*Capítulo 32*

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*Dia 2*

Bom dia. Hoje é dia 11 de janeiro de 2009, meu 18º aniversário! Não importa que hoje é domingo; estou de férias e ainda por cima com meus melhores amigos e em São Paulo. Já está sendo bem melhor do que os meus outros aniversários, quando ninguém está na cidade porque todos estão de férias viajando com suas famílias. Esse seria o primeiro aniversário que passo longe dos meus pais, mas em compensação estou com um outro tipo de família e de certa forma parece ainda melhor.

A programação de hoje seria bem típica de um domingo: passaríamos a tarde no parque do Ibirapuera para um piquenique e depois voltaríamos para o hotel para nos arrumarmos para um jantar em uma ótima churrascaria daqui.

No café da manhã todas as pessoas que passavam por mim paravam para me cumprimentar e dar os parabéns. Foi até bem atencioso e fofo da parte deles, mas eu mal consegui tomar meu café. Na verdade eu só estava feliz por ser meu aniversário. Tem algo mágico sobre o dia do seu aniversário, talvez o fato de ser um dia no ano voltado apenas para você, que torna tudo melhor durante essas 24 horas.

Contudo, com essa história de cada um vir aos poucos me parabenizar, fiquei muito atrasada no café da manhã e fui a última a terminar. Voltei para o meu quarto e todas as meninas já estavam prontas e eu tinha apenas meia hora para terminar de me arrumar antes de o ônibus sair para o parque. O resultado foi que eu não fiquei totalmente pronta, saí de cabelos molhados e maquiagem mal feita. Peguei os sapatos errados porque não achei os que queria na pressa e passei desodorante mas esqueci do perfume.

No caminho percebi que deixei minha bola de vôlei para trás, o que me deixou muito chateada porque ficaríamos a tarde inteira hoje no parque e parecia uma boa oportunidade para bater uma bola. A boa notícia é que o Silas levou a bola de futebol dele, e apesar de eu preferir jogar vôlei a futebol, não foi lá tão ruim assim.

Quando chegamos no Ibirapuera tentei tirar todos esses estresses matinais da cabeça e apenas apreciar a natureza. É tudo tão lindo e verde para todos os lados. O treinador Alexandre e a Sra Garcia sentaram com suas cadeiras e toalhas na Praça da Paz de baixo da sombra de algumas árvores e nos avisaram que ficariam ali, se quiséssemos deixar alguns de nossos pertences e passear pelo local eles poderiam vigiar. E foi exatamente o que fizemos. Eu, Clarisse, Vivs, Silas, Matheus, Caio, Sandro e Stela deixamos nossas bolsas com eles e fomos conhecer o parque.

- Eu não fazia ideia do tamanho desse parque e nem de que tinham escolas e museus aqui dentro! E olha a conformação, todo esse verde no meio da cidade... parece até o Central Park brasileiro. – falou Matheus.

- Nossa, Matheus, que desinformado. – resmungou Clarisse, como se fosse um insulto a total ignorância do menino sobre o parque. – Para sua informação, de fato, uma das ideias iniciais para o parque foi imitar construções parecidas de cidades da Europa e Estados Unidos, e certamente o Central Park deve ter servido de inspiração. E aqui dentro tem muito mais do que escolas e museus, tem uma pista de corrida, uma ciclofaixa – e tem bicicletas para alugar também, por sinal – tem lanchonetes, playgrounds, restaurantes, quadra de esportes, planetário...

- Nossa, calma lá, Clarisse. – interrompeu Matheus. – Você fez uma pesquisa do parque antes de vir?

- Bom, boa parte eu já sabia de leituras anteriores mas é claro que dei uma nova pesquisada. – explicou ela. – Você não pode simplesmente viajar para um lugar sem saber nada do local. Como saber o que fazer? Os melhores lugares para comer? Como saber o melhor jeito de aproveitar sua viagem? Informação é tudo, meu amigo.

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