Capítulo sete

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Julia

Eu e a galera estávamos reunidos tomando café tranquilamente até ouvirmos uns gritos vindo do corredor, na mesma hora todos alunos que estavam na cantina se levantaram para ver o que estava acontecendo chegamos lá e era a Ashley gritando que nem uma maluca com o seu cabelo roxo.

— Isso é obra sua?  — Daniel me pergunta enquanto ri da situação junto aos outros.

— Jamais eu faria algo assim com a loirinha. — sorrio quando ele percebe a ironia.

— Você é uma gênia.

— Eu sei disso.

A Ashley olha pra todos os lados desesperada acho que na intenção de me procurar naquela multidão e quando seus olhos encontram os meus ela vem correndo na minha direção.

— Foi você que fez isso não foi? — ela grita.

— Eu adorei o novo visual. — toco nas pontas do seu cabelo.

— O que você fez com minhas roupas?? Meu corpo tá coçando muito.

— Eu não fiz nada você que é sarnenta.

Todos começam a rir da cara dela o que a deixa mais irritada ainda.

— Você mexeu com a pessoa errada. — ela diz e sai acompanhada de suas seguidoras ridículas.

Depois das aulas eu estava sozinha no dormitório, Daniel tava jogando com uns amigos. Eu liguei meu celular e coloquei minha playlist de músicas no intuito de me entreter e do nada e sem motivo algum a ansiedade tomou conta de mim e logo em seguida a culpa, aquela culpa que eu sentia dentro de mim que eu não conseguia explicar.
Não pensei duas vezes em pegar a caixinha que eu guardava no criado mudo ao lado da cama, prometi pro Daniel que eu não iria fazer de novo, mas era mais forte que eu.
Quando eu tava prestes a me cortar Daniel entrou no quarto fazendo eu me assustar.

— O que você tá fazendo?

Tentei esconder mas era inútil ele já havia visto o que era.

— Julia eu já disse pra você não fazer isso. — ele segura no meu pulso roubando a lâmina de mim.

— Me desculpa tá legal, mas eu não consigo.

— Você nem ao menos tentou, você é mais forte que isso.

— Pode me dar um abraço? — digo na tentativa de fugir desse assunto e funciona, ele se aproxima de mim me envolvendo em seus braços. E eu senti um alívio e naquele instante a angustia sumiu.

— Eu gosto de você e não quero te ver machucada.

— Também gosto de você.  — foi uma resposta automática, eu não pensei só falei mas é o que eu estava sentindo. 

Os olhos dele se fixaram nos meus. Ele se aproximou colocando seu polegar na minha bochecha, sua boca veio quase de encontro a minha mas antes que ele pudesse beija-lá ele me encarou, acho que pedindo permissão e eu sorri como resposta.
Seus lábios finalmente grudaram nos meus. Se eu achava que o toque dele era incrível na forma em que acordava minha pele, o jeito que
ele beijava era de outro mundo. E embora eu não seja expert, tendo apenas beijado alguns
antes, eu estava disposta a apostar que esse era o melhor beijo do mundo.
E quando ele se afasta e olha para meus olhos, eu fecho os meus de novo e o trago de volta para mim.
Assim que paramos o beijo eu o abraço e permanecemos assim a tarde toda.

No outro dia acordei aconchegada sobre os braços do Daniel, ele tava com a cara amassada, ao contrário de mim ele deve ter dormido bem desconfortável.
Olhei no relógio e estávamos adiantados aos horários de aula. Tentei me levantar sem o acordar o que foi em vão.

Uma Marrenta nada fácil Where stories live. Discover now