Capítulo 1 {Prólogo}

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-Sinto muito senhorita...

-Yooa, meu nome é Yooa.

-Senhorita Yooa, sinto muito, mas não fomos avisados de ninguém vindo aqui hoje. -responde grosseiramente e respiro fundo. -Por acaso a senhorita tem idade para dirigir?

-Eu tenho 22 anos! Sou mais velha que a Bora! -grito e vejo ele me olhar surpreso. -Não venha com esse olhar de que não acredita. Quer ver minha identidade? -pergunto já pondo a mão na bolsa, mas ele nega.

Pego meu celular e ligo para Bora, coloco a chamada no viva-voz para que o guarda possa escutar minha amiga falando, e assim que explico minha situação para ela, escuto sua risada e ela diz que eu posso entrar e para encontrá-la no Centro Médico.

-Eu não disse! -passo pelo guarda enquanto um outra NE levava meu carro para longe. O guarda que havia me parado no portão já tinha sumido e um outro macho se aproxima de mim com um sorriso.

-Olá, sou Jinx, te levarei até o lugar combinado. -explica me guiando até um carrinho todo aberto.

-Obrigada, me chamo Yooa. -respondo já mais calma entrando no carro.

-Vai ficar por muito tempo aqui? -ele pergunta pondo minha mala no banco de trás.

-Não pretendo. Ficarei aqui só até arranjar um emprego e um novo lugar para morar.

-Desculpe perguntar, mas você trabalha com que?

-Me formei em jornalismo, mas até alguns dias atrás eu era assessora de imprensa de um cantor inútil que ficava me perseguindo. -respondo e ele assente e ficamos em silêncio. Enquanto Jinx dirigia eu olhava para a rua. Homeland parecia como aquele típico bairro americano que se vê em filmes. As ruas cheias de árvores em volta, as casas no estilo americano com um jardim na frente e com cerquinhas brancas em volta, tudo parecia tão bem cuidado aqui.

-Desculpe eu estar te enchendo de perguntas, mas é que eu preciso saber... -Jinx fala tirando minha atenção da rua e olho para ele.

-O que?

-Você fez alguma coisa no seu rosto ou ele é assim mesmo? -pergunta envergonhado e fico encarando ele sem entender. -É porque você parece uma boneca. Você tem um rostinho tão pequeno, tão perfeito que parece que não é verdade.

Se eu não o tivesse achado tão fofo eu juro que o jogaria para fora desse carrinho.

-Nunca fiz nenhuma cirurgia no meu rosto, eu nasci assim mesmo. E é exatamente por esse motivo que eu me demiti.

-Não entendo. -pergunta olhando para mim com as sobrancelhas juntas.

-Vamos supor que existam pessoas no mundo que tem fetiches estranhos por bonecas. E quando essa pessoa vê alguém próximo de seu fetiche começa a persegui-la e assustá-la.

-Algum macho fez isso com você? -pergunta em meio a um rosnado.

-Sim. Estou vindo para Homeland para ele me esquecer e não saber onde estou.

-Sinto muito. -diz e sorrio voltando a olhar para a rua. Agora que estávamos no centro de Homeland o lugar estava mais movimentado. Eu podia ver Novas Espécies por todos os cantos, conversando, brincando e se divertindo. Abro um sorriso feliz por ver seres que sofreram tanto terem um lugar só para eles viverem em paz. -Chegamos.

Olho para Jinx e depois novamente para a rua e percebo que já estamos de frente para o Centro Médico.

-Preciso ir no banheiro, pode avisar que foi no banheiro caso Bora chegue? -pergunto e ele assente. Saio do carro e corro pela calçada e entro no Centro Médico. Vejo algumas pessoas me encarando enquanto ando sigo a seta do banheiro.

Paro na frente do espelho e ajeito o laço no meu cabelo e sorrio. Ponho a mão na cintura vendo meu reflexo.

-Prometo que a partir de hoje minha vida muda. Irei conseguir um emprego bom e um lugar novo para morar. E que aquele idiota do Cotton nunca mais me ache. -encosto meus lábios no espelho para selar minha própria promessa e vejo o batom marcar o vidro. Sorrio e saio do banheiro para voltar para onde Jinx estava.

Mas no meio do caminho escuto alguém tossir e chamar várias vezes pela enfermeira. Penso se devo ou não parar para ver quem é... vai que a pessoa está passando mau.

Abro a porta do quarto e coloco a cabeça para dentro, vendo um homem gigante deitado na cama com o peito todo cheio de ataduras. Ele parecia irritado.

-Precisa de algo? -pergunto e ele me olha nervoso, mas logo depois seus olhos passam para surpresa e confusão. -Precisa de algo? -pergunto novamente com medo dele estar dando um piripaque.

-Água... Quero água.

Olha que esse capítulo ficou gigante, Jesus Cristo! Próximo capítulo será narrado pelo nosso baby Vengeance! Espero que tenham gostado!

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Vengeance - Novas EspéciesWhere stories live. Discover now