Capítulo quatro

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Julia

— É...

Decido não responder e pego um copo e me sirvo de tequila, o líquido desce rasgando na minha garganta.

— Olha a durona tá com medo de responder uma pergunta tão simples. — ele provoca.

—  Não estou com medo seu idiota só não sou obrigada a falar, e quer saber não quero mais jogar essa merda. — me levanto.

— Vamos fazer o que então? — Jhon pergunta.

— Que tal um filme? — Lara sugere.

— Eu já vou indo gente. — Sophia se levanta parecendo tonta.

— Eu vou com você amiga.

— Não estou me sentindo muito bem.

— Eu já vou indo também. — Lucas se levanta acompanhando as meninas.

— Graças a Deus. —me jogo na minha cama assim que todos vão embora.

— Então marrentinha porquê você não quis responder uma pergunta tão fácil?

— Não que seja da sua conta mas ultimamente só estou usando moletom pois estou doente.

— Você não parece doente.

— Daniel você não é médico pra saber e agora vê se cala a boca e para com esse assunto, se não vou te bater.

— Como se você conseguisse né. — ele ri.

— Tá duvidando de mim?

— Sim estou duvidando.

Pulo em cima dele fazendo nós dois cair no chão começo a bater no peitoral do mesmo que começa a rir como se aqueles tapinhas estivessem fazendo cócegas.

— Sai de cima de mim maluca.

—  Faça eu sair então.

— Não quero te machucar Miller.

— Se você não quer o problema é seu, eu quero. — digo isso e dou um soco na barriga do mesmo e tenho certeza que essa doeu porque ele começa a gemer de dor e eu saio de cima do mesmo indo me deitar.

—Nunca duvide de mim, Walker.


Enfim hoje é sábado dia de sair desse inferno, arrumo minha mochila colocando tudo que eu ia precisar pro final de semana.
Chamo um táxi porque com certeza minha mãe não iria vir me buscar e vou pra casa. Quando chego não me surpreendo com o fato de não ter nenhuma recepção calorosa ou algo do tipo "bem vinda filha que saudade que eu tava"

**************

— Você não muda mesmo né Julia, enquanto eu me mato trabalhando pra te dar uma vida boa você fica aí dormindo. — minha mãe diz escorada na porta do meu quarto de braços cruzados. É pelo visto eu peguei no sono e nem percebi.

— Oi pra você também dona Lúcia, como você está? Eu tô bem obrigada por perguntar.

— Se era pra você sair do internato só pra vir pra casa dormir nem precisava ter vindo, da no mesmo você dormir aqui ou lá.

— Ok já entendi que você não me quer aqui. — digo pegando minha mochila e algumas coisas que eu não tinha levado pro internato. — Tudo bem já não considero esse lugar como meu lar a anos, assim como não considero você como minha mãe também.

— Você  é muito ingrata, sempre me deu só desgosto. — ela soa fria em cada palavra que diz.

— Vai a merda. — pego meu skate e minha mochila e vou em direção as escadas.

Uma Marrenta nada fácil Where stories live. Discover now