Capítulo quinze | Ela torna meu mundo doce

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{Revisado}

Ele, um homem irredutível, estava atendendo ao meu pedido. Isso é novo para mim, claro que, ele deve estar compadecido da minha situação. Ele deve estar com pena, apesar de estarmos juntos agora. Ele nunca muda de ideia por causa de uma teimosia. Ele está sendo bem gentil comigo, bem amável, mais do que esperei, na verdade, nada disso estava nos meus planos.

Eu nunca pensei que, ele iria olhar para mim dessa forma. Preocupado. Quando desci ele estava no sofá com os olhos na tela do celular, quando ele notou minha presença levantou e abriu a porta para mim. Eu dei um beijo na bochecha dele e sai na sua frente.

Eu sinto uma proteção imensa quando estou perto dele, no fundo acho que sempre senti falta de algo assim. Um amor. Eu nunca senti vontade de passar tempo com alguém, não tanto tempo, não como é com ele. Mesmo que ele seja um implicante na maioria das vezes é reclamão de marca maior, eu tenho vontade de sentar na beirada de um rio e encostar minha cabeça no seu ombro.

Ele abre a porta do seu carro para mim e dá a volta para entrar. Eu não queria tomar o tempo dele fazendo ele me levar, mas sei que ele não vai mudar de ideia sobre isso. Meu coração está tão angustiado, é minha culpa, minha irmã pode morrer por minha causa. Eu, por um lado, não me arrependo de ter fugido da minha vidinha pacata e monótona, mas por outro lado, eu conheci novas pessoas, reencontrei uma velha amiga, e tenho um emprego bom, mesmo que não seja o melhor de todos.

Talvez eu deva voltar para casa, ficar junto dá minha irmã, eu não devia ter abandonado ela, ela é a pessoa mais importante para mim, eu não vou suportar perdê-la. Eu vou afundar na minha escuridão, na solidão tão imensa que existe dentro de mim.

[...]

Eu não parava de olhar o relógio no celular, já tinha percebido os olhares de Matt para mim. Eu acho que não devo me mostrar tão impaciente, talvez ele se ofenda pensando que o acho lerdo, mas na verdade, eu que estou com pressa. São quase três da manhã e eu ainda não consigo dormir e ele parece ativo também. Ele não fez nenhuma pergunta até agora, só o vi bebericando um café que paramos para comprar no caminho, coisa de cinco minutos ou menos.

— Você precisa dormir um pouco – Ele não tira os olhos dá estrada.

— Eu estou bem – Digo pegando o resto do café que estava na porta copos e bebendo.

— Durma Ariel – O tom de voz dele parece mais preocupado do que de ordem.

Pergunto-me o porquê, desde que entramos no carro, ele parece tão inseguro.

— Não consigo, eu só penso na minha irmã – Meu coração aperta um pouco então ele gentilmente coloca sua mão sobre a minha. Impulsivamente coloco minha cabeça em seu ombro e olho fixamente para as luzes dos postes que passam rapidamente pelos meus olhos.

Apesar do clima tenso, as estrelas estão tomando o céu. A brisa está batendo pela brecha dá janela do carro. Eu não queria que minha irmã fosse para o hospital, ainda mais por minha culpa. Eu morro se isso acontecer.

Matthew

Finalmente ela adormeceu, depois de horas tentando convence- lá. Sei que não mandamos no nosso sono e provavelmente ela está com a cabeça cheia, mas ela precisa descansar e eu também. Não posso mais dirigir, paro o carro bem suavemente para que ela não perceba e vou até o hotel para fazer pedir dois quartos. Eu sei que ela pode ficar chateada, mas não vou arriscar perder mais uma parte importante da minha vida.

— Boa noite. Quero dois quartos – Antes de recepcionista dizer algo eu mexo no meu bolso emprego minha carteira com o cartão de crédito.

— Só temos um quarto disponível senhor, a suíte nupcial – Isso era o que faltava. Reviro os olhos e entrego o cartão para ela. Eu não tinha como procurar mais, meus olhos pesam de tão cansado que estou.

The escapeWhere stories live. Discover now