Capítulo cinco

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Julia

Depois de um dia até que divertido eu e o Daniel retornamos para o internato. Era domingo e aquele lugar já estava voltando a ficar movimentado de novo.

— Ta afim de assistir um filme? — ele sugere.

— Pode ser.

— Que gênero você curte?

— Terror com certeza.

— Obrigada senhor por ter uma menina que goste de terror também. — ele levanta as mãos pra cima sorrindo. Sorrio de volta.

— To com fome. — digo enquanto observo ele por o filme.

— Você acabou de tomar café.

— E já tô com fome de novo. — ok ok eu como demais eu sei, acho que deve ser ansiedade não sei.

— Quer ir lá na cantina comprar alguma coisa?

— Você vai pagar?

— Daí você já tá querendo demais. — ele ri.

— Tem certeza que você não quer pagar? — pergunto em tom de ameaça enquanto me aproximo dele.

— Pensando melhor acho que posso pagar sim. — ele coça a nuca nervoso.

— Nossa Daniel você é muito bichona. — começo a rir da cara de assustado dele.

— Com essa sua cara de maníaca eu te dou a cantina inteira se duvidar.

— Vou pensar sobre isso durante o caminho. — digo indo em direção a porta.

Chegamos na cantina e eu comprei todas as besteiras que eu tava afim de comer. Daniel me observava e tenho certeza que ele devia estar apavorado pelo fato de eu comprar tanta coisa.

— Acho que é só. — termino de pegar tudo.

— Meu deus eu não vou pagar tudo isso sozinho Julia. — ele arregala os olhos vendo tudo que comprei.

— Daniel larga de ser pão duro, toma pra te ajudar. — digo entregando dois reais.

— Nossa obrigado dois reais ajuda muito.

— De nada. — respondo ironicamente. — Te espero lá no quarto. — saio rindo da cara de indignação dele.

É claro que vou devolver o dinheiro depois, mas ver o rosto de apavorado dele foi hilário. Nesse momento ele deve estar pensando que sou uma tremenda folgada.

— Ei eu também quero. — ele se joga na cama ao meu lado.

— NÃO, é tudo meu.

— Eu ajudei a pagar, na verdade eu paguei praticamente tudo mereço também.

— Ta bom só vou te convidar porque estou de bom humor. — Agora põem o filme.

A cada minuto eu fico rindo de como aquelas pessoas de filmes de terror são idiotas, esses filmes chegam a ser previsíveis.

— Qual o seu problema? — Daniel finalmente para de me encarar e fala. 

— Do que você tá falando?

— Que tipo de pessoa ri num filme de terror?

— Eu ué.

— O sentindo do filme de terror era te fazer sentir medo.

— Aquelas pessoas são muito tolas não tem como não rir.

Ouvimos um sinal alto ecoar pela escola, e eu reconheço de longe que sinal é esse. 

Uma Marrenta nada fácil Onde as histórias ganham vida. Descobre agora