Vinte e Seis (Segunda Parte)

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Sebastian revirava os olhos como se não quisesse escutar o que ela falava. —Terminou? —pergunta e ela apenas acena com a cabeça. —Podemos fazer o pedido?

Ela concorda e eu também.

Fiquei observando os dois, um pouco distante demais, mas gostava do modo como Sabrina era, ela não tinha medo do Sebastian, talvez eu devesse explicar porque muitos tinham, mas estava sorrindo ao ver os dois conversando —quando era difícil ver Sebastian se abrir com alguém—, e ela era divertida de um modo que o deixava sem graça, essa era a hora que eu me perdia na risada.

Eles tinham o mesmo olhar e isso era algo simplesmente extraordinário. Até onde via, se relacionavam bem e era estranho saber da Sabrina depois de tantos anos conhecendo a família, me sentia uma total estranha.

— Oh, é o Thomas... Eu preciso atender. —ela aponta para o celular que tocava. — Com certeza é algo com o John então eu realmente preciso...

— Sem problemas. —Sebastian sorri para ela que sorri de volta saindo da mesa.

— Ela é um amor... —a observando indo em direção ao corredor do qual havíamos vindo. — Como conseguem ser tão diferentes? —brinco.

— Está dizendo que eu não sou "um amor?" —pergunta arregalando os olhos para mim exageradamente.

— Não. —prendo o riso. — Só que são completamente diferentes... Enquanto ela é divertida e meio que parece não se importar muito com tudo que aconteceu, você... É sério e parece se importar muito com tudo. —exagero, porque era claro que não podiam ser iguais.

— Eu posso ser bastante divertido também! —ele solta os ombros como se relaxasse e eu rio. — Posso fazer piadas e muito mais. Mas no caso da Sabrina, foi assim que ela conseguiu lhe dar com tudo, é o jeito dela de ficar bem.

— É claro que você consegue ser divertido... —rio tocando seu rosto. — Mas eu também gosto desse seu lado. — ele me olha sem entender porque estava sendo doce. — Ás vezes... Quando não mistura esse seu lado com alguma raiva. Então você fica... Frio.

— Nada melhor do que um sol particular para aquecer, não?! —levanta as sobrancelhas para mim, me fazendo sorrir. — Não quero dizer que estou certo quando fico do modo que fico algumas vezes ,mas... —toca a minha mão sobre sua pele. — Quando se fala sobre controle, você deve me entender.

— Eu não explodo como você.

— Mas muitas vezes para não perde-lo, se manteve fechada para mim.

Cerro os olhos. — Em que sentido?

Ele ri. — No mais puro de todos. —sorrio. — Eu sei que não posso me comparar com você, mas quando se trata de você, você é completamente fechada. Preciso relembrar que quem me conta mais sobre você é a sua mãe? É um mistério de mulher.

— Gosto disso... —aperto os lábios batendo os cílios.

— Claro que gosta. —ele ri apertando minha mão com carinho. — Agradeço pela chance que está me dando, sei que poderia...

— Não, eu não poderia —o interrompo já sabendo o que seria falado. — Não seria capaz.

— De me deixar?

— Sei que tem muito para dizer e que merece ser escutado por tudo que já fez por mim... Eu não poderia deixar a raiva ou o medo me deixarem cega. —tento sorrir. — Já me deixaram cega por muito tempo. Não consegui ver o que estava na minha frente.

— Que seria?

— Você.

Ele tenta se aproximar e eu estava pronta para ceder, mas algo me impediu.

A Conveniência do CasamentoWhere stories live. Discover now