13. Starving

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Uma vez um amigo meu disse que coisas predestinadas a estarem na sua vida, retornariam para ela independente do que você fizesse para afastá-las. Eu nunca acreditei em tal bobagem, sempre tive certeza que nós mesmos moldavamos nosso futuro e nossa vida, a assim nossas escolhas valeriam alguma coisa.

Porém, em uma noite de quinta-feira eu tive a maior prova de que ele estava certo.

Eu era apaixonado por Londres mesmo tendo passado tempo fora, era uma cidade com um ar aconchegante e confortável, simples de se sentir em casa. E quando estava de volta ali, não perdi tempo em aproveitar a noite.

Me sentei em um banco de um dos bares do clube noturno que resolvi conhecer, era um lugar de tamanho médio e movimentado, com uma música alta que ecoava por todos os cantos. Eu estava solteiro e não deixava de observar bem as mulheres que me jogavam olhares interessantes, algumas mordiam os lábios e piscavam tentando chamar minha atenção, mas eu nunca fui o tipo de cara que me deixava levar por esse tipo de lance.

Apenas uma vez, e foi uma merda tão grande que nunca faria de novo.

Tomei alguns copos de cerveja, conversei com alguns caras que paravam por ali e curtia esse ciclo, parecia um habitat tão natural que mal vi a hora passar, mas já era cerca de meia noite. E pouco tempo depois a noite começou a ficar interessante.

- Duas bebidas de sempre por favor, a segunda especial - eu não me movi ao ouvir uma voz conhecida, era impossível não reconhecer o sotaque.

Eu tinha a habilidade de tratar certas situações com banalidade mesmo quando elas não eram assim.

- Ah meu Deus - e então chegávamos ao ponto que era inevitável, e resolvi tomar uma atitude.

Levantei o rosto para ver Leigh-Anne Pinnock me olhando apavorada, segurando no balcão com a pele pálida.

- E aí - falei casualmente fazendo com que ela rolasse os olhos.

- Se você puder, por favor, me conseguir uma bebida forte o suficiente para fazer uma pessoa acreditar que está vendo coisas eu agradeço.

Aquele pedido foi o suficiente para eu entender o que estava acontecendo, minha ex provavelmente estava ali com a amiga.

- Eu não sei se seria uma boa ideia - o atendente alertou e pelo visto eles já se conheciam.

- É um caso realmente de emergência - a morena suplicou fazendo com que ele a atendesse.

Ficou um certo "silêncio", Leigh-Anne me encarou outra vez e voltei a focar no meu drink.

- O que você está fazendo aqui?

- Provavelmente o mesmo que você - respondi sem me mexer e ela bufou.

- Você veio buscar a bebida ou fabricar? Eu fiquei preocupada.

Talvez eu tenha sentido vontade de jogar toda a bebida que eu havia consumido pra fora depois se ouvir aquela voz rouca, que por sinal eu ainda conhecida muito bem.

- Pode voltar pra lá, eu já levo.

Eu podia fazer meu melhor para passar em branco, mas resolvi deixar as coisas mais interessantes. Pedi outra bebida e um petisco, então olhei em volta vendo uma Leigh nervosa e uma Perrie com a aparência de quem tinha visto um fantasma.

Aproveitei seu estado de perplexidade para olhá-la da cabeça aos pés, estava com um jeans apertado - mais furado que tudo, deixando sua pele branca a mostra -, uma blusinha curta tomara que caia também apertada, que aperfeiçoava ainda mais seu peito.

Nunca tinha a visto tão bem, talvez a nova cor e corte de cabelo ajudaram seu ar maduro acompanhado pelo batom cor de pele. Ela desviou o rosto da minha direção e pegou um copo sobre o balcão.

Zerrie's OneShotsWhere stories live. Discover now