Capítulo 30

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Antes de partir, Louis tomou conta de tudo. Ele garantiu para que Harry não fosse a prisão depois de seu ato imprudente. Dirigir bebendo? Fala sério! Aquela era uma atitude que era muito mais a cara de Louis do que a do cacheado.

Mas agora já se faziam três anos desde tudo. Louis estava em um barco no meio do lago, sozinho. Ele olhava cada uma das suas tatuagens e pensava que Harry tinha o complemento delas. Se ele não deu um jeito de as tirarem, claro.

Louis estava sentindo falta dos palcos e dos amigos. Agora ele morava em uma cabana perto do lago, na Geórgia. Sua familia viera lhe visitar no último natal, sempre lhe trazendo pedidos para que voltasse a Londres. Mas ele não voltaria.

Todos marcavam Harry como um assunto proibido, quando junto com Louis. E o moreno achava melhor assim. Por mais que ele desejasse saber se Harry havia encontrado a sua felicidade, ou quisesse saber o que ele andou fazendo depois do oficial anúncio do fim da banda. Ele ainda não tinha coragem de receber uma notícia cujo Harry podia ter se apaixonado cegamente e profundanente por alguém.

Louis remava de volta para a cabana. O barullho do remo entrando e saindo da água ecoava pelo seus ouvidos. Assim como seus músculos ficavam tensos.

Conforme ele se aproximava ele vira a imagem de Lottie na riba do lago. Isso fez com que ele aumentasse a intensidade dos movimentos para chegar rapidamente. De uma coisa Louis sabia: se Lottie estava ali, e não era nenhuma data comemorativa, ela lhe traria uma notícia ruim.

Quando chegara na riba do lago. Ele fez  força para prender o barco com uma corda em um pedaço de madeira. Em seguida ele levantou-se com cuidado para não tombar, e esticou uma das pernas para conseguir voltar a terra firme.

Lottie estava encolhida no vestido preto de renda longo. Ela olhava adiante do lago como se encontrasse uma solução para os seus problemas. O seu olhar era vazio e marejado. O frio da manhã lhe acomodava, mas também era o motivo para que ela abraçasse os próprios braços a procura de calor.

- Prevejo que você trás péssimas notícias. - Louis dissera aproximando-se da irmã cautelosamente.

- Ela se foi, e levou tudo de bom com ela. - A garota virou-se. O olhar suplicava por um abraço e Louis cedeu. - Ela estava mal desde o último natal. Fez com que jurássemos não lhe contar nada. Ela queria que os seus últimos momentos com ela fossem sagrados e lembrados por sorrisos e não uma doença estúpida. Eu sei que você iria querer estar ao lado dela nos seus últimos momentos. Mas devíamos isso a ela. Realizar o seu último desejo.

Louis pensou no último natal onde tivera a visita da família. Ele se lembrava bem da forma que Jay transmitia uma certa exaustão. De ínicio ele chegou a pensar que havia algo de errado, mas ela, assim como todos pareciam sorridentes e felizes. Ele não queria estragar isso.

O moreno sentou-se na grama molhada pelo sereno. Ele agarrou as mãos na mesma e puxou-a. As lágrimas rolavam pelo seu rosto. Ele lembrava-se do último sorriso de sua mãe antes de se despedir. E por mais que fosse uma imagem maravilhosa de ser lembrada, ele também queria poder se lembrar de ter estado ao lado dela nos seus últimos momentos, segurando suas mãos.

- Quando será? - Louis enfim disse com a voz quase inaudível.

- Amanhã de manhã. Portanto papai achou melhor que partíssemos hoje.

- Pensei que teria mais tempo com vocês. Hoje me sinto tolo por ter me afastado por problemas que eram somentes meus. Fiz com que perdesse momentos que seriam bons ao lado de vocês. Eu sinto muito por não estar lá. - Louis falava olhando para os céus.

O moreno agia como se estivesse falando com sua mãe ao em vez de Lottie. O que de fato estaria fazendo, devido as circunstâncias em que se encontrava.

Modest! - Larry StylinsonWhere stories live. Discover now