- Também tive um pesadelo horrível – ele sussurra em meu ouvido. – o que você sonhou?
- Que eu ... tinha.. te matado. – sinto que começa a cair mais lagrimas em meu rosto. – e você?
- Que eu ... parece coincidência... uma coincidência horrível... eu tinha de matado.
Então a gente se afasta e se encara assustado.
- Como você me matou? – ele pergunta.
- Quer mesmo saber disso. – ele nega com a cabeça.
- Vamos esquecer esses sonhos, tá bom? – ele diz e eu concordo, voltando a abraçar ele.
Ele passa suas mãos no meu cabelo, acariciando de leve e eu começo a dançar com os dedos em suas costas e nuca. Ele encosta novas testas, esta com os olhos fechados, para um pouco e repousa um beijo em minha testada.
- Ai! – eu digo.
- Oi...desculpa.. eu te machuquei.. eu não...
- Não, não foi você, é as minhas costas.
- Desculpa eu te apertei demais? – ele diz parecendo preocupado e se afasta um pouco de mim, mas sem tirar as mãos de minha cintura.
- Não, não é isso... é que eu.. – respiro fundo e resolvo falar – eu tenho duas cicatrizes nas costas e de vez em quando sinto uma pontada de dor.
Ele olha preocupado. – Dói muito?
- Não só as vezes.
- Quer beijinho, pode ajudar. – ele diz, mas antes que eu responda ele me vira de costas e começa a espalhar beijos de leve sobre ela. Como eu sai correndo do quarto, estava só com uma camiseta fina e senti seus lábios em minhas costas. – Melhorou? – ele sussurra atrás de mim no ouvido, me abraçando.
Viro o rosto para olhar ele. – Um pouco. – digo.
- Quer mais beijinhos? – diz abrindo um sorriso.
- Não precisa. – ele faz cara de triste. Me viro ficando de frente para ele e lembro aonde estamos e que é de madrugada.
- Ei.. espera ai.. o que o senhor está fazendo aqui uma hora dessas?
Ele começa a rir.
- Bem é que acordei assustado, não ia consegui dormir, então resolvi dar uma volta e acabei parando de novo na frente da janela do seu quarto.
- Como assim de novo? Por um acaso quando não consegue dormir, vem pra cá. – ele da de ombros, concorda com a cabeça e sorri.
- Só você mesmo. – começo a rir.
- É que a maioria das vezes não consigo dormir por sua causa.
- Por minha causa?
- Sim, você fica na minha cabeça e não deixa eu dormir, fecho os olhos e você aparece. Daí eu começo a andar por ai e sem perceber acabo aqui.
- Na frente da janela do meu quarto e como sabe qual é a janela?
- Um dia por acidente descobri.
- Como?
- Você apareceu na janela, sentou nela e ficou olhando para a lua, tinha alguma coisa nas mãos, parecia distante, longe, muito longe com os pensamentos... o que você tinha nas mãos? Fiquei curioso.
- Provavelmente era o anel. – mostro para ele o anel de asas de anjo.
- Muito bonito ele.
- É uma lembrança do meu passado. - ele para um pouco, querendo perguntar algo, mas desiste e volta a me abraçar.
- Acho melhor eu ir. – ele diz.
- É acho que eu também tenho que ir, se alguém nos ver aqui, acho que estamos encrencados, vão achar que estamos invadido a propriedade. – ele rir.
- Bem pelo menos invadindo nós não estamos.
- Não? – eu pergunto.
- Não, eu moro ali. – ele aponta para a casa que fica na propriedade. – isso é dos meus pais... achei que soubesse. – eu nego com a cabeça.
- Tchau tenho que ir. – ele diz e se inclina para me dar um beijo na bochecha, mas sem querer viro o rosto e ele toca os meus lábios, eu arregalo o olho e ele faz o mesmo, ele afasta um pouco nossas bocas e volta a beijar meus lábios, tornando o beijo mais intenso, me abraça apertado e eu faço o mesmo, sinto o gosto doce de seus lábios rosarem velozmente em minha boca, ele para e se afasta, lembro que preciso respirar, ele me da um selinho, com os olhos da tchau e sai em direção a sua casa.
Fico ali anestesiada com o beijo, agora que não vou conseguir dormir mesmo, o que foi aquilo, nunca havia beijado ninguém, assim que ele some de vista, entro para o meu quarto e deito com o gosto de seus lábios no meu, sentindo mais uma pontada de dor em minhas costas, mas dessa vez a dor foi muito maior.
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Cavaleiro de Olhos Azuis (2/romance/fantasia)
FantasiaIsso não estava em seus planos, se apaixonar, por um cavaleiro de olhos azuis. Samantha tinha uma missão, encontrar o livro branco e entregar para Boris, mas parece que as coisas acabaram saindo um pouco fora de controle e o cavaleiro de olhos azuis...
Capítulo 8 - Sonho ou melhor pesadelo
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