The Dark Dream - Separados por um Destino

Katherina - Primeiras impressões

   Já fazia uma semana que eu estava com Miguel, e cada dia que passava, eu ligava para minha mãe avisando que eu ficaria mais um dia na casa dele. Todos os dias nós saímos cedo e caçamos, mais nada acontecia no meio daquela floresta, já estava começando a duvidar. Não era de costume, pois tudo o que Miguel falava sempre acontecia.

   Mas, depois que cheguei na cidade, quase todas as noites antes de dormir eu sentia minha marcar arder e brilhar. Pouca coisa, como se fosse um aviso, já estava achando que íamos enfrentar alguma coisa. Em minha mente aparecia algumas visões, como se estivesse caminhando no meio de árvores, escapando de alguma coisa ou com medo de alguém. Meu corpo ficava cansado depois dessas visões e minha cabeça latejava de dor. Em alguns livros diziam que quando um vampiro se tornava adulto, começaria a ter poderes e com eles alguns efeitos colaterais no começo. Mais acho que não era só isso. Sentia que alguma coisa iria realmente acontecer.

   Sempre depois que isso acontecia, eu sonhava com aquela batalha que teve quando eu era apenas uma criança. Via como meu amigo morreu lamentavelmente em minha frente. E nesse mesmo sonho, tinha um casal que me dizia ficar tudo bem, eu nunca havia os visto antes, mais quando eles apareciam, meu coração sentia um alívio. Não sei quem eram, mais pelos detalhes, o conselho me falava que eles haviam falecido lutando e protegendo a família. Algo de mim gostaria de saber mais sobre eles, mais eu não sabia como.

  Miguel também havia me dito que "para entender o que se passou, devia entender o que aconteceu antes". Aquilo não fazia sentido algum para mim, mais pelo menos ele sempre me confortava nesse assunto.

   Meu aniversário também estava chegando e eu não estava nem em casa. E como já falando anteriormente, que sempre deveria fazer uma festa, meu pai já estava em agonia. Toda vez que minha mãe ligava ele só falava nisso. Então quando eu voltar para casa, nem sei o que vai acontecer. Levar bronca da minha mãe ou festejar com meu pai. Isso nem estava nos meus planos, tinha esquecido de tudo isso, pois estava tentando resolver alguns probleminhas com Miguel, então só conseguia pensar em seu instinto.

- Olha, não sei você. Mais cansei de ficar aqui nessa floresta sem fazer nada. Só caçamos e ficamos de vigia. Nem fome sinto mais e o tédio já me consumiu.- falo sentando em uma pedra.

   Estávamos em uma montanha, e onde sentei, era uma bela vista de quase toda a floresta e da cidade, dava pra ver tudo e ouvir também.

- Você não tá confiando em mim, não é mesmo? - ele me olha e senta ao meu lado.

- Confiar eu confio, mais já faz uma semana e nada. Era mais fácil a gente acampar aqui e ficar só escutando o que tem ao redor. Pelo menos estaremos fazendo alguma coisa! - olho pra ele entediada e depois deito pra trás.

- Então você pelo jeito não gosta de ficar parada prestando atenção. Se fosse em combate, já teria sido atacada. - olhando ao redor depois me encara.

- Eu presto muita atenção sim. Só que você sabe que não teve nada até agora...

   Kátia aparece cortando o que eu estava falando:

- Ora, ora, ora! Olha quem está de volta a cidade. Pelo visto você não tem medo do perigo, em Katherine! - ela me olha cerrando os olhos.

- Acho que eu não sou a única. Por que está aqui!? - pergunto nem um pouco curiosa.

- Bom, por fazer parte do conselho e de cuidar dessa cidade, acho que eu só estou dando uma olhada pra ver se não te intrusos! - andando em minha direção, enquanto fala em um tom rude. Me levanto a encarando e então Miguel entra no meio:

- Vocês duas parem. Não lembram o que aconteceu da última vez? Quase acabaram mortas. E caso queira saber Kátia, se ela está comigo, é porque ela não quer confusão com ninguém daqui. Então por favor, saia. - ele diz sério enquanto a encara severamente.