Cavaleiro de Olhos Azuis (2/romance/fantasia)

Capítulo 14 - Verdade

- Ele quer destruir o céu?

- Sim. Eu achei que estava fazendo a coisa certa em vir a traz do livro. Mas eu estava sendo egoísta e na verdade só queria sair daquele fim de mundo. Mas estou vendo que vou voltar para lá e eu não quero.

Ele ficou quieto por um tempo. Parecia longe. Até que disse.

- Onde é esse fim de mundo que você diz?

- É o inferno.

- Não que cidade?

- Então é o inferno mesmo.

- Espera você mora no inferno... mesmo... Tipo inferno mesmo.

- Sim.

- Então você não é.. – ele para de falar.

- Eu não sou humana sou um tipo de demônio... eu acho.

Ele olha arregalado: - E isso existe?

- Sim. Como existe anjos... existe o céu, o inferno, demônios e outros seres que não sei o nome.

- Samantha. – Ele levanta e começa a andar de um lado para o outro. – Essa brincadeira não tem graça isso é definitivamente um absurdo espera que eu acredite que não posso ficar com você por que você é um demônio. Demônios não existem. Invente outra história um pouco mais real da próxima vez.

- Brayan – me levando. – Mas é a verdade. – seguro os dois braços dele com força. – Veja. – Ele olha para mim e eu desapareço. Ele sussurra meu nome eu apareço de volta.

- Como você fez isso?

- Eu disse... não sou humana. - Ele parece mais confusos e volta a sentar. Pega alguma coisa na mão é a adaga dele.

- Você é imortal?

- Sim é não... não envelheço, mas existe formas de me e matar.

- Você disse que era um demônio... qual é sua real forma?... sabe porque você as vezes pode ser diferente do que eu estou vendo.

- Essa é minha forma real. sou diferente da grande maioria.

- Sabe... isso é muita coisa para mim. – ele diz desanimado.

- Eu sei... por isso não queria disser... Sei que agora que você sabe a verdade não vai mais querer ficar comigo. Vou embora. Não vou te incomodar mais. Só não conte para ninguém o que eu falei. Confio em você.

Saio em direção a porta. Ele precisa de um tempo para pensar. É muita coisa para ele. Sinto uma mão me segurar no braço. Me viro e ele já está de pé em minha frente. Me olha com aqueles olhos azuis e diz.

- Isso não muda nada.

- Como?

- Eu te amo.. isso não muda nada se você é humana ou não. Eu ainda te amo.

Eu o abraço e o beijo. Ele disse que me ama de qualquer jeito.

- Eu te amo. - digo entre o beijo e isso se torna um pretexto. O beijo se intensifica e ele cai nem cima de mim no sofá. Nossas bocas não querem se desgrudar e minhas mãos começam a Passear em seu corpo assim como as dele.

Ele para um instante e diz:

- Temos um problema?

- Qual?

- Temos que achar o livro branco... mas não sei se devemos entregá-lo a Boris.

Ele sai de cima de mim e senta.

- Também não sei se devemos entregar a ele. – digo. – Afinal ele disse que eu precisava encontrar uma pista concreta não exatamente o livro.

- Então é isso que vamos fazer, mesmo que descobrimos aonde o tal livro está, vamos entregar só a pista. Assim você fica mais um tempo aqui comigo e depois vemos o que fazer. – Ele me abraça.

- É como vamos encontrar o livro?

- Que tal começarmos por aquela igreja que você estava procurando.

- Pode ser.

- Bem tenho quase certeza que pelo que você falou e pela foto acho que é aquela que fiquei de te levar. Vamos lá amanhã.

- Ok. Que horas?

- No final da tarde. Venha aqui. Não terá ninguém em casa. Eles iram visitar meus avos. Mas eu não vou mais. Vou inventar uma desculpa. Achar o livro é mais importante agora.

- Obrigado. Brayan. – dou um beijo nele.

- Eu disse que faria qualquer coisa para ficar com você... Eu te amo. – Ele volta a me beijar e o beijo começa a se intensificar.

- Brayan. – digo no meio do beijo. – Eu preciso ir.

- Haaa.. mas já... tá tão bom assim juntinho com você... você não sabe a saudade que eu estava. Fiquei muito triste essa semana.

- Eu também estava com saudades e sei que você estava triste.

- Sabe?

- Sim... Elisa me conto... quando queria saber o que tinha acontecido com a gente.

- Elisa... sempre se metendo do relacionamento amoroso dos outros. - rimos com isso.

- Realmente eu preciso ir. Daqui a pouco vai amanhecer. – Ele faz cara de triste mas se levanta, Me ajuda a levantar e vou embora.