Prólogo: vozes noturnas

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    Ela entrou no apartamento apressada, sem deixar de olhar para trás antes de fechar a porta. Desejava com todas as forças que estivesse apenas sendo paranóica e que não havia ninguém à sua espreita.

   Ficou ali, encarando a porta por alguns instantes,ofegante, esperando que alguém houvesse de bater nela como nos filmes, forçando a maçaneta e deixando entrar seja lá o que vira no estacionamento. Mas dessa vez, nada aconteceu.

   Não havia outra alternativa: teria de tomar o remédio tarja preta receitado pelo psiquiatra, estava de fato tendo alucinações. Sem hesitar, correu para cozinha escura, ligou a luz e correu em direção a prateleira de remédios. Pegou logo dois comprimidos, tentou encher um copo de água, mas suas mãos trémulas a impediram. Portanto, os pôs na boca e foi logo pra torneira afim de acabar logo com aquilo.

    Depois do momento de desespero, limpou os lábios molhados com o pulso e deu o último suspiro de alívio. Aquilo deveria bastar.

    Mais que depressa, se aprontou para dormir, sem nem sequer tomar um banho para tentar aliviar todas as tensões que passára no dia. Tirou a roupa, ficando apenas de langerie e  se pôs na cama, se cobrindo com o fino lençol.

--Desligar luzes...--Disse ela,com uma voz fraca e com os olhos já fechados.

   Atendendo ao comando, se desligaram, deixando o recinto em total escuridão.

   O silêncio do quarto era maior do que tudo. Ela podia, até mesmo, ouvir as batidas de seu próprio coração, enquanto lutava para pegar no sono e acabar com aquele dia de uma só vez. Os remédio que havia tomado deveriam ajudar.  

--Boa noite...--Alguém sussurrou no pé do ouvido.

    A garota saltou  da cama em desespero, soltando um grito que deveria ter acordado todo o prédio naquela noite. Ela podia sentir os braços fortes lhe segurando pela cintura, enquanto tentava a todo custo se livrar deles. Teve sucesso por uns instantes, tentando correr na direção que acreditava estar a porta, contudo, foi surpreendida pelas mãos geladas e firmas que lhe arrastaram pelos calcanhares, para debaixo da cama.

    Aquela noite estava muito longe de acabar. Estava prestes a iniciar seu segundo turno de sofrimento e bizarrice.


*E ai pessoal? Blz? Espero que tenham gostado desse pedacinho do que ainda está por vir. Ao longo de cada capítulo vocês vão conhecer um pouco da vida de Sidney, que vai mudar drasticamente da noite para o dia. Mas fiquem de boa, não vou dar nenhum spoiler por aqui não! Se quiserem, vão ter de mergulhar fundo nessa história. Mas se puderem, dê um feedback de como está indo a história, isso vai me ajudar e muito a melhorar a cada dia! Desde já agradeço e até  apróxima!

*Ah! Ao longo dos capítulos vai ser comum encontrar alguns erros, se puderem me ajudar indicando com algum comentário, serei grato! 


*******CAPÍTULOS NOVOS A CADA 15 DIAS!!!*******





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