– Eu sei que nunca deixei você tomar suas próprias decisões – afirma Sam parado ao lado da escada –, mas me arrependo quando permiti, porque tomou a pior. Relacionar-se com Nancy pensando que poderia salvá-la do caminho que ela escolheu para morrer não foi nada sensato.
– E você se acha muito sensato, não é?
– Se eu fosse não teria permitido que fizesse essa merda com sua vida.
– Preocupe-se com a sua vida e me deixe em paz.
– Kürt! – Sam o segura – Você ainda pode mudar as coisas, ainda pode mudar sua escolha.
– Por quê? Porque escolhi não ser igual a você?
– Deixe-me ajudá-lo, podemos procurar uma clínica e...
– Cala a boca, Sam!! Não queira corrigir seus erros de uma vida toda em apenas uma noite!
O olhar frio de Kürt faz com que Sam o liberte. A dor invade a alma de Sam. O medo de perder o irmão é o que há de mais sombrio na vida dele.
– Um dia ele vai perceber que está errado – afirma Jéfrey se aproximando de Sam – E que você só quer o melhor para ele.
– Sabe qual é o meu maior medo? Perdê-lo. Antes que ele saiba o quanto o amo, e que eu seria capaz de dar minha vida por ele.
*** – O que foi aquilo?! – a pergunta de Jimmy soa como: onde você estava com a cabeça sua maluca?! – Que joguinho de sedução foi aquele? – a pergunta soa acusação.
– Aquele garoto estava se achando com aquela arma na mão – defende-se AngelLee.
– Ele não precisa se achar, porque ele é e faz o que quiser, com ou sem arma!
– Eu só queria deixar ele embaraçado.
– E conseguiu! Ele ficou muito embaraçado... E ababacado por você. Pensei que ele fosse precisar de um babador! Mas as coisas poderiam não ter acontecido dessa forma!
– Quem eram aqueles garotos, Jimmy? E por que está tão zangado comigo? – os olhos dela começam a ficar marejados.
– Ang... – Ele se arrepende de imediato da leve alteração que teve – Eu sinto muito...
Ele a toca no braço na intenção de trazê-la para perto dele, mas ela se esquiva.
– Vamos, Ang, não seja arisca.
Ele a puxa para perto e a envolve em um abraço, dessa vez, ela não se esquiva, ela o abraça, e assim, ficam por um longo tempo.
– A verdade é que senti medo... Medo de que fizessem algum mal a você e eu não conseguisse protegê-la.
– Eu não queria deixar você zangado.
– Você não poder estar falando sério. Você desafiou um dos caras mais temidos do país, mas sua preocupação é se eu estou zangado?
Sem obter respostas Jimmy afasta-se gentilmente dela para fitá-la nos olhos.
– Eu não estou zangado, Ang, eu nunca me zangaria com você.
– Jim?
– O que?
– Eu sinto muito...
– Shhh... – ele a silencia – Eu é que sinto muito.
O clima tenso se dissipa.
– Você me chamou de Ang...
– E você me chamou de Jim...
– Nem parecia que estávamos discutindo.
– Quem estava discutindo? – ele pergunta em tom de brincadeira – Nunca vamos discutir. Eu prometo.
– Eu também prometo – ela sorri.
– Eu vou explicar a você como as coisas funcionam aqui... – ele a conduz para um banco, onde se sentam lado a lado – Talvez, no país em que você morava, seja natural agir da forma que agiu diante de uma facção, mas, aqui, não é... Você agiria dessa mesma forma diante da Yakuza?
– Nunca.
– Allan é a Yakuza aqui.
– Ah, droga!
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FERIDOS
General FictionPLÁGIO É CRIME!!! LIVRO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL. CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO. *** Capítulo Extra com Elenco de Feridos. ** #Dor#Sofrimento#Traumas#Romance#Ação#Amizade#Revolta Quando a sua alma está ferida, despedaçada a tal ponto que a sua...