The End

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                                                                           -Aliça Schmütz-

                                                                           O grande dia

O mundo é uma explosão de possibilidades, e nós... Pessoas em sua maioria sem rumo e sem rota. -Amarrei a fita do vestido em minhas costas.

Passei um leve Baton em minha boca e soltei meus cabelos, tão preto quanto o vestido pomposo que eu usava no momento. Descemos no aeroporto, onde havia caças e um avião de pequeno porte com o brasão de Erner Harris. 1... 2... 3... Seis carros pretos. Desci do avião, juntamente com o chefe de Segurança de meu pai e alguns funcionários do governo. Todos caminhamos até os carros. Em questão de segundo, os guardas estavam à nossa frente. Perplexidade descrevia o que eu via em seus olhos.

-Isso vai ser louco! -Um deles disse não evitando um sorriso. Continuei seria, firme como Aliça Schmütz, entramos no carro, e partimos para o casamento real.

As ruas me eram tão familiares. Olhei para o lado. -Lhe amo! -Você nunca estará só meu amor. -Fiz uma pequena declaração antes de enfrentarmos o mundo. Recebi um sorriso confiante em troca.

Mais alguns minutos e estávamos na frente da catedral impant de wordsands. Não sei a que par estava a cerimônia, respirei fundo, e fundo novamente. Desci sozinha do carro em que estava, somente o chefe de segurança acompanhou-me. De repente eu apenas via, tudo estava no mudo, os choros... As mãos... As expressões de grito.

-Hamkins? -Os repórteres nos cercavam.

-Deixe-a passar! -Paulo gritava para os jornalistas. Chegamos nas grades de distância, apresentei o convite.

-Que desordem está acontecendo aqui? -Gritou Erner Harris com os seguranças que estavam à minha frente.

-Senhor? -Alguém gaguejou. Erner olhou em minha direção.

-O que? -Arfou. Caminhou rápido até mim, pegou em meu braço com uma veracidade bruta. Em um lapso de tempo, os homens de meu reino estavam sobre nós. -Saia daqui!! -Ele gritava. Em meio à tantas pessoas, câmeras, gritos e perguntas, meus olhos passaram sobre a porta da igreja, e de repente meu mundo congelou, como quando fui atropelada, como na reunião publica na praça da cidade. Uma música fazia um fundo de todas as minhas lembranças. Arthur estava ali, paralisado, me olhando como quem vê um fantasma.

-A noiva chegou! -Alguém gritou. Natasha estava em uma carruagem aberta, seus olhos claros companharam Arthur, ele começou dar passos em minha direção, seus olhos eram fixos, temerosos.

 Meu coração estava em suas mãos, frágil como a Aliça antiga, mas por fora eu não era a mesma, mantive a postura, tiraram o pai da noiva de cima de mim, tiraram as pessoas, e então como nunca antes, o caminho estava livre. De maneiras impossíveis.

-A senhora precisa vir! -Paulo puxou por minha cintura, o perigo fora da igreja ficara evidente. Harris gritava Arthur, dava ordens para que voltasse. Fui jogada no carro, que arrancou por entre as pessoas.

-Paulo? -Deixe-me! -Ordenei. Ele dirigia rápido de mais.

-Você acha mesmo que escapará de uma segunda morte? -Perguntou.

-Para onde vamos?

-Para o palácio. Olhei para o barulho atrás. -Alguém nos segue! -Avisei. Paulo tirou o celular do bolso e fez uma ligação. Eu não tinha medo, estava fria como gelo em relação ao perigo. -Mande ela para  palácio. Agora mesmo. -Ele ordenou. -Não discuta! A segurança dessa menina está em suas mãos! esperando. -Desligou.

 Paramos na frente do palácio. E logo fomos fechados por uma Ferrari preta. Arthur bateu a porta do carro e correu até nós. Ele não disse nada. Se ajoelhou em cima da saia de meu vestido e abraçou minhas pernas. Ele tremia feito criança. Eu estava sentada no banco traseiro e ele com a metade do corpo para fora.

-Arthur? -Gritei tentando levanta-lo, mas ele estava firme em volta de mim. 

-Venha! -Puxou-me para fora. -Eu não preciso entender. -Ele chorou segurando meu rosto, senti minhas lagrimas queimarem minhas bochechas. -Não preciso entender. -Fechei em seus olhos.

Um terceiro carro chegou. -Venha! -Pedi. -Você pode abrir a porta daquele carro?

-Sim! -Consentiu. O olhei caminhar, segurei minhas mãos em forma de oração na frente da boca. Eu não podia estar chorando daquela forma, ele não podia, eramos reis, e reis não devem demonstrar emoções. Paulo apoiou-me em seus braços. Arthur abriu a porta, San estava chorando, eles se abraçaram de uma forma inexplicável. A aglomeração de repórteres que estavam na igreja chegaram, carros, helicópteros e todo tipo de bloqueio entre a liberdade.

 -Vamos alteza! -Um dos guardas chamou. Dei as costas para San,  Arthur e para todos que ali estavam.


                                                           Fim do primeiro livro.

ImpérioWhere stories live. Discover now