05

3.8K 386 8
                                    

Luara

Já está quase na hora de dormir, Pedro não dá notícias desde cedo o que me deixa um pouco desconfortável. Olhei no celular e nenhuma ligação perdida ou mensagem, tentei ligar diversas vezes mais sempre dava caixa postal. Não tinha mais o que fazer, então tentei virar para o lado e dormir, mas eram tantos pensamentos que tornava praticamente impossível dormir, Olhei para a janela onde pude ver a lua em sua fase minguante, lamento por ela.

Acordei meio atordoada, nem tinha percebido que peguei no sono. Olhei para meu relógio que marcava 09:26 então levantei e fui em direção do banheiro, tomei alguns remédios que o médico tinha receitado e desci até a cozinha.

— Bom dia filha! Sente-se melhor? — Minha mãe estava sobre a mesa toda sorridente, eu apenas sorri e me sentei ao seu lado. — Por que essa carinha?

— Por nada, eu to bem. — Sorri e a mesma retribuiu o sorriso.

Tomamos café em silêncio e em seguida ajudei minha mãe a lavar louça e arrumar a casa.
Estava tirando pó dos móveis do meu quarto quando vejo uma figura ilustre pela janela. Ele estava parado e me olhando, sempre com seu moletom preto e jeans escuro. Sai e fui em direção a ele.

— O que deu em você? — Perguntei ao me aproximar o suficiente.

— Desculpa, tive alguns problemas. — Respondeu.

— E que tipo de problemas?

— Nada que eu não possa resolver. — Respondeu seco.

— Por que não me ligou? — Cruzei os braços.

— Aconteceu um pequeno acidente com o mesmo. — Respondeu sem mudar sua feição.

— Por que você nunca me conta a verdade?

— Que verdade? — Cruzou os braços.

— A verdade sobre você! Acho que já provei o suficiente que pode confiar em mim. Você ficou mais de um ano comigo no hospital, já estamos juntos a mais de 2 anos, e eu não sei absolutamente nada sobre você! — Xingo.

— E que diferença vai fazer se você​ saber ou não? — Revirei os olhos.

— Não faz diferença? — Perguntei. — Você some não dá sinal de vida, fica dois ou até três dias sem falar nada e quando volta não posso saber nem onde estava? — Afasto. — Quer saber? Esquece. Esquece essa conversa! — Fui para sair andando mas ele segurou meu braço.

— Lua! — Sussurrou, era impossível resistir aos encantos dele.

— Tchau Pedro! — Me soltei e sai andando em direção a minha casa.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Where stories live. Discover now