Capítulo 35

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Derek continuou tocando as pesquisas tendo que viajar pelo menos uma vez em cada mês para D.C. ficar por lá pelo menos uma semana. Em uma das viagens, ele trouxe consigo um sensor, que colocou no cérebro de um paciente tetraplégico de Callie. Ela havia aceitado participar da pesquisa sobre mapeamento cerebral e Derek estava muito ansioso para ver o resultado testado naquele dia, mas tudo seria pela tarde, já que pela manhã ele teria que atender ao pedido de Addison e ficar com Ella até que Theresa chegasse ao fim da manhã.

- Tem certeza que você pode ficar aqui com ela? _ Addison perguntou colocando café em uma xicara enquanto andava com Ella em sua cintura até a geladeira para pegar a garrafa de leite

- Eu já disse que eu posso. Só preciso voltar para o hospital depois do almoço, então antes disso a gente vai se divertir bastante, não é Ella?

A menina sorriu para o pai enquanto a mãe misturava o leite com o café. Addison colocou a filha sentada na cadeirinha alta e fechou a mesinha a sua frente. Katie apareceu na cozinha, já com a mochila nas costas e Addison olhou a ela.

- Vamos.

Katie andou até o pai e beijou o rosto dele enquanto a mãe ajeitava a bolsa em seu ombro e pegava as chaves do carro em cima da mesa.

- Boa aula, princesa _ ele disse.

Addison virou a caneca para beber todo o café com leite e logo saiu da cozinha com a filha mais velha.

- Ella! Agora somos só nós _ ele disse olhando para a filha caçula que segurava um giz de cera com a mão e riscava a mesinha de sua cadeira _ Não, filha. Não risca aqui. Sua mãe não vai gostar.

Ele tirou o giz da mão da filha e ela começou a chorar.

- Não... Não chora. Olha aqui _ ele disse colocando a tigela cor-de-rosa com algumas frutas cortadas na frente dela _ Olha a maçã... Você consegue dizer maçã?

Ella segurou a colher com uma das mãos, mas foi com a outra que ela tirou um pedaço de mamão da tigela e levou a boca.

- Vou passar minha apresentação com você...

Isabella gemeu alguma coisa e passou um pedaço de banana na mesa de plástico.

- Pesquisadores estão sempre atrás de mapear o cérebro humano. Esse talvez seja o mapa mais complexo já criado. Bilhões de neurônios fazendo trilhões de conexões. A princípio, elas parecem totalmente aleatórias... Cuidado com isso, está quente... _ ele disse quando viu que a filha esticava o braço para tocar em sua caneca.

Ela desistiu de tocar e Derek puxou a caneca pra longe dela.

- Mas não tem nada de aleatória nelas _ continuou andando de um lado a outro _ Todas essas conexões precisam acontecer em um padrão especifico. Ele é projetado para isso. Essas conexões determinam tudo em nós. Do que gostamos, o que determinamos, o que queremos, o que fazemos...

Agora Isabella levava um pedaço de maçã à boca, prestando atenção no pai. Ele parou de falar e parou o rosto em frente à filha.

- Papai está enchendo o seu saco? Então vamos fazer uma coisa mais legal.

Ele tirou a filha da cadeirinha e limpou o rosto e as mãos dela, em seguida levou-a até a sala, onde tinham muitos brinquedos. Ele tirou todos do chão para colocar dentro do cercadinho que sempre ficava ao lado do sofá, em seguida sentou no chão e colocou a filha em pé segurou-a pela mão.

- Vamos lá, a maioria dos bebês começam a andar com nove ou doze meses. Você já tem sete. Vamos lá tentar andar com o papai.

- Mama...

Fools in loveWhere stories live. Discover now