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Pedro

— E como pretende fazer isso? — Perguntei curioso.

— Ainda não sei, primeiro você precisa se recuperar. — Ela se aproximou acariciando meus cabelos.

— Já estou melhor, consigo lutar.

— Não tenha tanta certeza disso Pedro. — Sorrimos.

Era bom estar com ela, mesmo que fosse em um cafofo eu gostava de estar ali, mas precisávamos sair de alguma maneira.

— Você viu por onde aquele Marcos passou para vir para cá? — Perguntei.

— Mais ou menos, Marcos pegou uma rota para sair da cidade, a estrada estava vazia e com matos em volta. Ele entrou em uma estrada de terra logo chegamos em um casarão que é aqui. — Comecei a pensar muito e logo veio algo em minha cabeça.

— Acho que sei onde estamos! — Lua me olhou espantada. — Estamos na antiga casa na fazenda dos pais de Gustavo. Como que não pensei nisso antes.

— Já veio aqui antes? - Concordei.

— Muitas vezes. O importante é que sei como sair daqui! — Lua Sorriu. — O plano é o seguinte. — Ela me observava atentamente.

....

— Por favor! Alguém nos ajude! Pedro está passando muito mal! Ele precisa de ajuda médica! Façam alguma coisa! — Lua Gritava na porta por ajuda. Fiquei deitado ao chão imóvel, mas pude ouvir alguém abrir e se aproximar de mim.

— Acorda Pedro — Um homem começou a dar tapinhas no meu rosto. Abri os olhos lentamente e verifiquei que só havia um homem dentro da sala. Pego o garfo que havia escondido e cravo em seu pescoço o empurrando para o lado, o homem começou a agonizar. Segurei na mão da Lua e sai puxando pelos corredores.

Apareceram três homens nos impedindo de passar, mas consegui deter com facilidades. Lembrei que haviam três portas que saiam da casa, e uma era no final da escada, desci correndo mas a porta estava trancada.

— Afasta! — Falei e ela obedeceu.

Dei impulso e bati na porta, mas nada. Fiz novamente e pedaços de madeira podre voar. Novamente tentei e a porta de abriu com tudo, agarro Luara e saímos correndo.
Corremos muito até Luara mandar parar, olhei para ela por alguns instantes e percebi que seu tom pálido tinha voltado ela deu de cair mas eu a segurei.

— O que esta acontecendo com você? — Perguntei.

— Isso não é hora para perguntas, já estou melhor vamos continuar. — Concordei com a cabeça e continuamos a correr.

Chegamos próximos a um casebre de aparentemente um único cômodo. Estava completamente destruído. Novamente Luara deu de cair, então peguei ela no colo e a carreguei ate o cômodo. Havia uma cama meio suja, coloquei Luara no chão e forrei a cama com minha blusa de frio e uma fina de manga cumprida. Luara se sentou na cama e eu me sentei ao seu lado.

— Agora pode me contar o que tá acontecendo? Por que dessas tonturas e enjôos? Até parece que você está... — Ela abaixou a cabeça. — Anjo? — Sussurro. — Você... Está.... Grávida?

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Where stories live. Discover now