Katherine - Um Dia Quase Perfeito

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"Eles estavam em posição de ataque, um momento tenso, é a hora da batalha em que o coração realmente para. No meio de um campo, um gramado meio morto, e ao redor as árvores que levavam a floresta. O dia estava nublado e escuro, um vento frio passava entre nós, um suspense extremamente agoniante. Aquele silêncio inquietante, em que lhe deixa no mais preciosos desespero, onde você não sabe o que irá acontecer. Até que o momento chega.
Lobisomens ferozes, em busca de vingança pulam de entre as árvores, atacando cada um de nós. Arrancado membros dos corpos e matando na maior velocidade possível. Desespero e matança era o que nos cercava naquele momento. Eu era apenas uma criança no meio de uma luta entre gigantes - que seria os vampiros e lobisomens mais velhos -. A pior parte é você ver seu melhor amigo ser morto, sem piedade na sua frente e você não poder fazer nada, porque estava tentando salvar sua própria vida".

Na frente do túmulo de meu melhor amigo, decidi que a partir daquele dia, procuraria vingança, vingaria sua morte e daqueles que não mereciam, que eram inocentes sobre uma acusação que não tinham provas. Diziam que nós havia matado alguns de sua alcatéia, sendo que ninguém tinha saído da cidade naquela época. Poderia talvez ser armação ou uma simples desculpa para querer acabar com alguns de nós.
Então Miguel aparece atrás de mim e interrompe minhas memórias e pensamentos passados:

- Oi, o que esta fazendo aqui tão tarde da noite!? - ele para ao meu lado e cruza os braços olhando para frente -

- Bom, só estava lembrando do passado, em como a vida é impiedosa com a gente. - respondo meio triste, limpando as lágrimas do meu rosto.
Então ele coloca as mãos em meu rosto e continua:

- Para você querer saber o que realmente aconteceu naquele dia, terá de superar o que aconteceu... - ele me abraça e continua - e não desiste de procurar as respostas que você tanto procura, porque também desconfio que não foi nada em vão.
Ele se abaixa e coloca a mão na lápide do túmulo e continua:

- Nunca esquecerei de você meu irmão! - para por um instante e se levanta - vamos está tarde e seus pais devem estar preocupados!

Seguro em seu braço e começo a caminhar com ele. Lembro que meus pais haviam saido aquela noite e lhe pergunto:

- Já se sentiu perseguido ou vigiado por alguém ou alga coisa? - o olho -

- Eu? Sim. Mas nem sempre era algo bom. Porque me pergunta isso? - me olha curioso -

- Bem, hoje eu senti essa sensação quando cheguei em casa. Por isso vim para cá. - digo meio confusa da situação -

- Tome cuidado, não se espera nada de bom sobre essa sensação! - ele me alerta. Quando dizia isso, sentia uma emoção de proteção em seu tom de voz. Parecia que queria cuidar de mim, como se fosse um irmão, e era isso o que mais me atraia a ele.
Ele me deixou em casa e partiu. Fechei as janelas e portas, subi para meu quarto e deitei na cama. Ao lado tem uma mesinha com alguns livros que costumo ler, pego um deles que ainda não tinha lido por completo e começo a lê-lo. Caio no sono sem perceber.
Acordo e já é de manhã, quase meio dia para ser exata. Nem lembro a hora que cheguei em casa, só sei que era tarde da noite. Me arrumei e desci para cozinha. E lá estava minha mãe, com cara de que nada tinha acontecido, parecia meio alegre, mas perguntei mesmo assim:

- Onde a senhora e o pai estavam? Fiquei preocupada, não os vi desde ontem de manhã! - sentei na mesa, levantei os braços e apoiei meu rosto nas mãos. E a olhei meio curiosa.

- Ah filha, bom dia primeiramente. - me responde com um ar de alegria e sorri de lado - Eu e seu pai só saímos para ficar juntos um pouco. Por que? É proibido agora sair para jantar fora? - ela pergunta num tom sarcástico -

- Não!! Que isso! Pode sair a vontade. Só pelos menos avisa quando sair por ai. Vai saber se não tem um vampirinho a solta por ai querendo come-lá!? - falo irônica. Levanto da mesa, saio correndo e rindo até a Sala. Escuto sua risada e o que ela fala:

The Dark Dream - Separados por um DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora