-É um prazer finalmente conhece-la querida. Qual é o seu nome? Esse safado do meu neto nem se deu ao trabalho de apresenta-la. Eu não sei aonde foi parar a educação desse menino. -ela disse fazendo drama.

-Meu nome é Arabella, dona Elizabeth. E é um prazer conhece-la também. E eu não sou namorada do seu neto Kaile, eu sou a colega de trabalho do seu neto Miguel. -eu disse de maneira tímida.

-Ah, mais o que é isso menina? Nada de me chamar de dona, é vovó Eliza. E eu vou chama-la de Bella. Mas diga-me querida, você e Miguel são somente colegas de trabalho ou são algo a mais? 

Ai meu deus.

-Se quiser pode me contar depois, longe desses abutres que chamo de família. Estão sempre me rodeando, esperando que eu morra. -Eliza disse em um tom que eu não soube dizer se era verdade ou se apenas estava brincando.

-Mamãe! Assim a moça pensará que está falando sério. Sabe que a amamos muito. A senhora não pode se esforçar tanto, não sairemos daqui tão cedo, vamos ajuda-la no que precisar. -Giovana disse.

-Está vendo, é disto que eu estou falando. Tenho que aguentar dia e noite esses seres no meu pé. Mal me deixam dar uma voltinha na varanda. Sou uma prisioneira deste lugar! Vocês não deveriam ter largado tudo só para ficarem me velando em vida. Eu não morri e nem vou morrer tão cedo. -Eliza disse.

-Vovó, é sempre bom te ver, mas como chegamos a pouco de viajem, estamos um pouco cansados. Creio que Arabella esteja querendo descansar, ela não se sentiu muito bem durante o voo. Eu também vou dormir um pouco e volto para vê-la mais tarde. -Miguel disse ao se aproximar da avó e lhe dar um beijo no rosto.

-É claro, vão descansar queridos. Que insensibilidade minha, vocês devem estar exaustos. Descansem bem e venham me ver amanhã. -Eliza disse.

-Querida. –Eliza  fez um sinal para que eu me aproximasse.

 Assim que o fiz, ela passou seus braços em volta de meus ombros fazendo com que eu me inclinasse mais ainda em sua direção e me abraçou. Instintivamente retribuí o abraço. Com um carinhoso beijo na testa, me desejou uma boa noite de sono e me soltou.

 Foi estranho quando ela retirou os braços de volta, senti uma sensação que há muito tempo não sentia:vazio

Era como se ali, nos braços daquela senhora que acabara de conhecer, fosse o meu lugar. Aonde eu deveria estar. Também desejei uma boa noite e saí do quarto. Fiquei esperando do lado de fora do quarto por alguém, para que me guiasse ao quarto onde eu ficaria. Os demais também se despediram de Eliza e saíram do local.

-Bella, posso te chamar assim? -Giovana perguntou.

 Afirmei com a cabeça e ela continuou.

-Vamos até a cozinha, você deve estar faminta depois de tantas horas de viajem. Fiz um lanche para você e Miguel, até que o jantar seja servido. 

-Me perdoe, mas creio que não será possível acompanhá-los durante a refeição. Eu passei bastante mal durante o voo e meu estômago não está muito legal. -respondi com receio de t^-la ofendido.

 Eu não queria comer agora, só queria tomar um belo banho e cair na cama. É claro que eu não conseguiria dormir imediatamente. Lógico que não. 

Eu estava em outro estado, outra cidade, outra casa, outra cama, outro travesseiro e em outros lençóis. Sim, eu sou MUITO chata com essas coisas. Para pegar no sono em minha casa já era um sacrifício, imagine estando em lugar totalmente diferente, onde não conheço nada e sabendo que há outras pessoas na casa além de mim. Seria uma luta...

Concorrentes -Os Bertottis #1 [Completo]Where stories live. Discover now