Lola

Capítulo 02

— Você está linda!

— Você não acha que estou meio simples? — Cami vira em torno de si mesma fazendo com que seu vestido rodopie ao seu redor. Ela estava realmente linda com seus grandes cabelos castanhos, que normalmente dão na altura de seu quadril, escondidos em um coque firme, deixando-a ainda mas elegante no vestido vermelho. Ainda me impressiono em quão rápido ela havia voltado para o seu corpo de antes da gravidez. Paul é um homem de sorte.

— Eu sou um homem de sorte. — seu marido diz parado na porta do closet de sua mulher. Ele a olha dos pés a cabeça e quando para, assiste seu rosto e abre um sorriso. Quase suspiro com a cena, Cami envergonhada diante do olhar admirado do marido, era como se eles estivessem se apaixonando novamente diante dos meus olhos. O amor é lindo.

— Você também está muito lindo, Paul. — digo de onde estou, sentada no confortável tapete do closet e com Estela em minhas pernas mordendo um brinquedo. Paul usava o smoking preto, a gravata em forma de borboleta o deixava mas bonito, não que Paul precisasse. Ele realmente não aparentava ter 34 anos, Tenho certeza de que quando ele estivesse envelhecendo e seus cabelos loiros forem substituídos pelos brancos eles irão deixá-lo ainda mais bonito.

— Obrigado, Lola. — agradece distraído.

— Hora de deixarmos os adultos sozinhos — digo, me levantando com Estela nos braços e, por fim, passando pelos dois pombinhos para sair do quarto.

Cinco minutos depois, ambos saem com um sorriso de orelha a orelha, Paul arrumando a gravata e Cami repassando o batom. Olho para ambos com um sorriso de canto.

— Não diga nada. — Cami diz, se olhando no espelho enquanto Paul vai na garagem pegar o carro.

— Não se preocupe, não vou dizer que eu estava certa em dizer pra você não passar o batom antes de Paul lhe ver. Isso nem passou pela minha cabeça, patroa.

Cami ri, fechando o batom.

— Lola estava certa! — Paul grita de onde está.

-— Estou na defensiva aqui. — ela se olha pela última vez e então se vira para mim — Então?

— Não parece que estava se agarrando com o marido segundos atrás.

-— Lola! — ela reclama, envergonhada. Há! Tá vendo só, não é só menininhas que ficam vermelhas.

Paul buzina, chamando a atenção da mulher. Eu a acompanhado, e antes de entrar no carro Cami vira em minha direção e se abaixar para dar um beijo no rosto da filha. Estela sorri com o barulho do estalo na bochecha.

— Mamãe te ama, muito, muito.

— Também te amo, mamãe. — faço uma voz infantil, fazendo Cami rir, mas então ela ficar reta e olha pra mim.

— Também amamos você. -— ela diz, sorrindo, e dessa vez eu quem fico envergonhada. Apenas agradeço com a cabeça.

Paul buzina de novo. Cami revira os olhos e vira, entrando no carro. Me agacho um pouco e olho para os dois lá dentro.

— Não faça nada que não faríamos — Paul se inclina um pouco em cima de sua mulher para falar comigo e Estela. — Se não o papai e mamãe vão deixar as duas de castigo.

— Tá bom. — reviro os olhos.

— Até depois, meninas. — Cami da um tapa de leve na cabeça do marido fazendo ele voltar a ficar na posição correta no banco do motorista.

— Até, até. — levanto a mão de Estela fazendo um tchau para os pais dela enquanto eles vão embora da garagem. Só entro quando vejo o portão automático fechar e Silvio, o segurança, trancá-la.