Modest! - Larry Stylinson

Capítulo 27

As folhas das árvores se mexiam de acordo com o vento que assoprava-as. Algumas até fraquejavam e caíam no asfalto quente.

Louis se via como as folhas fracas. Com o tempo, quando ele pensava se estabilizar em um determinado tempo, vinha um vento forte jogando-o no chão, mas raramente ele era capaz de levantar-se.

Mas o moreno sabia que não podia pensar que o mundo o odiava, ou que tudo o que ocorria era injusto. Louis não era hipócrita.

O vento batia contra o seu cabelo balançando-os. Ele colocou uma das mãos para fora da janela do carro e brincou com o mesmo. Ele sentiu-se tranquilizar por um momento e toda dor esvair lentamente do seu coração repleto de amargura.

Harry estava em silêncio concentrado na estrada. O cacheado pensou se deveria perguntar a Louis sobre o que ele e Zayn teriam conversado para lhe deixar tão quieto, mas ele pensou que era melhor não.

Provavelmente fora um choque para o moreno ver quem um dia fora o seu melhor amigo, depois de muito tempo. Ninguém disse que seria fácil.

Nada era fácil quando se tratava da vida dos cinco garotos. Eles estavam sempre constantemente metidos em problemas. Sempre sendo controlados como bonecos.

A verdade é que algumas pessoas já haviam percebido que eles estavam desgastados de tudo isso. Que eles não tinham mais fôlego para continuarem a procurar pelo seu próprio bem-estar. Estavam a um fio de desistir de tudo que construiram com o longo dos anos.

- Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será meu e por isso terei você para sempre. - Louis cortou o silêncio. A voz fraquejava assim como o seu coração estava a um fio de desmoronar dentro do seu peito. - E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso como deveria.

- O amor é arriscado, mas sempre foi assim. Há milhares de anos as pessoas se buscam e se encontram. Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre e você fora uma dessas. - Harry disse, sem desviar os olhos da estrada. As mãos firmemente no volante e um sorriso dançando nos seus lábios tão carnudos e avermelhados - Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão. Então eu me comprometo a ajudá-lo a amar a vida, a sempre abraçá-lo com ternura, e ter a paciência que o amor exige. Para falar quando palavras forem necessárias, e compartilhar o silêncio quando não forem. E viver no calor do seu coração, e sempre chamar de lar.

- A gente destrói aquilo que mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a leveza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo
os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama. - Louis disse derrotado, colocando as mãos no seu colo e abaixando o olhar.

Ele queria aproveitar os últimos minutos que jurava ter com Harry. O moreno não queria se torturar ou pensar o quão um lixo ele se sentia, ou realmente era. Mas ver a pessoa especial e maravilhosa que o noivo era, ele não conseguia não se sentir péssimo por tudo que pode fazer por puro egoísmo.

- O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia. As alegrias do amor são sempre proporcionais ao medo de as perdermos. - Harry retirou uma das mão do volante e a esticou para juntá-la a de Louis. Ele apertou a pequena mão do moreno docilmente - Você não me destroí. Pelo ao contrário, você é o meu lado bom. Aquele que me concerta. O meu porto seguro. É aquele cujo eu quero ficar nos braços ao ver um lindo pôr do Sol, e não há ninguém que possa substituí-lo. Me sinto como se pudesse amá-lo por milhares de anos.