Capítulo 15 #UmaNoiteDeTerror

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– É o Kürt – explica ela –, ele deve estar dando uma festa.

– Festa? Isso parece uma guerra! E o alvo a ser derrubado é a casa.

A música alta e as gargalhadas masculinas acentuam as incertezas de Jimmy em deixar AngelLee entrar na casa.

– Você não precisa entrar se não quiser. Você pode dormir na minha casa.

– Eu vou ficar bem... – ela afirma incerta – É só uma festa.

– Talvez seja mais seguro, só por hoje, você ficar comigo – ele conclui ruborizando.

– Eu agradeço, mas, não precisa mesmo se preocupar. Eu vou ficar bem.

– Certo – diz ele visivelmente preocupado – Você sabe onde me encontrar caso precise – ele a beija na testa antes de se afastar.

*** AngelLee hesita certo tempo ao entrar na sala, pode não ter muitas experiências em relação a muitas coisas, mas, definitivamente, as diversas carreirinhas que estão sobre uma mesa de centro são cocaína.

Ela sente algo como um mau agouro, ainda assim, sobe as escadas para chegar ao quarto dela. Tudo o que deseja é trancar-se até Sam e Jéfrey chegarem.

Mas não é o que acontece...

AngelLee olha para todos os lados procurando uma saída, mas, está cercada. Para piorar, não há sinal de Kürt nem dos irmãos dele.

O ar de diversão exposta nos olhos dos garotos deixa claro a AngelLee o quanto ela está encrencada. Eles seguram-na com força, ela não consegue reagir, eles arrastam-na para um quarto e a jogam no chão.

– É isso aí – sorri um dos garotos avaliando ela com malícia – Quem será o primeiro?

– Eu! – afirma outro garoto.

Em menos de um segundo ele está sobre AngelLee, rasgando a blusa dela com ferocidade. Um animal sem qualquer senso humano. Ela tenta afastá-lo. Má ideia. Ela leva um soco.

O garoto que está sobre ela começa a beijá-la no pescoço, e usa uma força brutal para mantê-la imobilizada.

Ela se debate, reluta, acerta o nariz dele com uma cabeçada. Ele se zanga. Muito! Uma fera incontrolável.

– Calma, cara!

– Para com isso!

– Vai matar a garota!

Mas a fera pressiona a garganta de AngelLee e bate várias vezes a cabeça dela contra o chão. Ela está a um passo de perder os sentidos quando os garotos conseguem retirar o animal cruel de cima dela.

A visão e os movimentos dela estão completamente comprometidos, mas ela não pode perder a consciência. De jeito nenhum! Não agora...

– Segurem essa vadia! Ela vai se arrepender de ter me acertado!

Quatro garotos se aproximam, dois prendem os braços dela, dois, as pernas.


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