Capítulo 4 - Coliseu

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Justo, a sua família e seus hóspedes estavam vivendo bons momentos embora se alimentassem mal devido a distribuição de comida. Todavia Mateus queria mais, ele estava decidido a morrer pelo Caminho. Pensava em se entregar às autoridades, no entanto não havia se decidido quanto a isso. Uma coisa era certa, mais do que morrer pelo Caminho ele queria visitar a rua, ver mais uma vez o céu, o Sol, as pessoas e as tecnologias. Ele pegou um dos quatro braceletes guardados em um armário e começou a usar. Quando Henry reparou na mudança de aparência do amigo disse:

-Aonde você pretende ir? Não é seguro lá fora.

O amigo respondeu:

-Ora na outra vez não fugimos por causa dessa belezinha? Não se preocupe comigo vou dar apenas um passeio.

Antes de sair todos foram contra a decisão de Mateus, mesmo assim ele saiu. Nas ruas, se maravilhou ao ver os carros, os prédios, tudo. Após um tempo caminhando viu um telão em um dos enormes prédios ao seu redor. Estava passando um programa que havia estreado há uns dois anos, denominado Local da Punição, em que os perseguidos pelo governo eram torturados e uma platéia assistia ao derramamento de sangue. As pessoas em toda a história, pode-se dizer que gostam de ver brigas, sofrimento e ainda alguns dão gargalhadas. Ainda havia o grande ódio que as pessoas tinham sido doutrinadas para ter e naturalmente tem pelo Caminho e seus seguidores.
Havia várias formas de torturas, muitos morriam sem dar um grito, enquanto outros gritavam de dor. Era uma cena deplorável de se narrar. Mateus ficou algum tempo parado em frente ao telão vendo alguns homens que morriam sem dar um berro sequer e ficando cada vez mais animado, resolveu se entregar as autoridades e assim morrer sendo uma testemunha do Caminho. E então ele apertou a pulseira, voltou ao estado normal e declarou para todos os cantos:

-SOU UM SEGUIDOR DO CAMINHO, NO QUAL VOCÊS COLOCAM O NOME DE INIMIGOS DO ESTADO.

Algumas pessoas pensaram que ele era louco, outros ficaram com medo e ainda tiveram alguns que queriam bater nele, mas o medo os impedia. Depois de alguns minutos fazendo isso chegaram as autoridades que o prenderam e o colocaram dentro de um carro. Mateus ao sentir que sua hora estava chegando começou a ficar um pouco nervoso, mas o motivo egoísta de aparecer o impulsionava a continuar. Ao chegar na delegacia ele foi jogado em uma cela sozinho. Nesse local realmente havia uma boa quantidade de policiais humanos, no qual planejavam tudo de mal que se possa pensar e usava a tecnologia para tal fim.

Pouco tempo depois, um homem gordo chegou ao local com um sorriso maligno e disse com toda a alegria e maldade:

-Parabéns seu idiota, graças ao seu ato você vai ao Local da Punição.

O lugar referido servia não só pra matar, mas para enviar uma mensagem aos inimigos do Estado: “NÃO SE TORNE UM DELES! NÃO IREMOS POUPAR NINGUÉM”. Mateus foi levado para o local rapidamente (ficava a uma hora de carro) e chegando no lugar ao ver a morte de perto se desesperou e começou a chorar dizendo:

-Por favor tenham piedade da minha vida...eu lhes conto tudo que quiserem!

-Conte aonde você estava, se tinha outros com você, se eles tinham armas de fogo. Conte tudo! –Disse um dos encarregados.

Sem pensar duas vezes Mateus obedeceu e disse tudo o que eles queriam saber, até o local de outros Inimigos do Estado que ele conhecia.  Rapidamente foi enviado um robô maior que os normais, esse realmente tinha a aparência de máquina, embora tivesse uma estrutura parecida de um ser humano. O delator não soube responder se na casa de Justo havia alguma arma e para evitar a fuga preferiam enviar o melhor robô para lá.

Devido a demora de Mateus, Justo já estava decidido de ir a sua procura, mas prestes a sair ouviu o som de um carro da polícia na calçada e antes que pudesse tomar uma grande atitude, o robô arrombou a porta da casa.

Inimigos do EstadoWhere stories live. Discover now