Capítulo 8 - Sonho ou melhor pesadelo

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- Também tive um pesadelo horrível – ele sussurra em meu ouvido. – o que você sonhou?

- Que eu ... tinha.. te matado. – sinto que começa a cair mais lagrimas em meu rosto. – e você?

- Que eu ... parece coincidência... uma coincidência horrível... eu tinha de matado.

Então a gente se afasta e se encara assustado.

- Como você me matou? – ele pergunta.

- Quer mesmo saber disso. – ele nega com a cabeça.

- Vamos esquecer esses sonhos, tá bom? – ele diz e eu concordo, voltando a abraçar ele.

Ele passa suas mãos no meu cabelo, acariciando de leve e eu começo a dançar com os dedos em suas costas e nuca. Ele encosta novas testas, esta com os olhos fechados, para um pouco e repousa um beijo em minha testada.

- Ai! – eu digo.

- Oi...desculpa.. eu te machuquei.. eu não...

- Não, não foi você, é as minhas costas.

- Desculpa eu te apertei demais? – ele diz parecendo preocupado e se afasta um pouco de mim, mas sem tirar as mãos de minha cintura.

- Não, não é isso... é que eu.. – respiro fundo e resolvo falar – eu tenho duas cicatrizes nas costas e de vez em quando sinto uma pontada de dor.

Ele olha preocupado. – Dói muito?

- Não só as vezes.

- Quer beijinho, pode ajudar. – ele diz, mas antes que eu responda ele me vira de costas e começa a espalhar beijos de leve sobre ela. Como eu sai correndo do quarto, estava só com uma camiseta fina e senti seus lábios em minhas costas. – Melhorou? – ele sussurra atrás de mim no ouvido, me abraçando.

Viro o rosto para olhar ele. – Um pouco. – digo.

- Quer mais beijinhos? – diz abrindo um sorriso.

- Não precisa. – ele faz cara de triste. Me viro ficando de frente para ele e lembro aonde estamos e que é de madrugada.

- Ei.. espera ai.. o que o senhor está fazendo aqui uma hora dessas?

Ele começa a rir.

- Bem é que acordei assustado, não ia consegui dormir, então resolvi dar uma volta e acabei parando de novo na frente da janela do seu quarto.

- Como assim de novo? Por um acaso quando não consegue dormir, vem pra cá. – ele da de ombros, concorda com a cabeça e sorri.

- Só você mesmo. – começo a rir.

- É que a maioria das vezes não consigo dormir por sua causa.

- Por minha causa?

- Sim, você fica na minha cabeça e não deixa eu dormir, fecho os olhos e você aparece. Daí eu começo a andar por ai e sem perceber acabo aqui.

- Na frente da janela do meu quarto e como sabe qual é a janela?

- Um dia por acidente descobri.

- Como?

- Você apareceu na janela, sentou nela e ficou olhando para a lua, tinha alguma coisa nas mãos, parecia distante, longe, muito longe com os pensamentos... o que você tinha nas mãos? Fiquei curioso.

- Provavelmente era o anel. – mostro para ele o anel de asas de anjo.

- Muito bonito ele.

- É uma lembrança do meu passado. - ele para um pouco, querendo perguntar algo, mas desiste e volta a me abraçar.

- Acho melhor eu ir. – ele diz.

- É acho que eu também tenho que ir, se alguém nos ver aqui, acho que estamos encrencados, vão achar que estamos invadido a propriedade. – ele rir.

- Bem pelo menos invadindo nós não estamos.

- Não? – eu pergunto.

- Não, eu moro ali. – ele aponta para a casa que fica na propriedade. – isso é dos meus pais... achei que soubesse. – eu nego com a cabeça.

- Tchau tenho que ir. – ele diz e se inclina para me dar um beijo na bochecha, mas sem querer viro o rosto e ele toca os meus lábios, eu arregalo o olho e ele faz o mesmo, ele afasta um pouco nossas bocas e volta a beijar meus lábios, tornando o beijo mais intenso, me abraça apertado e eu faço o mesmo, sinto o gosto doce de seus lábios rosarem velozmente em minha boca, ele para e se afasta, lembro que preciso respirar, ele me da um selinho, com os olhos da tchau e sai em direção a sua casa.

Fico ali anestesiada com o beijo, agora que não vou conseguir dormir mesmo, o que foi aquilo, nunca havia beijado ninguém, assim que ele some de vista, entro para o meu quarto e deito com o gosto de seus lábios no meu, sentindo mais uma pontada de dor em minhas costas, mas dessa vez a dor foi muito maior.

Cavaleiro de Olhos Azuis (2/romance/fantasia)Onde histórias criam vida. Descubra agora