4- A história de Nino

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7 anos atrás...

Nino narrando

Eu era tão pequeno, tinha uns nove anos, eu morava com meus pais, eu tinha tanta coisa... Minha vida era perfeita, nada nunca faltou na minha vida, mas na do meu pai faltava muito. Ele passava todos os dias nos bares, um idiota, bêbado que não sabe tratar uma dama como a minha mãe.

Tudo começou no dia 24 de dezembro, sim na véspera de natal, eu estava no meu quarto com meu irmão e minha irmã quando ouvi meus pais brigando, ou melhor, meu pai brigando.

"Você não vai passar a véspera de natal com agente?" minha mãe disse esperançosa de ele dizer sim.

"Tenho coisa melhor pra fazer" eu desci as escadas e me escondi para ouvi melhor.

"O Nicolas sente saudade sua, a Lara e o Pedro também. Por fa..." ela disse com um sorriso e um olhar brilhante até ser interrompida.

"Não insista! Eu já disse não! Saia da minha frente agora!" ela a empurrou para longe da porta e saiu.

Eu fui até minha mãe e a abracei, isso a fez se sentir melhor, como filho mais velho eu tenho um dever pra proteger minha família. Pedro era o caçula, e a Lara era a mais nova, ela era sincera e tão fofa, sempre com seu sorriso no rosto e um brilho no olhar.
Já meu pai sempre foi um homem bom, depois de um ano que a Lara nasceu ele ficou louco com as contas, então passou a beber, ele chegava em casa três da manhã e isso era cedo, já perdi a conta de quantas vezes desci as escadas de madrugada e vi minha mãe durmindo no sofá esperando meu pai.

Passamos um dia ótimo, mas era tarde então fomos durmir. Eu acordo sempre uma hora antes das três da manhã pra cubrir minha mãe no sofá, então eu levantei e quando fui cobrir ela, eu coloquei a mão na testa dela e ela estava com febre. Fui na cozinha pra pegar eu remédio pra ela, derrepente ouço meu pai chegando, ele viu ela dormindo e quebrou a garrafa na mesa perto dela e a mesma acordou em um pulo totalmente assustada.

"Vai esquentar minha comida agora!" ele disse embreagado.

"A mamãe esta com febre, você já é adulto esquente sua comida" ele me olhou quando terminei de falar.

"Você acha que eu estou brincando pirralho? Suba já pro quarto" eu disse um não na vara dele. Ele me jogou no chão e eu gemi de dor.

"Não bata no meu filho!" ela deu um soco nele e isso fez Lara e Pedro descer correndo.

Ele ia bater nela mas alguém interferiu no meio. Lara. Ele bateu com a garrafa na cabeça dela e isso a fez desmaiar. Pra mim e para o Pedro foi o bastante. Enquanto ele ligava para a polícia e pra emergência, minha mãe tentava acordar ela ainda chorando. Eu fui em direção a meu pai como não era grande o suficiente subi na cadeira e fiz a mesma coisa que ele fez na Lara, quebrei uma garrafa na cabeça dele que me jogou no chão onde eu rolei nos cacos de vidro.

"Fuca longe de mim pirralho." eu tentei o máximo lutar contra ele mais uma vez e fracassei.

"Respira filha!" minha mãe gritava loucamente querendo que minha irmã estivesse viva.

O louco do meu pai atacou meu irmão dizendo pra ele não ligar pra ninguém e o levou para o andar de cima com uma corda e disse que se alguém o seguir vai ser bem pior. Eu questionei ele e tentei salvar Pedro. Ele me agarrou pelo braço e largou meu irmão, ele me levou pro seu quarto onde mandou tirar a camisa e eu me recusei, ele tinha duas cordas na mã, não duas, ele amarrou minha mão com uma e me ajoelhou de costas pra ele, eu não sabia o que iria acontecer mais eu acabei descobrindo. Ele usou a corda como chicote nas minhas costas, ele me chicoteou pela primeira vez e senti minhas costas arderem muito, ele fez isso mais trinta vezes, eu contei todas, uma pior que a outra, ele teria feito pior com o Pedro. Ele tinha apenas seis anos e não iria aguentar. Quando eu notei que a polícia avia chegado eles arrombaram a casa e prenderam meu pai por agressão a menor de idade e por não ter obedecido o toque de recolher.

Eu fui para o hospital e descobri o porque ele queria que eu tirassem a blusa, ela estava coberta de sangue das minhas costas.
Quando eu sai do hospital não me deram notícias da Lara, eu voltei pra casa e no mesmo dia eu acordei sozinho. Não iria conseguir ficar ali, se eu não tivesse questionado meu pai nada disso teria acontecido.
Eu fugi de casa no mesmo dia já que não poderia proteger mais eles.
Passei exatamente três anos fugindo do toque de recolher, de todos os  perigos do mundo, até que um dia eu conheci o Adrien e a mãe dele, eles me deram abrigo mas mesmo assim nada mudou, minhas cicatrizes continuam aqui.
Com o tempo eu me apaixonei pela Alya, eu não fui o único, Kim ainda é apaixonado pela minha namorada.

eu espero que minha história tenha um final feliz, se é que ele existe, uma coisa que eu aprendi é que a vida não um conto de fadas pra existir felizes para sempre.

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Hey! Psé agora vocês sabem a história da vida do Nino, e que o nome dele é Nicolas!
Bom terça eu vou contar a história do Adrien.
Foi nessa que eu falei de ovomaltine?
Bjs bye bye☁ 👋🚀 ☁☁
      ✨   BYEBYE*
☁ ✨              🎈
  ✨     ☁


🌾✨💨   🏃 🏠🏢

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