Capítulo três

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Julia

Acordei ouvindo um sinal muito alto indicando que já estava na hora de irmos jantar.
O jantar foi tranquilo, o pessoal estava conversando entre si e eu fiquei mais na minha mesmo. Depois disso voltamos pro dormitório.
No outro dia pela manhã eu e Daniel fomos acordados por uma senhora que entrou no nosso quarto. Suponho que seja a tal da supervisora.

— Posso saber o que os senhores estão fazendo aqui que ainda não foram pra aula? — ela diz autoritária. 

— Estávamos dormindo até você atrapalhar.

— Puts perdi a hora. — Daniel se levanta correndo em direção ao banheiro.

— Não quero saber de desculpinhas os dois pra diretoria agora. — ela grita.

Como não sou obrigada a ouvir alguém gritando logo cedo eu retruco já de mal humor.

— Por que você não vai encher o saco de outro?

— Se vocês não me acompanharem podem ter certeza quê o seus castigos vão ser maior.

—  É melhor a gente ir, tenho certeza que a diretora vai ser boa com a gente. — Daniel põem uma blusa e vai em direção a porta.

— Você é o queridinho dela por acaso?

— Tipo isso. — ele passa a mão no cabelo.

— Andem logo, espero vocês na direção. — ela sai.

Eu entro no banheiro vestindo a roupa que peguei no armário e saímos logo em seguida indo para a direção.

— Não ta com calor com esse moletom? — ele pergunta.

— Por que isso importa tanto pra você? Cuida da sua roupa e não da minha. — digo sem paciência.

— Ta bom marrentinha vamos logo.

A gente chega na direção e Daniel bate na porta e logo mandam entrar e a velha chata já estava lá com a diretora.

— Diretora os alunos do quarto 167 não compareceram a primeira aula pois estavam dormindo. — a supervisora comunica assim que entramos.

— A gente apenas perdeu o horário. — Daniel diz.

— Daniel você sabe o quê acontece quando os alunos não vão as aulas e o castigo é pra todos, você não é uma exceção.

— Eu sei mais a gente apenas perdeu o horário, não vou ser punido sem provas.

— Devido ao desrespeito destes alunos tenho certeza que estavam matando aula sim. — a supervisora mentirosa diz.

— E eu vou matar você se continuar dizendo mentiras. — digo interrompendo ela e Daniel que está ao meu lado aperta minha mão forte na tentativa de me fazer calar a boca.

— Olha como supervisora acho que você no mínimo tinha que ter a decência de não ser mentirosa e eu estou falando com a minha mãe não com você. — Daniel aumenta o tom de voz e a supervisora se cala.

— Mãe?! — olho pra ele surpresa.

— Já chega os dois estão de castigo, a punição será limpar o porão que temos no corredor da ala leste e agora vão para a aula e depois falem com a moça dá limpeza ela dará tudo que for necessário.

— A mas eu não vou mesmo tenho cara de faxineira por acaso?

— Acho então que vocês preferem a cantina inteira?

— Não mãe a gente fica com o porão mesmo. — Daniel me puxa pra sairmos dá diretoria.

— Então a diretora é sua mãe? — pergunto surpresa assim que saímos dali.

Uma Marrenta nada fácil Where stories live. Discover now