disso acontecer.

- E onde quer chegar?

- Na cidade próxima daqui, ou checar essas redondezas. Estou atrás da minha família.

The Dark Dream - Separados por um DestinoWhere stories live. Discover now