É eles chegaram!

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Luxyah

A casa é legal. Não me sentir bem no primeiro momento que cheguei mas já estou a vontade. A Lavínia é estranha, ela quase não aparece, deve ser muito ocupada. Observei muito as garotas esses dias, elas acham que sou tímida - menos a Noite eu acho. Mas a verdade é que eu avalio o território e seus morados, em outras palavras eu primeiro fico em silêncio, observo, estudo e depois me enturmo.
Não tratei Lavínia com ignorância por que sou assim com estranhos. Só entre amigos sou realmente eu.
A escola é legal, os professores são ótimos, as matérias as vezes são enigmática e as vezes pergunto algo que ninguém percebeu ou não se importou, aparentemente os professores gostam das minhas dúvidas. Fiz um amigo, e uma amiga na escola, e um garoto fica me encarando, gosto de encarar então entro no jogo - ganho como sempre.
Se passaram uma semana desde que cheguei, mantenho contato diariamente com minha mãe, e reparei que aqui em casa tem uma empregada. Ela não fala muito. Hoje chega os filhos da Lavínia, devem ser garotos mimados e sem graça.
Em relação às garotas, bem...já sou amiga de todas.
Lavínia chamou a mim e as outras garotas para darmos as boas vindas ao filhos dela, que chatice, porém por educação não reclamei.
- Chegaram. - Falou Lavínia.
Não vi ninguém, então do nada entra 4 garotos um atrás do outro, suas expressões eram cansadas e de tédio. A ideia de que ágora havia 4 garotos e 4 garotas no mesmo teto, soou estranha na minha cabeça. É como se Lavínia quisesse fazer pares.
- Meninas esses são meus filhos, esse é o Luke - Falou apontando um garoto branco, de cabelos castanhos escuros e alto.
- Esse é Rock. - Continuou porém dessa vez apontou outro garoto, ele também é alto, tem cabelo preto de emo, e é branco.
- Alex. - Apontou um garoto de cabelo um poco grande igual ao do Rock ele também era alto.
  Todos eram na verdade.
- E Élle. - Esse era igual aos outros, as mesmas características. O nome dele me lembra um personagem do anime Death note.
Eles sorriram um tanto forçado para nos e se sentaram no sofá como nós.
- Otimo, já podemos ir? - Pergunta Ina, eu também queria sair dali.
- Não meninas, eu ainda não apresentei vocês. - Falou Lavínia. Ina revirou os olhos.
- Essa é a Ina. - Gesticulou.
- Kaly. - Apontou.
- Noite.
- E Luxyah.
Eles nos olharam atentamente, mas com expressão de tédio e "to nem ai".
- Já que você já nos apresentou tchau. - Disse Kaly.
Ela se levantou e saiu, seguida por Ina. Deixando eu e Noite.
- Vocês também devem querer descansar, podem ir. - Falou Lavínia dispensando os filhos. Eles se levantaram e saíram, em seguida Lavínia também.
- Eu em. - Falei.
- Também to indo. - Disse se levantando e subindo as escadas.
Fiquei um pouco na sala - não sei por que se eu queria sair dali. Mas subi também. E fui ler no meu quarto.
Como será que vai ser daqui em diante? Acho que divertido, curto muito o jeito " to nem ai pra nada" da Kaly e da Ina, também sou assim mais elas não sabem. Noite também é legal, ela também tem um jeito tipo " dane-se tudo". E agora com os meninos aqui, as patadas não serão só direcionadas à Lavínia.
***
Acordei, e fui ao banheiro para fazer minhas higienes como sempre. Bati na porta.
- Ta ocupado. - Levei um susto, uma voz um pouco grossa disse, a é agora tem garotos aqui. Fiquei esperando uns 10 minutos em pé, até que finalmente alguém abre a porta do banheiro.
- Você ta ai faz tempo? - É o Rock, ele está com os cabelos molhados e com a toalha no ombro em volta do pescoço, deve ter acabado de sair do banho.
- Sim. - Respondi entrando no banheiro assim que ele me deu passagem, fechei a porta na cara dele e fui tomar meu banho. Depois desci para tomar café da manhã. Estavam todos em suas cadeiras comendo, menos Ina, mais ela desceu logo em seguida. Sentei também, eu não estou com fome mas comi uma torrada. Afinal tenho escola não posso chegar de barriga vazia, se não vou sentir fome nas aulas. Peguei minha mochila e fui pra escola.
  Não acredito - Pensei assim que vi os garotos chegarem na escola também, eles estavam dirigindo. Todos olharam para eles.
- Que perseguição. - Disse tão baixo que acho que ninguém ouviu.
- Então eles voltaram. - Disse Dayana, minha amiga.
- O que? Como assim? - Perguntei.
- Eles estudavam aqui antes. - Respondeu Simón.
- Aah. Vamos pra sala? - Perguntei mudando de assunto.
- Sim, mas antes preciso falar com l Rock. Vem comigo. - Pediu Dayana.
- Por que?
- Ele era meu ficante, só quero dar as boas vindas.
- Então vá ué.
- Vem comigo Lux. - Ela disse manhosamente.
  Que droga, já não basta ter que ver eles em casa?
- Que droga em, vamos logo vai. - Falei irritada.
Dayana sorriu e me puxou para onde os irmãos Vargas estavam. Simón ficou com a namorada dele.
- Rock. - Falou Dayana.
- Dayana. -  Disse Rock.
- Então você voltou.
- É voltei.
Por favor né, vamos acabar logo essa conversa sem sentido. Os irmãos dele saíram deixando apenas nos três.
- Essa é minha amiga Luxyah, Lux esse é o Rock. - A é ela não sabe que ja o conheço.
- Prazer Luxyah. - Disse. O que é isso? Vai fingir que não me conhece? Ok então. Não respondi apenas o encarei por longos segundos. Dayana rompeu o silêncio e começou a conversar com ele. Eu fiquei lá olhando o nada..
Que raiva em, Dayana disse que ia dar as boas vindas e agora fica lá batendo papo. Odeio ficar assim olhando pro nada, eles devem ter muita coisa pra conversar. Revirei os olhos  e sai de lá. Antes do sinal bater, Dayana foi até onde eu estava. Na sala.
- O que foi lux?
- An? - Eu estava lendo meu livro virtual.
- Por que saiu de lá?
-  Por que você me disse que ia dar boas vindas e não conversar sobre coisas aleatórias. - Respondi sem olha-la.
- Está com ciúmes?
- Não, como você estava matando a saudades, eu deixei você lá, para não atrapalhar.
- Hum. Não quer saber se voltamos?
- Tanto faz.
- Nossa que fria.
- Ta bom, vocês voltaram? - Disse guardando o celular e olhando pra ela. Eu não estava interessada na resposta.
- Sim.
- Hum.
O sinal tocou e os alunos foram entrando.
***
Chegou o intervalo. Eu não estou com muita fome, na verdade nem com fome eu estou.
- Lux, vamos sentar com o Rock? E não se preocupa você não irá atrapalhar nada. - Falou Dayana, assim que chegamos ao refeitório.
- Dayana. - A olhei dizendo sem emitir som algum, um " não ".
- Por favor.
- Pra que pra mim ficar de vela?
- Não, vem vamos. - E aqui estou eu de novo sendo puxada pra perto do tal Rock.
- Oii. - Falou Dayana dando um selinho nele.
- Oi. - Respondeu.
- Em que sala você está?
- 10 e você?
- 22 eu e a lux... - Não ouvi o final da frase pois coloquei meus fones. Dayana me olhou e os tirou.
- Ei! - Reclamei. Ela me olhou como se quisesse dizer " Coopera né Lux". - Ta bom.
- Quantos anos tem? - Perguntou Rock.
- É comigo? - Perguntei.
- O que você acha? - Perguntou.
- Acho que não. - Respondi e coloquei meus fones de novo. E novamente Dayana os tirou. Que irritante.
- 15. - Respondi. - E você?.
Como se eu quisesse saber, só perguntei por causa da Dayana que, aparentemente queria que me desse bem com seu ficante/namorado.
- 15 também. Onde mora? - Cara de pau. Como se não soubesse.
- Em uma casa.
- Lux. - Dayana me olhou.
- O que? É a verdade.
- Você nasceu no México? - Isso esta me irritando, e ainda estou com dor de cabeça e querendo ficar no total silêncio.
- Isso é um interrogatório?
- Não. - Notei um risinho debochado no rosto dele. - Só quero conhecer melhor a amiga da minha namorada.
- Pra?
- Não sei, ela pediu pra notar sua presença.
- E como um bom cão obediente você obedeceu.
  O sinal tocou, graças a Deus. Rock ficou me encarando como se estivesse se divertindo. Levantei e voltei para a sala, que dor de cabeça.
- Poxa em, vocês não se deram bem mesmo. - Falou Dayana se sentando a minha frente.
- Ele que começou. E por que pediu pra ele "notar minha presença"? - Perguntei fazendo aspas com os dedos.
- Achei que se fizesse parte do assunto, não se sentiria uma intrusa. - Respondeu. Suspirei.
A professora de biologia chegou na sala e começou a dar aula.
***
- Tchau lux. - Falou Dayana indo em bora.
- Tchau. - Respondi. Então ela entrou no carro e foi embora.
Simon já tinha ido, Dayana e ele perguntaram se eu queria carona, falei que não. A escola estava vazia, fui para biblioteca para pegar um livro emprestado, não consegui pois estava trancada. Voltei pro lado de fora e fui pra casa. No caminho minha mãe ligou, como todos os dias.
***
Cheguei em casa faz tempo, estou deitada em minha cama olhando para teto. Então alguém bate na porta.
- Entra. - Digo. A porta se abre e Rock entra. Que perseguição! Ele fecha a porta.
- O que quer? - Pergunto.
- Falar com você. - Responde.
Sento na cama, e ele na poltrona.
- Não quero que diga pra ninguém que moramos na mesma casa. - Começa.
- Como é que é? - Pergunto rindo. Ele permanece serio.
- Você ouviu.
- E se eu não quiser? - Desafio.
- Você não vai querer isso.
- Por que?
Ele vem na minha direção, e para a dois palmos de mim.
- Você não vai querer isso. - Repete. O empurro com a mão, para que se afaste.
- Se eu vou querer ou não isso sou eu quem decido. - Ele sai me ignorando.
  A empregada da casa entra e me avisa que Lavínia está me chamando no escritório.
Vou até lá e as garotas também estão lá - de camisola. Lavínia dá um comprimido para Noite e dá pro restante de nós me incluindo. Ela esta com seu sorriso exagerado de sempre. E seu demônio do seu lado. Já me acostumei com isso nela.
- É pra dor de cabeça. - Ela diz.
- Ta louca é? Quem diz que estou com dor de cabeça? - Ina pergunta.
- Eu também não. - Fala Kaly.
- Luxyah e Noite estão, então para previnir é bom tomaram também. Não se preocupem que não fará mal. - Fala Lavínia. Verdade e reclamei de dor de cabeça pra ela, assim que cheguei da escola. E Noite também. Elas tomaram o remédio e eu também. Fomos para nossos quartos esperar a hora do jantar.
Desci pro jantar, e percebi que só faltava eu. Aqui tem essa regra de esperar todos para jantar, para começar a comer.
Todos começaram a comer e eu também. Rock estava me encarando.
- Minha cara ta suja por acaso? - Perguntei quebrando o silêncio.
- Não.
- Então para de me encarar. - Todos olhavam pra mim, Ina deu risada como sempre. Ela acha graça no que eu falo. Rock nada respondeu e continuou a me encarar.
- Qual o seu problema? - Perguntei depois de um tempo. Lavínia então se pronunciou e disse:
- O que está acontecendo?
- Seu filho não para de me encarar. - Repondo.
- Rock? - Pergunta se dirigindo ao filho.
- Não estou fazendo nada de mais. - Ele disse, sério esse moleque é muito irritante! Me levantei e levei meu prato para a cozinha.
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Olá terráqueos.
Esse é um extra.
Votem e comentem.
Essa obra é de VICTORIUS17.
Até.

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