Cavaleiro de Olhos Azuis (2/romance/fantasia)

Capítulo 15 - O que tem na capela?

Samantha...

Conforme combinado estou esperando Brayan, na parte de trás da sua casa, invisível é claro, ele disse que não haveria ninguém aqui essas horas, mas por precaução. Espero que essa seja a igreja, pois se não estamos com problemas. Ele aparece na porta e eu me torno visível.

- Oi. – digo e ele me olha espantado.

- Oi. De onde você veio?

- Vim pelo vinhedo, como pediu.

- Faz muito tempo que chegou.

- Não acabei de chegar. – ele confirma com a cabeça, coloca o casaco que estava segurando e se aproxima de mim.

- Acho que vai chover? – ele diz.

- Acho que sim e não vai ser pouco. – digo.

- Como sabe?

- Pelo formato das nuvens e um pouco é intuição. – ele me olha, da de ombros e me beija.

- Vamos? – digo, ele confirma.

- Vem é por aqui. – ele diz e vai no sentido a entrada principal da propriedade.

- Vamos de a pé? – eu pergunto.

- Sim e perto daqui, na verdade é na propriedade.

- Como? Fez tanto mistério e a igreja fica aqui. – digo meio indignada.

- Sim. – ele ri.

- Mas por que não disse logo.

- Bem se eu disse-se você iria para lá sozinha e eu queria te levar lá.

- Eu não iria sozinha.

- Samantha, você ta morrendo de curiosidade, até parece que não iria, ainda mais se soubesse que era tão perto assim. – pior que ele tem razão, só não tinha ido até lá por que não sabia aonde era.

- Chegamos. – ele anuncia. – Aqui esta a capela.

Olho para ela, nós paramos bem na frente, a igreja parece um pouco diferente da foto, mas tem traços que se assemelham.

- Então é essa? – ele diz.

- Acho que... Sim. – olho para ele e sorrio, ele faz o mesmo.

- Então vamos entrar.

- Eu não posso.

- Claro que pode. – ele diz, seguro minha mão e me puxa.

- Não posso. – firmo os pés com força no chão, fazendo ele recuar e olhar para mim.

- Por que não?

- Vou ter que explicar de novo o que eu sou, não posso entrar ai. – aponto com a mão para a capela.

- Não precisa explicar, mais o que pode acontecer com você se entrar?

- Não sei exatamente.

- Talvez não aconteça nada?

- Talvez, mas talvez aconteça.

- Você mesmo disse que era um demônio diferente. – confirmo com a cabeça. – Então, entre, eu estarei ao seu lado, se caso acontecer alguma coisa, te tiro daí o mais rápido possível.

- Mas...

- Por favor, você disse que era essa a capela, talvez tenha alguma coisa importante lá e você sabe mais do que eu sobre esse livro, mesmo que eu procure sozinho lá, não sei exatamente o que procurar.