Viagem 4/4

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Ina

Falta 1 hora e meia para eu me arrumar, estou muito irritada com a minha avó.
  - Querida por que esta tão irritada? - Pergunta minha avó com ironia, e com um sorriso falso.
  - Não se finja de idiota,você sabe muito bem por que eu estou assim, caramba eu nem sei por que eu to indo pra outro país - Digo bufando.
   - É para seu bem querida, la você estara segura - Diz ela ja nervosa.
  - Meu bem?Você quis dizer seu bem, por que já não fala logo na minha cara que você quer a herança que meus pais deram pra mim ein?!
  - Ina não admito que você fale assim comigo sou sua unica família - Diz ela ja gritando comigo.
  - Grande merda você, quer saber eu até acho melhor eu ir mesmo assim não te vejo mais. - Digo, e sinto meus olhos marejados de raiva.
  - Cala a boca menina insolente quem você pensa que é pra falar assim comigo? Eu mando e você obedece!
  - Vai pro inferno - Digo já empurrando ela pra fora do meu quarto.
  - Você vai se arrepender por isso entendeu? Sua órfãzinha burra. - Diz minha avó com uma faca na mão.
  - Iii a idade já ta fazendo efeito, acha que eu tenho medo de você? Perai to até pensando como você vai tentar me machuca, já sei! Vai me cortar como fazia comigo quando eu tinha 10 anos, ou vai joga sua dentadura em mim? - Digo indecisa.
  - Você ta rindo de mim? Aahh - Diz vindo na minha direção.
  - Além de velha e idiota é burra também, agora eu sei me defender de você, não sou a garotinha frágil e inocente que você torturava. - Disse pegando meu arco e flecha e mirando nela. Eu não tinha coragem o suficiente para mata-la, mas atingi-la sim.
  - Ina vai se arruma para ir ao aeroporto agora!.
   - Mudando de assunto né? Só porque o jogo virou. - Falei com ela ainda em mira.
  - Dane-se vá se arruma e rapido! 1..2..3 vai logoo!! - Falou hesitante fixando seu olhar em minhas mãos.
   - Só vou por que de você quero distancia! - Digo abaixando o arco e o guardando com as flechas.
Ela também abaixa a faca e some do meu campo de vista.
   Vou ao banheiro e tomo meu banho, e em seguida me arrumo.
  Por que eu tenho que ir pra um lugar quem nem se quer conheço? - Penso alto.
   Que droga ainda falta um ano pra eu fazer 18 anos, não aguento mais minha avó, ela é o próprio demônio. - Pensei mais baixo.

••••Lembrança, 10 anos atrás•••

  - Você vai ficar ai de castigo! - Diz minha avó nervosa.
  - Mais por que vovó o que foi que eu fiz? - Pergunto chorando.
   - Você não se comportou e ainda por cima fugiu de casa!
   - Desculpa eu só queria conversa com alguém - Abaixo a  cabeça.
- Você tem eu! Não precisa de mais ninguém!! A culpa é toda sua! Eu nem sei como seus pais aguentavam você aqueles idiotas.
  - Não fala assim dos meus pais!! - Digo e corro para a cozinha.
  - Vem aqui sua aberração.
   - Não!
   Então eu corro o maximo que posso mais ela me alcança e segura meu braço com força.
   - Agora você vai aprender a me respeitar!  - Diz e me da uma bofetada. Ela me leva até o porão me puxando com força, me joga no chão dentro do mesmo e tranca a porta.
- Vai se acostumando Ina, a partir de agora você passara a dormir ai toda vez que me desobedecer! Sem comida, sem água, sem ninguém.
" Eu deveria ter a matado também, essa coisa atrevida"  pude ouvir ela disser antes de se afastar.
Aqui é escuro, não tem cama e tem muito pó, e o chão é úmido.

  •••••••••••••Atual••••••••••••••••

Começo a chora de raiva me lembrando como minha avó cuidava de mim. A porta se abre.
  - O que esta fazendo sua lerda? Já está atrasada vamos logo!
  - Já estou indo carai, que porra de pressa! Quando a gente chegar lá ainda vamos ter que esperar! - Reviro os olhos.
  Pego minhas malas não se esquecendo do meu arco e flecha, e coloco tudo dentro do porta-malas do carro. Paro um segundo e olho para minha casa.
  - Inaa vem logo!!
  - To indo, que merda.
  Entro dentro do carro, coloco meus fones e começo a cantar.
   - Cala a boca garota! - Diz minha avó.
   - Vem calar querida - Digo e deu um sorriso forçado, voltando a cantar.
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   - Chegamos - Diz ela toda feliz.
  - Idai? Nossa nem pra disfarça você serve. - Dito isso saiu do veículo e pego minhas malas.
  - Ina por que você me trata assim? - Pergunta ela fingindo ser inocente.
  - Adivinha por que eu te trato assim? Por que eu te odeio, você estragou a minha vida e a dos meus pais! - Digo e uma lágrima rola por minha face.
  - Você nunca vai me perdoa não é?
  - Você mato eles, me torturou, tentou me machucar hoje e quer que eu faça o que? Quer que eu diga que vou senti sua falta? Pois eu não vou mentir eu não vou sentir sua falta! Te odeio com todas as minhas forças.
   - Eu nunca admitiria que seu pai um moleque ainda, se casasse com uma pobretona morta de fome como sua mãe, eu avisei a ele e ele não me escutou, eu matei mesmo e não sinto culpa!
   - Como você não senti culpa? Você mata seu próprio filho e não sente culpa? Você não vale nada mesmo.
   - Chega Ina! Todos estão olhando pra gente vamos entrar - Diz ela e já vai entrando, mas antes trava o carro.
  - Que vão a merda todos to nem ai.
- Começo a gritar - Você é uma assassina e isso nunca vai mudar! - Entro no aeroporto, ela me olha com ódio e mostro o dedo do meio para a mesma.
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   Ela chega perto de mim e diz
- Seu vôo vai sair daqui a uns 3 minutos.
  - Foda-se.
   Três minutos depois, uma voz feminina no alto falante avisa para os passageiros irem para área 10 para o vôo do México.
   - Nem vai dar um abraço na sua avó? - Diz ela percebendo que levantei.
   - Não sou obrigada, se conforme com seu "adeus".
Sigo a direção que informava o alto falante, entro no avião me sento na  poltrona que seria minha por algumas horas, em seguida pego meu livro e começo a ler.
   Como queria que meus pais estivessem comigo. Sera que vou me dar bem com aqueles estranhos? - Pensei.
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Toco a campainha cinco vezes, e ninguém atende, eu estou exausta da viagem, foi tão difícil achar esse endereço me perdir umas 3 vezes, e essa dor de cabeça que não passa, está me matando. Percebi que a porta não estava trancada então a abri e entrei.
  - Quem é você? - Pergunta uma mulher, por sua aparência não tinha mais que 45.
   - Uma pessoa, um ser vivo, uma garota etc. - Digo com ironia, descontando meu cansaço, e dor nela.
  - Qual seu nome?
  - Ina Gutierrez, e qual seu nome tia? - Digo.
   - Lavínia, sou eu quem vou ficar responsável por você e as outras garotas - Diz serena.
   - Claro muito obrigada por me lembrar, que vou ter que morar com estranhas e com uma velha, já não basta ter morado com minha avó? Onde é o quarto? To exausta.
  - De nada, é por aqui.
Subi as escadas com ela e o 1 quarto era o meu, nem agradeci  quando ela me deu a chave, entrei e bati a porta na cara dela. 
   Vou fazer a vida dela virar um inferno! - Pensei me jogando na cama.
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