Capítulo 30

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Contei pra Elisa sobre o que aconteceu e ela quase teve a mesma reação que a minha ao saber que seu casamento iria ficar sem um dos padrinhos. Ela conversou comigo e me fez se acalmar mais, mas cada vez que eu pensava em ficar sem Justin o desespero interno batia e eu sentia que ia ficar louca. O movimento no nosso andar estava imenso, eu atendia ligações e dava recados, estava exausta.
Na hora do almoço, nada desceu, eu estava enjoada e com dor de cabeça, Elisa quis me enfiar comida mas hoje o cheiro de tudo embrulhava meu estômago.

  - Olha Eve, eu acho que você deveria ir com ele -Elisa disse-

  - Tá maluca? Meus pais quase não me deixaram se mudar pro outro lado da cidade, acha que eles vão aceitar eu ir pra Tokyo? Não é Stratford, é Tokyo! -Eu disse-

  - Você vai abrir mão do cara que você ama? Porque deixar Justin Bieber ir sozinho pra Tokyo é um suicídio! -Ela falou- Se você desistir agora, a grande missão da vida dele vai ser encontrar a garota mais linda do mundo. Só pra tentar esquecer você. Vai acabar se casando com essa mulher, e passando o resto da vida com ela. Ele vai dizer a si mesmo que ela é perfeita, e que ele é muito feliz. Mas o único problema é que ela não vai ser você.

(N/A: momento Simplismente Acontece <3)

Eu suspirei e bufei, me sentindo confusa, ou como diz o Jaden: Mais perdida que canhoto em faculdade de direito. Eu precisava conversar com o Justin calmamente, sem estresse ou outra coisa do tipo que possa atrapalhar.

No caminho de volta pra casa, o carro dessa vez estava no pior silêncio, um silêncio torturante, nós tínhamos coisas à dizer, mas simplismente essas coisas não se encaixariam na situação em que estamos. Eu queria contá-lo sobre meu dia estressante, assim como ele queria contar todas as piadinhas internas que Jaden falou no escritório, e o quanto ele achou idiota, mas que chorou de rir.
Meu coração batia acelerado no peito, talvez sem motivo, tinha tanta coisa engasgada na minha garganta, que acabava formando um nó, aquele nó que te faz ficar sem ar. Enquanto as lágrimas se aglomeram e eu me desespero novamente, sem que ele perceba, porque está com o pensamento tão longe assim como o meu.
Me remexo no banco e ele logo percebe meu desconforto, e me olha rapidamente, preocupado, me fazendo lembrar o porquê lhe amo.
Justin calmamente pousa sua mão sobre a minha, que estava na minha perna, e eu viro o rosto com vergonha das minhas lágrimas que foram mais fortes que eu.
O carro agora era tomado pelos murmúrios baixos do meu choro, e eu vejo que ele evita me olhar, sempre com o olhar na estrada, e a mão quente sobre a minha.

  - Eve -Ele me chamou quando entrei em casa- Olha pra mim.

  - Eu não suporto isso -Eu falei suspirando, com a voz embargada- Justin eu não suporto imaginar ficar sem você.

  - Você pode ir comigo, vai ser por pouco tempo, e você pode falar com seus pais todos os dias -Ele disse me envolvendo nos seus braços-

  - Se eu for eles nunca vão me perdoar -Eu disse suspirando-

  - Eles sabem que nós não podemos ficar um sem o outro -Ele falou- Eu não vou conseguir dormir, trabalhar, nem comer, sabendo que você está longe. Me promete que você vai falar com seus pais, Eve, me promete.

O castanho dos olhos dele estavam sem brilho algum, e eu estava quebrada por dentro.
Passei a noite em claro, o observando dormir, com o rosto na curva do meu pescoço.

  - Caiu da cama? -Justin perguntou entrando na cozinha de manhã e me deu um selinho-

  - Nem dormi -Falei, terminando de colocar a mesa do café e sentei de frente pra ele-

  - Não precisa ficar assim -Ele disse preocupado-

  - Eu pensei muito -Eu disse o fazendo me olhar com expectativa- E eu vou conversar com os meus pais, vou falar que nós vamos pra Tokyo e que vamos voltar assim que tudo acabar.

Nunca havia visto Justin sorrir tanto. Ele levantou me beijando várias vezes e eu ri, lhe abraçando.

  - Nossa história está longe do fim -Ele falou me olhando nos olhos- Eu quero me casar com você, quero ter filhos com você, construir uma casa colorida do jeito que você quiser. Quero sossegar e envelhecer com você. -Ele sorria empolgado, e suspirou- Eve, eu quero morrer aos 110 anos nos seus braços.

N/A: Tenho duas notícias, uma boa e uma ruim, vou contá-las no próximo capítulo porque sou louca e gosto de suspense. ~('-')~

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