XXIII. Aceita?

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- Um jantar? E quem cozinhou? - Foi a primeira coisa que o dono da Dust soltou, em total tom de piada, que o fez receber um soco no ombro do amigo, que o mandou calar a boca. - Mas eu estou falando sério! Preciso conferir se meu plano de saúde cobre envenenamento! - E recebeu um tapa de mão aberta na nuca.

- Pedimos comida num restaurante, então cala a boca. - Liam reclamou, deixando que eles entrassem na casa, fechando a porta atrás de si.

Ao contrário do que Harry havia previsto, não tinha ninguém ali... Só Liam, Zayn jogado no sofá e – agora - eles.

Louis foi para o lado do Javadd, que o recepcionou com um sorriso, oferecendo um controle do PS4 para que eles pudessem jogar Call of Duty – Black Ops III no modo Co-Op.

O jantar meio que estava servido, com a mesa posta e surpreendentemente bem arrumada, com as taças e os guardanapos combinando com a toalha de mesa... Uma visão surreal, dado que Zayn e Liam ficavam bem felizes em comer pizza jogados no sofá, com as pernas emaranhadas e copos de coca-cola apoiados no chão logo a frente dos dois.

- Okay... Você vai me dizer o que está acontecendo e vai me dizer agora. - Harry resolveu colocar um fim naquela espera toda, vendo o advogado concordar com o rosto, antes de puxá-lo para a cozinha, afastando-se dos dois mais novos, onde pudessem conversar em paz.

- Johannah me procurou, - Foi como ele começou a conversa, fazendo o Styles ter plena vontade de virar as costas e ir embora apenas para não ter que entrar em mais um capítulo da própria vida que envolvesse aquela mulher. Eles estavam bem agora, tinham acabado de se resolver e realmente não estava pronto para mais uma dose de dramas.

Se sentia no direito de não estar pronto para isso.

- Calma. - Liam reiniciou, quando viu a expressão do outro murchar apenas por ouvir o nome daquela mulher. - Acha mesmo que eu ajudaria a fazer alguma coisa que fosse colocar vocês dois na merda? Faça-me o favor, Harry Styles, você já foi mais inteligente do que isso.

Harry soltou o ar dos próprios pulmões, assentindo depois de perceber que as palavras de Liam tinham um grande fundo de verdade. 

- Tudo bem, prossiga.

- Ela me ligou, duas semanas atrás, dizendo que finalmente tinha conseguido provar a paternidade de Louis e que por causa disso conseguiu ganhar o processo contra a família de Mark, juntamente com todo o escândalo do abuso sexual, que foi confirmado por alguns antigos empregados da família. Parte das filias das empresas de Mark agora são dela e 75% de toda a herança que ele havia deixado passaram a ser dela também. Apesar dos pesares, a família Tomlinson ainda tem uma fortuna absurda, então isso não vai fazê-os quebrar, nem nada do tipo, mas faz Louis ter direito a metade da quantia e ser herdeiro da outra metade, que pertence à Johannah, se ela quisesse assumi-lo. - Explicou. - E ela quer, assim como ela quer que ele receba o que é dele por direito... E estamos falando de muito dinheiro. Dinheiro o suficiente pra esse menino não ter que trabalhar um dia na vida se assim desejar.

Liam buscou por duas taças e as serviu com o vinho que já havia deixado aberto.

- Mas ela impôs uma condição. A a atual guardiã de Louis é Trisha, que tecnicamente poderia mover o dinheiro até Louis completar vinte e um anos, se fosse para suprir as necessidades de Louis. - A tutora legal se torna portadora da fortuna enquanto ele não for legalmente maior de idade, fazia sentido. - Johannah não quer isso. Ela quer que o único a fazer o que bem entende com o dinheiro desde sempre seja o filho dela, então pediu para que eu apresentasse para Trisha a possibilidade de emancipar Louis, já que apesar de poder fazer isso, ela não tentou alterar os documentos que já existiam para que Louis ficasse sob a guarda dela. Emancipar nada mais é do que tornar ele legalmente maior de idade aos dezesseis anos.

- E o que Trisha fez? - Harry estava tentando entender aonde ele queria chegar com aquilo.

- Assinou. Louis é emancipado há três dias. - Afirmou, sorrindo. - Mas ela tinha outra condição para liberar o dinheiro...

- Qual?

- Ela só iria liberar a quantia numa conta conjunta na Espanha.

- Como assim? Por que complicar tanto isso tudo? - Harry não estava entendendo.

- Na Espanha o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é permitido desde 2005, Harry. Ela não quer que o dinheiro seja apenas dele... Ela quer que vocês assinem os documentos que oficializam os dois como um casal unidos por matrimônio e que esse dinheiro chegue até vocês num regime de comunhão total de bens. Ela quer garantir que você seja ressarcido também por tudo que aconteceu.

- Mas esse casamento não vai ter valia nenhuma aqui se não entrarmos com um processo de validação.

- Não, justamente por isso que eu não reclamei da condição, mas aparentemente Johannah está morando na Espanha atualmente e ela gosta da ideia de vocês serem legalmente casados lá. Inclusive, vocês terão de viajar até lá para conseguir transferir o dinheiro para a conta daqui, mas eu recomendo que não transfiram tudo para a mesma conta. Estamos falando de muitos zeros... Muitos zeros dos quais nosso governo não precisa ficar sabendo, hm?

- Esse dinheiro é do Louis, Liam... Eu não posso aceitar...

- Bem, se você não aceitar ela só vai liberar quando ele completar dezoito, mas realmente é tão ruim assinar esses papéis e cortar todas as relações com ela agora? - Liam questionou, dando um gole longo no vinho.

- Eu não queria fazer ele ter que assinar papéis que o transformam em meu marido com dezesseis anos. - Foi o que respondeu, por fim.

- Vou fazer dezessete mês que vem. - A voz de Louis preencheu o cômodo, conforme ele saía do batente, andando até os dois, acompanhado de um Zayn que fazia uma cara inocente demais, como se tentasse esconder o fato de que havia sugerido para que o amigo ouvisse a conversa ao lado da porta. - E não me importo que você tenha acesso a esse dinheiro... Eu nunca precisei de tanta grana assim, pra começo de conversa. Você pode reverter como investimento para a Dust, pelo menos uma parte dele. - Disse, colocando as mãos no quadril de Harry, olhando-o de baixo, graças a diferença de altura, que ao menos diminuiu consideravelmente depois que ele passou da puberdade. Agora passava um pouco do queixo de Harry.

- Eu não acho que você tenha que tomar esse tipo de decisão agora, Lou. - Harry apoiou as mãos nos ombros do namorado, querendo que ele reconsiderasse.

- A decisão de casar com você? Eu tomei quando tinha dez anos e nem sabia direito o que era casamento e de qualquer forma, se você cansar de mim, só somos casados na Espanha. Ainda pode assinar os papéis de casamento com outra pessoa aqui na Inglaterra e me chutar pra fora de casa. - Louis sorriu. - O que vai ser muito decepcionante pra você, porque eu provavelmente compraria uma casa do lado da sua com a minha parte da herança e te obrigaria a ver tudo que perdeu quando aparecesse com um cara diferente em casa todas as noites.

Harry pareceu abismado, dando um tapa ardido em uma das nádegas de Louis, que começou a rir, já que o jeans absorveu a maior parte do impacto. Ficou na ponta dos pés em seguida, dando um selo nos lábios do maior.

- E então, grandão? Aceita casar comigo? - Louis questionou, com a ponta do nariz roçando no de Harry.

- A ameaça de comprar uma casa do lado da minha e me obrigar a te ver com um cara diferente por noite é realmente válida? - Harry segurou a cintura do menor.

- Só se você estiver planejando se divorciar de em algum momento.

- Estou seguro então...

- Por que não vai aceitar?

- Porque não pretendo me divorciar.

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