Capítulo 11 - Atos

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Em direção a cela Henry via a face de vários prisioneiros que estavam muito magros e abatidos.  As celas pareciam estar abandonadas, mostrando assim um clima de desesperança. Os guardas jogaram Henry em uma cela vazia, onde o personagem caído com rosto ao chão não se levantou. Meio perplexo ainda com a situação, só conseguiu pronunciar:

-Mateus como você foi fazer isso...

Ao falar estas palavras, uma pessoa da cela ao lado começou a se mover para perto da parede e falou:

-Henry é você?

Levantando o rosto do chão, logo reconheceu a voz que ainda se mantinha em bom tom. Luke, que havia escondido ele por 10 anos inteiros, estava na cela ao lado e Henry se animou ao saber que o amigo até o momento estava bem e assim recuperou as esperanças.

O tempo dentro da prisão passou, no início Henry contava os dias, mas passado certo tempo ele perdeu a conta. O tratamento para eles não era um tratamento para um ser humano. O almoço e a janta eram umas sopas que mesmo alimentando as pessoas ainda não acabavam com a fome. Isso era uma tortura para os presidiários, ainda mais que os policiais comiam coisas deliciosas próximo as celas e aquele ótimo cheiro tornava a fome mais amarga. Com o tempo Henry e Luke começaram a emagrecer devido a falta de alimentação apropriada. Os presos não saiam da cela e precisavam realizar as necessidades fisiológicas dentro dela o que piorava a questão de morar no local. Certo dia Henry ao se aproximar da parede para conversar com Luke, como fazia com freqüência, não recebeu resposta. Após insistir algumas vezes, começou a chamar o seu querido amigo cada vez mais:

-Luke, você está bem? LUKE!

Luke tinha um sono leve e como Henry estava fazendo bastante barulho ele teria que acordar. Ao fazer tanto barulho os guardas da prisão logo chegaram e foram verificar a cela de Luke. Os guardas pegaram o corpo de Luke e passaram na frente da cela do Henry e ele pode ver a situação do seu amigo. O corpo estava pálido, sem vida, não estava respirando. Os guardas depois confirmaram o que Henry temia, Luke morreu. Isso afetou muito o protagonista, que no fundo já estava questionando a bondade de Deus.

O último golpe veio ao ver a Raquel, que estava sendo levada por guardas a uma sala de tortura. Henry e Luke já tinham passado por aquela sala algumas vezes. Naquele lugar havia uma cadeira que transmitia um choque muito forte e Henry sabia o sofrimento que a Raquel estava prestes a passar. Normalmente não havia motivos para os guardas levarem alguém para aquela sala, na maioria dos casos era apenas para diversão dos policiais. Um dos policiais parou em frente ao Henry e disse com um sorriso:

-Mateus lhe manda saudações e espera que você esteja gostando de tudo que está vendo aqui!

Henry queria atacar os homens que estavam com a jovem, mas estava encarcerado, desta forma só ficou chorando pela sua amiga e querida irmã em Cristo. Ele estava começando a desistir de tudo, mas ainda não totalmente. Um pensamento começava a surgir "Por que Deus deixa os ímpios prosperarem?" e também vinha em sua mente a questão "Se Deus é tão bom porque existe o mal?". Esta última pergunta era tema para muitos pensadores cristãos e não cristãos. Nesse momento ele se encontrava em pedaços, e assim foi cumprida a promessa de Mateus.

Mesmo com esse golpe na mente, Henry ainda não havia desistido do cristianismo, contudo a pancada o deixou mais vulnerável espiritualmente. Um certo tempo se passou, o protagonista não contava mais os dias como já dito anteriormente. Henry só esperava a morte dentro da prisão. Mas de repente um forte terremoto ocorreu e assim rachou e quebrou várias partes do edifício que se encontravam. Henry foi um dos sortudos que conseguiu uma forma de sair da cela. Enquanto a maioria dos presos estava à procura da saída ele estava determinado a resgatar a Bela, Helena, Raquel e David!

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