O Poder das Tartarugas

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POV Selena

    O ioiô da Ladybug havia chegado do além até as suas mãos, para que ela pudesse terminar o seu trabalho. A borboleta akumatizada estava voando sem rumo por ali, e ela a capturou agilmente.

Mas mesmo com isso, Louis não havia se destransformado.

— Hah! Você parece estar por dentro das coisas, Ladybug — falou Louis. — Infelizmente, não terá tempo para por esse conhecimento em prática!

Ele invocou o Cataclysm, e voou numa velocidade absurda para cima dela, não dando tempo da mesma reagir. Ele teria conseguido causar um dano enorme na Lady, se eu não tivesse pulado em sua frente, o fazendo pressionar a mão contra meu tórax. Tossi forte com a nova sensação que rondava o meu corpo, uma sensação de agonia aguda, como uma pequena cólica, só que por cada um dos meus músculos, percorrendo o lugar do meu sangue. Ele se afastou lentamente com sua expressão agora espantada.
Escorreguei e cai deitada no chão, pondo a mão no lugar que agora estava escurecendo.
Ladybug começou a berrar alguma coisas, ela estava chorando. Franklin pareceu se aproximar também falando algo, mas eu não estava conseguindo ouvir. Virei meu rosto vagarosamente para ver o Agreste agora na entrada do Museu, encarando a cena horrorizado e, assim como os outros, ele veio correndo e gritando algo.

Minha visão estava embaçada, as coisas estavam girando e minha garganta parecia estar se fechando muito rápido. Eu já não conseguia mais falar nem mesmo respirar. Louis mantinha-se na mesma posição que antes, aparentemente paralisado pela situação.

Só então me toquei do que estava acontecendo; as lágrimas de todos eles se chocavam e escorregavam pelo meu rosto de modo desesperado. Ladybug havia se destransformado e estava abraçada ao loiro. Franklin se debruçou em meu corpo e pareceu sussurrar em meu ouvido um "Desculpe" bem distante. Apenas sorri para todos eles e tentei respirar fundo, fechando os olhos de uma vez.

*

POV Narrador


   Mestre Fu chegou até a cena, observando calmamente a menina que havia se destransformado e, que agora perecia juntamente à sua kwami, a Beel.

— Afastem-se todos — pediu tranquilo, e todos o fizeram.
O homem sentou-se ao lado do corpo agora frio da moça e depositou as mãos em seu tórax, na parte que estava toda negrificada, fechando os olhos lentamente e ficando em silêncio. A quietude esmagadora pairava sob o lugar, a tensão era visível em seus rostos.

— O QUE ESTÁ FAZENDO, SEU VELHO NANICO? — todos olharam na direção do Fake. — S-SE AFASTE OU VOU ACABAR COM VOCÊ TAMBÉM!

Mestre Fu não se mexeu. Na verdade ele não moveu nem um músculo, ainda concentrado. Fake se irritou e, mesmo contrariado, tentou avançar no ancião, sendo bloqueado por um campo de força de formato circular ao redor deles, um escudo opaco de coloração verde, aparentemente impenetrável. Tortle deu uma risada com o choque que houve entre o akumatizado e o campo.

— Fica quietinho, você já fez merda o suficiente — rosnou de forma irritadiça. Fake estalou a língua e recuou.

Fosse o que fosse que o Mestre estava fazendo alí com a moça sem vida, ainda iria demorar. Chat Noir Fake não ficaria esperando simplesmente as coisas fluírem e, tendo em vista o campo de força que Tortle pusera ao redor de todos, ele voltaria com ajuda. Aquilo não estava acabado.



Continua?

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