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Luara

Acordei meio zonza, minha vista estava horrível super embaçada. Com o tempo ela foi se recuperando e pude perceber que estava deitada em uma cama, minhas mãos estavam acorrentadas numa corrente larga que ia até o pé da cama. Eu tentei diversas maneiras me soltar, mas estavam acorrentadas tão fortemente que chegavam a machucar minhas mãos.
E

ra estranho como eu não conseguia me lembrar de nada, como tinha ido parar ali, o por que de estar ali. Eu só estava com medo, muito medo.
Ouvi um barulho e em seguida passos, encosto no canto da cama com as pernas encolhidas.

— Iai querida Luara, faz tempo que não nos vejamos em? — Essa voz era meio família, mas assim que pude ver seu rosto Senti um arrepio e um frio na barriga muito forte.

— Marcos... — Sussurro.

— Vejo que ainda se lembra de mim princesa. — Ele se sentou na cama com o que me fez me encolher mais.

— O que eu to fazendo aqui? — Perguntei quase gaguejando.

— Calma, não vou lhe fazer mal. Ainda. — Riu. — Tenho total autorização para fazer o que eu quiser com você, então seja uma boa menina e se comporte, Okay? Nada de gritos, xingos ou qualquer outra coisa que seja. Se fizer tudo o que eu mandar libero você dá mesma forma que chegou, inteirinha. — Nessa altura do campeonato, eu já estava chorando muito então não dei nenhuma resposta definitiva. Marcos não ficou satisfeito com isso, levou sua mão até meu queixo e segurou com muita força. — Estamos entendidos? — Concordei com a cabeça e ele finalmente me soltou. — Já volto para podermos conversar melhor, tenho uma coisa rápida a se fazer. — Ele se levantou e saiu, ouvi um barulho na porta então defini como se ele tivesse saído e trancado.

Me levantei as presas e comecei a olhar em volta, vi um celular em cima da mesinha no canto da parede, tentei me aproximar mais as correntes em minhas mãos não me deixavam aproximar o suficiente, levantei minha perna e me estiquei ao máximo para pega-lo, por mais estranho que fosse deu certo. O celular caiu no chão e eu o arrastei para mais próximo desejando que não tenha quebrado. Sorte!

Voltei para a cama, disquei o número de Pedro e tentei ligar, para mais uma sorte chamou.

— Alô? — Soltei um breve suspiro ao ouvir a voz de Pedro.

— Pedro sou eu! — Falei.

— Lua! Você tá bem? Nem acredito que é você!

— Eu to bem, por enquanto.

— Onde você tá?

— Eu não sei, em algum lugar no meio do nada, não escuto nenhum barulho de carro ou algo do tipo. Foi o Marcos! — Tentei ser rápida.

— Quem é esse?

- Aquele cara que você bateu, eu não sei o motivo, mas acho que tem alguém por trás, ele disse que tinha autorização para fazer o que quiser comigo. Pedro vem rápido!

— Se ele tocar em um só fio do seu cabelo eu juro que vo arrebentar ele! — Gritou. — Eu vou te achar anjo, não se preocupe, eu sempre vo te achar.

Ouvi um barulho do lado de fora, Desliguei o celular correndo e enfiei ele no meio da fronha do travesseiro me encolhendo novamente no canto.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Where stories live. Discover now