Introdução

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Ai, ai... Eu não esqueci de voltar não, né...

Boa leitura!

O céu estava escuro.

Não havia sinal de luz.

Tudo era uma intensa escuridão.

E era disso que ele gostava.

Ele gostava de ver o medo nos olhos das pessoas.

Gostava de causar o caos.

E drenar toda a coragem que existia em cada ser que cruzasse seu caminho.

Mas o que ele gostava mesmo era de atacar crianças indefesas, onde ele tinha certeza que elas teriam inocência, pureza, acreditavam no amor e principalmente; não tinham maldade nenhuma em seus corações.

E por ser dessa forma que ele decidiu por seu plano em prática, ele estava cansado das mesmas coisas. De bêbados imundos e de garotas de programas sem valores.

Ele queria mais, cada vez mais.

Era o lado mais pobre de Miami, sem todos aqueles prédios comerciais, lugares turísticos e nem nada do gênero. Apenas a miséria por onde passássemos.

E em um quarto de um prédio qualquer, uma criança de cinco anos dormia tranquilamente em sua cama.

Cory, era o seu nome. O mesmo constantemente vivia reclamando para sua mãe sobre o bicho papão que ficava em baixo de sua cama.

Ela, por sua vez, apenas olhava para o garotinho e dizia que ele não precisava ter medo de nada já que monstros em baixo da cama não existiam, mas Cory para um menino de cinco anos era inteligente demais para esquecer da sombra de olhos vermelhos que ele sempre via na janela olhando para ele.

Naquele fim de tarde, já pronto para dormir, sua mãe o deixou ali... Quase adormecido e simplesmente saiu, não verificou se as trancas da janela estavam seguras, não olhou em baixo da cama e nem deixou a luz do banheiro ligada apenas para não deixar o filho na escuridão.

O que foi seu pior erro.

Se a mãe de Cory tivesse trancado a janela, tivesse olhado em baixo da cama, deixado a luz do banheiro ligada. Ela teria evitado que alguém indesejado estivesse entrado em seu quarto. Se ela tivesse apenas olhado para a janela que ficava ao lado da cama de Cory, ela teria visto no beco sem saída da frente que havia algo estranho, que um vulto de olhos vermelhos estava ali o tempo todo, apenas esperando por uma oportunidade perfeita para agir e ela, por não confiar acabou entregando seu filho de braços abertos para o seu pior pesadelo.

O vulto de olhos vermelhos sorriu ao perceber que aquela criança havia sido fácil demais. Se rastejou até a janela do menino e olhou para ele por alguns segundos o vendo respirar tranquilamente, já perdido no mundo dos sonhos onde ele sonhava que era feliz ao lado de sua mãe e seus inúmeros carrinhos de corrida. Haviam risos e gargalhadas altas que contagiava o coração de qualquer um: exceto o daquele ser.

E então, já enojado com o quão bom aquele coração era ele levou sua mão até o nariz do menino fazendo ele inalar aquela fumaça preta que suas mãos liberavam, não levou mais do que um minuto para a criança sufocar e abrir seus olhos já vermelhos, Cory tentava respirar à todos os custos, mas não conseguia. Ele, vendo o medo no olhar de Cory gargalhou alto demais e a mãe do menino acabou sentindo um arrepio horripilante percorrer o seu corpo já que ela estava na sala assistindo um programa de TV qualquer, ela não sabia da onde aquele som saiu, mas sabia que algo estava errado e sabia que seu filho estava envolvido.

Cory já estava pálido sobre a cama, seus olhos pretos quase sem brilho e seu coração já não batia com a mesma rapidez de antes, ele estava morrendo e não conseguia fazer nada para parar aquele monstro.

Mas um empurrar de portas e um grito de uma mãe assustada acabou fazendo ele se assustar e se desequilibrar soltando o já nem tão cheio de vida, Cory.

Com um taco de baseball, com coragem e determinação, tremendo toda, a mãe do menino foi em cima daquela coisa para afastar ele de seu bebê, o monstro, sabendo que já tinha conseguido o que queria olhou para a criança e ainda viu vida ali, seu foco era o sugar até a morte, mas ele deixou pra lá sabendo que sempre haveria mais um... Fugiu, deixando uma mãe e um quase defunto para trás.

A mãe de Cory quando percebeu que estava sozinha novamente fechou todas as janelas com medo de que aquela coisa voltasse e tentou ajudar seu filho, ligou para a ambulância, mas sabia que eles não iriam até ali.

E mais uma vez, com a cara e a coragem pegou seu filho no colo e chorando, correu até o primeiro hospital que ela encontrou... Por obra do destino, era o Hospital Cabello.

E então? Me digam o que acharam ? Uma introdução diferente, né ? Apresentação do nosso maravilhoso vilão!
Fiquei até apreensiva aqui.

Até logo.. 💃

Academia de Heróis - CamrenWhere stories live. Discover now