Diogo

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Eu sei que ainda é um pouco cedo kkkk e eu estou na metade do livro do Leon, mas amooo vocês demais e preciso compartilhar essa história linda que já se desenvolve na minha cabeça.
O meu quarto da série doce sabor, vai contar a história do Diogo. Aqui vai o prólogo. Espero que vocês se apaixonem por ele também, eu já o amo infinitamente.

Prólogo

Merda!!!!! Inferno!!!!! Puta que p*****!!!!! Cacete!!!!!
Era assim que eu me sentia e me expressava a maior parte do tempo!
Nada me fazia sorrir, nada me trazia alívio, alegria ou paz de espírito.
Em 99% do tempo eu tinha vontade de dar um soco na cara de alguém ou quebrar alguma coisa.
As pessoas me irritavam, meu pai me irritava, minha irmã me irritava.....o mundo me irritava.
Esse era eu! Diogo! Órfão de mãe, com um pai imprestavel   que passou a minha vida inteira lamentando a perda da mulher e esqueceu que tinha um filho para amar!
A única forma de me sentir bem era fazendo uma tatuagem nova, estourando meus tímpanos com uma batida de rock bem pesado ou dentro de um carro de corrida, em rachas clandestinos, onde eu era sempre o melhor.
Quando eu entrava dentro de um carro, eu acelerava no que dava, não me intimidava por obstáculos e nunca reconhecia o perigo. Eu era melhor porque não tinha medo. Morrer talvez fosse um alívio, eu não temia a morte.
Mas nem sempre foi assim.......
É fácil você se lembrar de quando foi bom, mesmo que isso tenha sido a muito tempo.
Eu lembro da primeira vez que meu pai apareceu na escola. Eu estava na segunda série e a professora mandou um bilhete para que ele comparecesse. Eu fiquei com tanto medo que ela fosse falar mal de mim. Eu buscava sempre ser bom. Achava que meu pai acordaria e daria valor se assim fosse.
Não obedeci quando ele pediu para que eu esperasse sentado fora da sala da diretoria. Eu fiquei em pé, perto da porta e pude escutar.
- eu acho que ele tem alguma problema . Ele é muito bom e isso me assusta.
- ser bom é algo ruim?- meu pai questionou confuso.
- não. Ser bom não é ruim. Mas ser bom o tempo todo e querer proteger todo mundo, não deve ser saudável. Ele cuida de todos da sala. Se eu estou de costas e escuto alguém conversar, ele assume a responsabilidade, mesmo que eu tenha certeza que foi uma menina falando. Quando alguém faz arte, ele se coloca como culpado. Se um colega se machuca, ele chora desesperado, se um pássaro é encontrado morto, ele tenta ressuscita-lo.
- ele é uma criança, com coração. É só isso.- meu pai falou rudemente.
- se você não quer enxergar a verdade, eu sinto muito. Mas como professora e com a experiência que tenho, sei que ele tenta proteger todo mundo com a própria vida. Uma hora, ele vai se machucar fazendo isso.
Outro dia uma garota caiu no intervalo e ele a trouxe para a sala, carregada no seu colo. Ela tinha o dobro de tamanho dele. Eu nem sei como ele fez isso.
- vamos fazer o seguinte. Você ensina meu filho a ler e escrever e do resto, deixe que eu me preocupe.
Eu soube naquele dia, que até ser bom incomodava. Eu não tinha parâmetros. Eu não tinha exemplo.
Então percebi, que quando eu machucava alguém, isso marcava. Ninguém se esquece quando leva um soco na cara. Ninguém se esquece quando tem o nariz fraturado. Ser odiado, faz você ser importante para alguém de alguma forma, mesmo que for para ser odiado.
É assim eu me transformei. Mas no fundo, eu morria por dentro quando via alguém sofrendo.
Eu era o pior demônio de muitas pessoas. Porém não suportava ver uma mulher chorando.
Só que meu coração fazia questão de esquecer em segundo esse sentimento.
Até que tudo mudou.
Era só uma corrida. Como tantas.
Tínhamos dez carros em jogo.
Dez homens, os melhores do Brasil na disputa.
Seriam dez corridas.
E um prêmio......Nicole, conhecida como Nick.
A primeira vez que coloquei meus olhos nela, eu sabia que tinha algo errado.
A primeira vez que colocaram ela no meio dez carros e dez homens famintos de desejo, entre ele eu, eu soube que ela era vítima da pior forma de violência possível.
E alguma coisa em mim mudou. Eu voltei a ser aquele garoto. Eu precisava salvá-la. Mas quando você se envolve com gente da pior espécie, quando o prêmio pertence a traficantes, só exige uma forma de salvar.
Eu tinha que ganhar. Mesmo que eu colocasse tudo a perder. Inclusive, meu coração!

O doce sabor do desejo (degustação )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora